Palavras do Mestre dos Mestres

Palavras de despedida do Professor Antonio Lopes de Sá no X Prolatino, realizado em novembro de 2009.

“Eu não sei quanto tempo de vida me resta. Quem me criou também determinará, naturalmente, a hora em que serei convocado para outras missões. Posso ver, nesse poente da vida, muitas coisas. Eu dediquei feriados, dias santos, horas que roubei da família para dedicar a vocês. A minha última palavra é: “Enquanto um sopro de vida me restar, ele será de vocês”. Não sou candidato a nada. Não é discurso político, mas quero estar no coração de vocês”.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Brasil precisa de uma revolução gerencial no setor público

Notícias

Artigos / Entrevistas

Redação

A carreira do empresário Jorge Gerdau Johannpeter começou cedo, aos 14 anos, durante férias escolares, quando começou a operar, na fábrica da família, máquinas responsáveis pela fabricação de pregos. Depois desse passo seguiram-se outros, tanto na esfera educacional quanto na empresarial, até tornar-se presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau, um dos maiores conglomerados siderúrgicos do mundo.

Nos últimos anos, Jorge Gerdau também tem se envolvido com afinco numa tarefa tão laboriosa e desafiadora quanto a administração do grupo siderúrgico: melhorar a competitividade geral da economia brasileira. Essa decisão, lá atrás, resultou na criação ou no engajamento em movimentos, programas e entidades que trabalham em prol da qualidade, da eficiência e da efi cácia dos serviços públicos, da educação e do treinamento profissional.

À frente de diversas iniciativas, Gerdau tem conseguido inspirar empresas e administrações públicas a investir na modernização da gestão pública. Na prática, significa entregar mais e melhores serviços com os recursos tributários arrecadados das famílias e empresas.

As estatísticas variam de caso a caso, mas o Movimento Brasil Competitivo, instituição que o empresário já presidiu e ajudou a consolidar, indica que para cada R$ 1 aplicado em melhoria da gestão pública, R$ 191 podem ser colhidos de retorno, em média. "Alcançar os objetivos pré-estabelecidos, entretanto, depende de planejamento e do envolvimento dos líderes, gestores e equipes", ensina. "Nada se conquista sem disciplina", resume.

Desde o início dos anos 90 é forte o debate sobre a necessidade de o Brasil fazer reformas em diversas áreas, principalmente na tributária e trabalhista. No entanto, alguns economistas passaram a defender que elas são até dispensáveis, podendo ser substituídas por uma agenda de medidas microeconômicas para impulsionar o crescimento econômico. Qual a sua opinião sobre o assunto? O Brasil pode ser competitivo e crescer sem fazer as chamadas reformas estruturantes?

A economia brasileira se encontra em um momento muito positivo perante o cenário econômico global. Entretanto, para ter patamares de crescimento econômico sustentáveis, é fundamental que o País busque soluções para minimizar as suas deficiências históricas. Ou seja, para que a economia cresça em patamares adequados perante as necessidades sociais que o Brasil enfrenta, precisamos fazer a reforma tributária, reduzir os juros, melhorar a infraestrutura e a logística, corrigir as distorções da previdência pública, aprimorar a legislação ambiental e aumentar a flexibilização das relações trabalhistas, tão oneradas pelos encargos sociais e tributários. Também precisamos criar condições de termos isonomia competitiva no cenário internacional. Além disso, o Brasil precisa avançar na área da educação, pois isso é fundamental para construirmos novas gerações de brasileiros capacitados para ampliar a competitividade do País e ter mais qualidade de vida. São essas medidas que garantirão, no longo prazo, o crescimento e a inserção das novas gerações no mercado de trabalho.

Nas eleições presidenciais de 2010, deve haver um debate sobre o tamanho do Estado brasileiro, se ele deve ser mínimo ou máximo. Qual o tamanho de Estado que o senhor considera mais adequado?

Por conta da recente crise econômica mundial, há uma disposição geral em aceitar a atuação crescente do Estado em distintas áreas, principalmente na economia. Entretanto, não podemos esquecer que os governos tiveram parcela de culpa nessa crise, ao não regular da forma correta o funcionamento dos mecanismos financeiros. No Brasil, o impacto foi menor porque o ambiente regulatório estava mais preparado na área financeira, especialmente em razão do enfrentamento de dificuldades vivenciadas em décadas anteriores. Cabe ao Estado regular as atividades com eficiência, e não executá-las.

A carga tributária brasileira, sempre rondando 35% do PIB, é comparável à de países desenvolvidos, mas a sensação é que os serviços entregues aos cidadãos são similares aos de nações mais pobres. Há caminhos para alterar esse paradoxo?

O único caminho é a melhoria da gestão pública, ou seja, aprender a fazer mais com menos. Nesse sentido, as parcerias entre o poder público e o setor privado representam um potencial enorme para o País, podendo minimizar os desafios brasileiros. Entretanto, a população precisa incorporar esse conceito e cobrar medidas dos agentes públicos, de modo a construirmos um processo de transformação em relação à qualidade da prestação de serviços públicos. É fundamental que a carga tributária não desestimule o espírito empreendedor que move os empresários. É o "animal spirit" que faz com que o empresário esteja sempre inquieto, procurando novas oportunidades Esse estado de atenção constante é essencial para o êxito de um negócio e, consequentemente, para o desenvolvimento do País.

Alguns governantes brasileiros começaram a dar mais atenção e foco à necessidade de melhorar a eficiência e a eficácia do gasto público. O senhor considera que os gestores públicos, em geral, dão a devida atenção ao tema?

Os governos federal, estaduais e municipais, nas mais diversas regiões do Brasil, passaram a aplicar práticas de gestão modernas, semelhantes à iniciativa privada, gerando resultados impressionantes. Esse trabalho tem se dissociado cada vez mais de ideologias políticas à medida que passa a ter a adesão de dirigentes de distintas linhas de pensamento, mas com uma preocupação em comum: a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Mas ainda é preciso avançar muito mais.

Há bons exemplos de gestores e administrações públicas que trabalham para melhorar a eficácia no uso dos recursos públicos?

Sem dúvidas, já existem exemplos. Países e estados bem-sucedidos são aqueles que alcançaram o défi cit zero nas finanças públicas, ou seja, não gastam mais do que arrecadam. Em alguns casos, chegam a apresentar superávits nas contas públicas, o que permite realizar mais investimentos e reduzir a carga tributária. É fundamental que seja defi nido um percentual de investimentos, que deveria ser, no mínimo, de 10 a 12% do orçamento dos governos municipais, estaduais e federal. A prosperidade de uma nação está diretamente ligada à sua capacidade de investir e de poupar. E essa deve ser uma preocupação de todos os gestores públicos. Na China, apesar das peculiaridades políticas locais, o nível de poupança atinge 40% do Produto Interno Bruto (PIB), o que permite a realização de expressivos investimentos, revertidos em produtividade e competitividade no cenário internacional. Vale ressaltar que a carga tributária chinesa chega a ser cerca de metade da brasileira.

Qual é a receita para melhorar a eficácia no uso dos recursos públicos? O que as boas práticas ensinam?

A melhoria do uso dos recursos públicos envolve a conscientização e a mudança comportamental da sociedade. Gestores públicos precisam dedicar-se cada vez mais ao aprimoramento das práticas de gestão e os cidadãos devem cobrar por isso. Isso renova a confi ança e o capital social do País, fundamental para o seu desenvolvimento.

Há alguma cidade ou estado que tem criado métodos inovadores na gestão pública brasileira? Há alguma localidade que ficou marcada em sua lembrança, tamanha foi a inovação, o método ou o resultado alcançado?

O número de bons exemplos de gestão pública em todo o Brasil aumentou gradativamente nos últimos anos. Um exemplo é a Agenda 2020, coordenada pela organização Polo RS, que organiza propostas concretas de interesse da sociedade gaúcha. Esse movimento reuniu mais de 800 pessoas de distintos segmentos da sociedade para discutirem sobre o futuro que sonham para o Rio Grande do Sul. Além disso, todos os anos, o Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP) escolhe um destaque no País para fazer um reconhecimento especial. Recentemente, o Estado do Pernambuco foi reconhecido por técnicas modernas de gestão, prevendo metas e prêmios para
alunos e professores. O resultado foi a melhoria da qualidade de ensino, o que ajudou o Estado a alcançar melhores posições nos rankings nacionais.

O Movimento Brasil Competitivo, instituição que o senhor já presidiu e ajudou a cimentar, indica que para cada R$ 1 aplicado em melhoria da gestão pública, R$ 191 podem ser colhidos de retorno, em média. Em quais áreas da administração pública há maior potencial para reduzir desperdícios e melhorar a relação custo-benefício entre o que o cidadão paga em impostos e recebe na forma de serviços?

O potencial de retorno depende da realidade de cada município ou estado. Uma boa forma de exemplificar é por meio da dinâmica do Programa Modernizando a Gestão Pública (PMGP). A partir do diagnóstico inicial, uma proposta é elaborada, na qual são detalhadas as frentes de atuação e metas estabelecidas. Alcançar os objetivos pré-estabelecidos, entretanto, depende de planejamento e do envolvimento dos líderes, gestores e equipes. Os benefícios para os cidadãos vão desde o acesso à educação pública e serviços de saúde de qualidade, ao direito à segurança pública e infraestrutura necessária, gerando um ambiente mais propicio à competitividade. Hoje, para cada R$ 1 investido no PMGP, há um retorno aproximado de R$ 191. Desde 2005, foram investidos R$ 69,8 milhões no programa, e os ganhos obtidos chegam a R$ 13,3 bilhões.

No lado da arrecadação de impostos, as tecnologias da informação estão cada vez mais presentes, com o objetivo de evitar evasão fi scal e aumentar as receitas. No entanto, na outra ponta, do gasto, nem sempre há uso intensivo dessas ferramentas, seja na prestação de contas ou na facilitação para o cidadão acessar os serviços do Estado. É possível transformar esse cenário?

Tanto é possível que a transparência na prestação de contas já é realidade em diversos estados brasileiros. No caso do Programa Modernizando a Gestão Pública (PMGP), por exemplo, os governos e municípios prestam contas trimestralmente aos cidadãos e às empresas patrocinadoras do programa. Para transformar isso em política pública, cabe às lideranças garantir a continuidade dos métodos aplicados. Dessa forma, os resultados tendem a ser perenes, desde que contem com o comprometimento dos gestores públicos.

O que falta para o Brasil transformar a necessidade de melhorar a gestão pública em uma obsessão? Esse momento chegou ou está próximo?

Uma verdadeira revolução gerencial está ocorrendo em diversos Estados do Brasil. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP) nos mostra o quanto melhorar os produtos e serviços, economizar tempo e otimizar recursos resulta em maior competitividade e, consequentemente, em melhoria da qualidade de vida para todos. O programa já envolveu 1,3 milhão de pessoas, em 8,8 mil organizações, capacitando 250 mil pessoas. Em resultados financeiros, temos R$ 117 de retorno para cada R$ 1 investido. Até hoje, o programa recebeu R$ 53 milhões em investimentos, gerando ganhos de mais de R$ 6,2 bilhões. Dois conceitos são fundamentais nessa trajetória, cujo caminho não tem volta: humildade e disciplina. Somente as mentes abertas para novos aprendizados, sem pretensões ou preconceitos, são vencedoras. Além disso, nada se conquista sem disciplina. Portanto, é fundamental planejar, executar, verificar os resultados e agir rapidamente para corrigir os problemas encontrados pelo caminho. Aqueles que não adotarem os conceitos de gestão ficarão para trás na competição feroz do mundo globalizado.

Quanto antes aderirmos a essa revolução gerencial, melhor deixaremos o Brasil para nossos filhos e netos.

Fonte: Intelog – RS

Agência Sebrae

 

Governo do Estado lança portal Poupatempo do Empreendedor

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Serviço funciona no site www.poupatemodoempreendedor.sp.gov.br e seis prefeituras já aderiram ao sistema: Santos, Limeira, São José dos Campos, Mogi das Cruzes, Piracicaba e São Caetano

Redação - Web Diário

As secretarias estaduais de Gestão Pública e de Emprego e Relações do Trabalho lançou, na última quinta-feira, o Sistema Integrado de Licenciado (SIL), um portal na Internet que vai funcionar como um Poupatempo do Empreendedor, já que empresas do Estado de São Paulo poderão, em um único lugar, obter as licenças exigidas para o funcionamento de suas atividades.

Além da centralização do serviço, outra vantagem é que as solicitações de licenciamento das empresas serão encaminhadas pela Internet, substituindo as solicitações formais e a entrega de documentos.

Ao final do processo, o empresário recebe o Certificado de Licenciamento Integrado, que contém as licenças de todos os órgãos, estaduais e municipais (Bombeiros, Vigilância Sanitária, Cetesb e Prefeitura), além dos respectivos prazos de validade, condições e restrições.

O serviço funciona no site www.poupatemodoempreendedor.sp.gov.br e seis prefeituras já aderiram ao sistema: Santos, Limeira, São José dos Campos, Mogi das Cruzes, Piracicaba e São Caetano.

O presidente da Aceo (Associação Comercial e Empresarial de Osasco), André Menezes, acompanhou o lançamento, ao lado de Pedro Rubez Jehá, secretário de Emprego e Relações do Trabalho.

Fonte: Agência Sebrae

 

Uma pequena empresa deve contratar um contador?

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Contar com esse profissional não é obrigatório, mas se optar por contratá-lo existe a opção de terceirizar a função ou ter um funcionário fazendo tais tarefas

Por David Kallás*

 

"É obrigatória a contratação de contador para uma pequena ou média empresa?"
Sérgio Ricardo Santos

 

Caro Sérgio,

 

Obrigatório não é. Existe a possibilidade de você contratar uma empresa que faça os serviços de assessoria contábil, sem a necessidade de ter um profissional na sua empresa. Entretanto, a pergunta correta seria se é aconselhável contratar uma pessoa.

 

Nesse caso, a resposta depende fundamentalmente do que você espera do contador. Se sua visão é a de um profissional que apenas o ajudará a recolher os impostos e tributos devidos, sugiro que pense em lançar mão de um escritório de contabilidade. Será mais barato e você não se preocupará com temas operacionais relacionados a gerenciar uma pessoa a mais em sua empresa.

 

Por outro lado, se o que você espera de um contador é mais do que isso, talvez já possa começar a pensar em ter uma pessoa dentro da sua empresa. Nesse caso, a função do contador deverá ir além do simples cumprimento das leis e recolhimento de impostos. Essa pessoa também deverá ser responsável pela inteligência financeira da sua empresa. Deverá ser uma pessoa com uma visão mais ampla e estratégica das questões contábeis, tributárias e financeiras, em suma, seu braço direito para esses temas. Entre seus papéis, eu destacaria:

- planejamento tributário
- análise do desempenho da empresa
- gestão de riscos (trabalhistas, tributários e financeiros)
- cumprimento das leis e recolhimento dos impostos devidos

A conta que você deverá fazer é se os benefícios trazidos por uma pessoa como essa superam os custos adicionais. Nesse sentido, quanto mais complexa for a sua operação e quanto mais numerosa forem as possibilidades de arranjos legais, mais provável será a existência de potenciais benefícios de se ter essa inteligência dentro de casa.

Finalmente, quanto ao perfil desejado por uma pessoa como essa, você deverá estar atento. Deve ser uma pessoa dinâmica, inquieta e que sempre busque se atualizar e ficar atento não só à legislação, mas também aos negócios e contexto da empresa. E, mais importante do que tudo, deve ser uma pessoa que goze de sua total confiança. Infelizmente, os profissionais com esse perfil no mercado são uma minoria, mas isso não significa que você não consiga achar um.

 

* David Kallás é professor de Gestão Estratégica do Insper

 

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

 

 

 


 

Sua empresa está preparada para o SPED?

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É necessário que haja uma revisão profunda nos processos e nos sistemas de gestão aplicados na organização, para atender as obrigações e evitar riscos

Por Roseli Garcia*

 

O Decreto Federal nº 6022, de janeiro de 2007, criou o SPED, Sistema Público de Escrituração Digital. O nome parece complicado, o conceito nem tanto. O objetivo da criação do SPED foi aperfeiçoar o sistema tributário brasileiro e evitar a sonegação fiscal.

 

Em resumo, a instituição do SPED faz com que todas as informações contidas nos livros contábeis e fiscais tradicionais sejam transformadas em arquivos digitais. Esses arquivos precisam obedecer a um formato padronizado e predefinido e servem para informatizar a relação entre empresas e a Receita Federal ou a Secretaria da Fazenda, uma vez que eles são transmitidos para esses órgãos em tempo real por meios eletrônicos, como, por exemplo, a internet. Acaba o papel e as empresas precisarão rever e realizar mudanças significativas em seus processos.

 

As obrigações do SPED foram agrupadas em três grandes projetos: a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), o SPED Fiscal (Escrituração Fiscal Digital) e o SPED Contábil (Escrituração Contábil Digital). A implantação do SPED vem ocorrendo, gradativamente, conforme o ramo de atividade da empresa ou da localidade onde ela está instalada. Até o final de 2010, todas as empresas sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no lucro real e também as optantes do Simples Nacional terão que aderir ao novo sistema.

 

A pergunta que o empresário deve fazer é se a sua empresa está preparada para os impactos dessa implantação, pois é necessário que haja uma revisão profunda nos processos e nos sistemas de gestão aplicados na organização, para atender as obrigações e evitar riscos.

 

Para que isso ocorra, as empresas deverão implantar os chamados ERP – Planejamento de Recursos Empresariais. Trata-se de um sistema de gestão que permite a organização dos dados dos vários departamentos das empresas, e tem como função facilitar o cumprimento dos requisitos de formatos padronizados de arquivos e das obrigações predefinidas.

 

Além disso, para que ocorra a geração dos arquivos da NF-e, do SPED Contábil e do SPED Fiscal, é necessária a utilização de aplicativos específicos. Existem vários softwares no mercado para esse fim.

 

O fato é que as pequenas e médias empresas têm grande dificuldade em informatizar seus processos e tratá-los de forma integrada. Geralmente, usam tabelas e planilhas eletrônicas, armazenadas em locais diferentes e dissociadas umas das outras. Esse fato, aliado ao comportamento de deixar a ação para a última hora, pode complicar a vida das PMEs.

 

Por isso, o empresário deve começar, desde já, a pesquisar uma solução que lhe apresente a melhor relação custo-benefício, e avaliar o quanto antes a implantação de um sistema de gestão integrado. Essa ação pode ocorrer por meio da contratação de uma equipe especializada que possa lhe prestar esse trabalho no formato chamado Saas, um software, como serviço que pode reduzir significativamente os investimentos de implantação e viabilizar, mesmo para as microempresas, o trabalho, utilizando uma plataforma completa para lhe apoiar na gestão de seus processos.

 

A empresa sairá ganhando, de qualquer forma. Além de se preparar para cumprir a lei sem atropelos e riscos, organizará suas informações de forma integrada, o que irá lhe fornecer subsídios para a tomada de decisões estratégicas mais assertivas e, de quebra, maior gestão nos processos de negócios.

 

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) promove várias palestras e seminários sobre o tema, a fim de esclarecer as dúvidas dos empresários. Além disso, a instituição se prepara para lançar, em breve, o sistema de apoio para a emissão da NF-e. Fique de olho!

 

*Roseli Garcia é Superintendente de Produtos e Serviços da Associação Comercial de São Paulo (ACSP)

 

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

 

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

IFRS: a hora está próxima!

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Brasil Econômico

Eduardo Pocetti - CEO da BDO no Brasil

Muito já se falou da necessidade das companhias brasileiras se prepararem para adaptar suas demonstrações contábeis às normas estabelecidas pelo International Financial Reporting Standards (IFRS), padrão contábil internacional adotado por mais de cem países, entre eles o Brasil.

A intenção é que os balanços de 2010 já estejam plenamente alinhados ao padrão global. E, para tanto, não tem faltado empenho por parte dos órgãos reguladores.

Valendo-se de Portarias e Medidas Provisórias, as autoridades têm dado garantias importantes. Por exemplo: a MP 449, emitida no final de 2008, estabeleceu efeito fiscal nulo com a adesão aos IFRS. Dessa forma, eliminou o receio de que possíveis variações no balanço societário acarretadas pelo novo modelo levem ao aumento dos impostos devidos.

Ou seja: mesmo que a lei sofra alterações que modifiquem o critério de reconhecimento de receitas e do lucro líquido do exercício, não haverá modificações na apuração do lucro real da pessoa jurídica.

Mas as empresas ainda manifestam preocupações, e têm boas razões para isso. Por exemplo: uma das maiores dificuldades diz respeito à capacitação dos profissionais, que, historicamente, foram treinados para atender mais aos interesses do Fisco do que aos do empresário. As normas do IFRS mudam esse paradigma.

Também passa a haver uma prevalência do aspecto econômico em detrimento da forma jurídica. Assim, o julgamento dos profissionais contábeis passará a ter um peso maior do que as regras rígidas. Essa é uma mudança substancial no modo de fazer as coisas.

Outro aspecto aparentemente secundário, mas que pesa um bocado sobre os ombros dos contabilistas, é o domínio da língua inglesa. Nem todos os profissionais da área estão familiarizados com o idioma ao ponto de lerem, sem problemas, as Normas do IFRS no original.

Estas foram adaptadas à contabilidade brasileira pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) - mas, sem dúvida, tudo flui melhor quando o profissional está apto a buscar informações diretamente na fonte.

Por isso, melhorar o conhecimento dessa língua que se tornou o idioma da globalização é um dos desafios que devem ser assumidos por quem atua na área.

Também há dúvida a respeito de como dar ao mercado uma explicação clara e consistente sobre as variações significativas que vierem a ocorrer nos resultados ou no patrimônio líquido da empresa.

É urgente que os profissionais que atuam na relação com os investidores estejam preparados para prestar esclarecimentos sobre o balanço financeiro aos investidores. E o mesmo se aplica aos analistas, que precisam estar preparados para avaliar os balanços em IFRS.

Eduardo Pocetti é CEO da BDO, quintamaior rede do mundo em auditoria, tributos e advisory services

Uma coisa é certa: cada vez mais, o contabilista será reconhecido, pelas empresas, como o detentor de um papel estratégico, na medida em que ele deixa de ser simplesmente o responsável pelas obrigações tributárias e passa a coletar e fornecer informações fundamentais à melhoria do desempenho econômico.

Fonte: CFC

 

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Cooperativa terá regras simplificada

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Valor Econômico

Luciana Otoni, de Brasília

O Banco Central simplificará a contabilidade de cooperativas de crédito que possuem ativo inferior a R$ 200 milhões e também de centrais de crédito com ativo menor que R$ 100 milhões. A partir de 1º de janeiro do próximo ano, o Banco Central exigirá dessas cooperativas, tidas como de baixa complexidade operacional, um indicador único de aferição de riscos e para isso definirá novo valor de capital mínimo exigido.

O índice de Basileia para exposição do capital a riscos é de 8%, sendo que o Brasil adota 11%. Esse novo valor mínimo de capital substituirá o parâmetro do modelo atual no qual são exigidos indicadores para os riscos operacional, de crédito e de mercado. O chefe do Departamento de Normas do Banco Central, Sérgio Odilon dos Anjos, comentou que a mudança reduzirá custos e burocracia porque, entre outras consequências, dispensará as cooperativas de contratar consultores para elaborar os demonstrativos exigidos pelo BC. "Há impacto positivo porque reduz bastante os custos. Hoje, há diversos demonstrativos que têm que ser encaminhados ao Banco Central referente a riscos aos quais essas cooperativas não necessariamente incorrem", disse Odilon.

A mudança deverá, na análise do BC, diminuir os spreads nas operações feitas pelas cooperativas de crédito. "A tendência é, fazendo essa sintonia fina, a cooperativa tenha melhor formação de seus custos, portanto, de seus preços", disse. Para ter acesso à simplificação dos procedimentos para o cálculo de capital regulatório mínimo as cooperativas não poderão possuir exposição em ouro, em moeda estrangeira, ou possuir operações sujeitas a variação cambial. Também não poderão possuir derivativos e manter aplicação em securitização de crédito.

Outra obrigatoriedade é que essas cooperativas também não poderão manter aplicações em cotas de fundos de investimento. Isso porque essas operações caracterizam maior "expertise" e exclui tais cooperativas do modelo contábil simplificado. Das 1.307 cooperativas com capital inferior a R$ 200 milhões, 95% estariam em condições de requerer o modelo simplificado. Das 38 centrais de crédito, 10 têm condições de se enquadrar.

As cooperativas serão dispensadas ainda da obrigatoriedade de realização de teste de estresse, obrigatoriedade de critérios mínimos na determinação das operações a serem incluídas na carteira de negociação; e elaboração e remessa de demonstrativo relativo a risco de mercado.

Fonte: CFC

 

Mudança nos EUA causa surpresa


Notícias

Valor Econômico

Rachel Sanderson, Financial Times, de Londres

Bob Herz, presidente do Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb), anunciou na noite de terça-feira, inesperadamente, que vai se aposentar, abrindo espaço para uma sacudida no poderoso e também controverso órgão, responsável pelas normas contábeis nos EUA.

A saída de Herz - dois anos antes do previsto para sua aposentadoria - significa que os dois cargos mais elevados da contabilidade global estão abertos para renovação. Já se estava a procura de um substituto para David Tweedie, presidente do Conselho de Padrões Internacionais de Contabilidade (Iasb), órgão que emite as normas IFRS, usadas no Brasil, que deve se aposentar em junho de 2011.

Os dois exerceram a presidência durante um controverso período para a contabilidade, especialmente pelas regras de marcação a mercado de instrumentos financeiros complexos, que críticos responsabilizam por exacerbar os efeitos nos resultados dos bancos durante a crise, ao turbinar os valores de ganhos ou perdas não realizadas.

Herz gerou nova controvérsia este ano quando admitiu que o Fasb e o Iasb não conseguiriam cumprir o prazo estabelecido pelo Grupo dos 20 países mais industrializados do mundo (G-20) para criar um único padrão global de contabilidade, em junho de 2011, a fim de aumentar a transparência após a crise.

Jack Brennan, presidente da fundação de curadores responsável pelo Fasb, disse, após o anúncio da saída de Herz, que o conselho terá o número de assentos aumentado de cinco para sete, para "reforçar o investimento do Fasb na agenda da convergência". O Iasb tem quinze conselheiros.

Herz, que presidiu o Fasb desde 2002, quando o setor contábil tentava se reeguer após o escândalo da Enron, tinha a aposentadoria marcada para junho de 2012. Leslie Seidman, atual conselheira do Fasb e ex-executiva do J. P. Morgan, será a presidente em exercício do órgão a partir de 1º de outubro.

Contadores graduados nos dos lados do Atlântico disseram que estavam confusos e surpresos com a decisão. Uma fonte dos Estados Unidos se disse assustado, já que o vazio deixado por Herz representa uma "potencial crise" para o Fasb.

Fonte: CFC

 

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Os últimos dias no poder do "aiatolá da contabilidade"

Notícias

Por Rachel Sanderson e Adam Jones, Financial Times, de Londres

Sir David Tweedie diz que seu pessoal está preocupado com o que ele será capaz de fazer nos seus últimos meses como presidente do Comitê Internacional de Normas Contábeis (Iasb, na sigla em inglês), o poderoso formulador de normas globais que ele chefiou por uma década.

"Acredito que as pessoas estão muito preocupadas sobre como me sairei nos meus seis últimos meses aqui, com todas as minhas vendetas e todos esses ressentimentos que venho acumulando... Penso que eles estão preocupados que eu possa deixá-los escapar", diz, rindo.

Sir David, que deverá se aposentar em junho de 2011 e ter um sucessor atuando muito antes disso, é uma das figuras mais francas e controversas nas finanças internacionais.

Se por um lado um jornal francês já o descreveu como o "aiatolá da contabilidade", sir David, por outro, presenteia visitantes com histórias da "Christian Aid" (agência cristã de ajuda do Reino Unido e Irlanda) protestando diante do seu escritório sobre contabilidade na África e as batalhas que travou com a Comissão Europeia na confusão da crise. Sobre sua parede há uma tira cômica dele duelando com Gordon Brown, quando o ex-premiê britânico era ministro da Fazenda. Seus defensores dizem que ele é insubstituível.

Seus derradeiros meses no cargo, antes da vinda - ainda não decidido - do seu substituto, e quando assumir um cargo de aposentadoria, como dirigente do Instituto dos Auditores da Escócia, porém, deverão ser um dos mais atarefados e de maior notoriedade.

Ele e seu colega nos EUA, Bob Herz, do Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb), precisam terminar um plano para convergir uma série de normas consideradas falhas desde a crise financeira. Sir David também acredita que uma reestruturação na governança do Iasb seja iminente, para levar em consideração o poder econômico crescente das economias asiáticas.

Ele considera que a maior fonte de tensão, que provavelmente o colocará mais uma vez em conflito com os órgãos reguladores do sistema bancário europeu, poderá decorrer da revisão na forma como os bancos contabilizam seus prejuízos em vista da crise financeira.

O Iasb propôs passar de um modelo de prejuízo "incorrido" para um modelo de prejuízo "esperado" para ajudar a moderar fortes altos e baixos nos lucros dos bancos ao longo do ciclo econômico.

Os reguladores do sistema bancário nacional na Europa, porém, incluindo alguns dos que estão no Comitê da Basileia, prefeririam que os auditores considerassem exigir que as companhias coloquem de lado parte dos seus lucros para servir de proteção em tempos de Recessão econômica.

A reação a essa sugestão - que ele descartou como "auditoria de potinho de biscoitos", no sentido de que a medida permitiria aos dirigentes de bancos guardar e ocultar lucros - é brusca.

"Nós não mostraremos bancos dando lucro quando estiverem dando prejuízo", disse. "Deixaremos o lucro claro e depois dependerá do órgão regulador dizer 'essa parte não pode ser distribuída, essa parte deve ser retida'. Essa não é a atribuição da auditoria."

Ele mantém a mesma fala grossa quando o Iasb e o Fasb são criticados por seu fracasso em cumprir uma data limite concedida a eles pelo G-20 para convergir as normas contábeis até junho de 2011. A realização dessa meta deveria ser o ápice da glória de sir David antes da sua aposentadoria. Em vez disso, o conselho admitiu em junho que eles não cumprirão a data limite e publicaram um plano de trabalho limitado, à medida que o Iasb e o Fasb mostraram sinais de divergir, não convergir, em torno de importantes mudanças de regras envolvendo uma controversa contabilidade por valor justo.

"A palavra que preocupou o G20 foi 'atraso'", diz, dando de ombros. "Mas sabíamos que era iminente. Podíamos enxergar isso. Então estivemos em regime de Plano B por algum tempo."

Nas palavras de sir David, depois de passar dez anos lidando com demandas concorrentes da Europa e depois nos EUA, ele fica muito empolgado quando descreve as mudanças que ele acredita que deveriam ser incorporadas à missão do Iasb e à sua governança como consequência do crescente poder econômico da Ásia.

Ele diz que a estrutura do conselho de monitoramento - no qual apenas Europa, EUA, Japão e a Organização Internacional de Comissões de Valores Mobiliários possuem assentos - pode ser "temporária". As discussões entre os membros, sobre conceder assentos para as economias emergentes, especialmente Brasil, China e Índia, prosseguem.

Além disso, Tweedie acredita que, no fim das contas, o resultado será uma "mudança no equilíbrio" no Iasb - com a Ásia surgindo como "voz decisiva" - em comparação com a situação atual na qual as decisões tendem a ficar divididas entre Europa e EUA.

Isso, por sua vez, resultará em uma mudança no foco do Iasb, do prazo de 2011 para as normas contábeis defendidas pelos países emergentes, como as centradas nas operações de Câmbio e nos setores de extrativismo, agricultura e silvicultura, incluindo regras tão específicas como, por exemplo, a contabilização do valor das seringueiras na Malásia. Seu maior pesar é que ele não será a pessoa que supervisionará isso. "Vou sentir falta", afirma.

Fonte: Valor Econômico

Classe Contábil

 

Presidente Lula recebe homenagem da classe contábil brasileira

Notícias

 

Comunicação CFC - Por Maristela Girotto

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou na noite desta quarta-feira, dia 18, em Brasília, do encerramento do Seminário Lei nº 12.249/10 - Novas Diretrizes para o Sistema Contábil Brasileiro, realizado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), com apoio da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon). A solenidade contou também com a presença do Vice-presidente da República, José Alencar, e do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, entre outras autoridades.

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O CFC, representando todos os Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs) e os 430 mil profissionais contábeis brasileiros, prestou uma homenagem ao Presidente Lula pela sanção da Lei nº 12.249, em 11 de junho deste ano. A nova Lei, que altera artigos do Decreto-Lei nº 9.295/46, era uma antiga reivindicação da classe contábil e representa o fortalecimento e a modernização da profissão no País.

A presença do Presidente da República na solenidade de encerramento do Seminário foi a segunda participação de Presidente Lula em eventos da classe. Em agosto de 2008, ele esteve presente no 18º Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado em Gramado. Nesta oportunidade, ele se comprometeu, diante de quase seis mil contabilistas, a solicitar à sua assessoria a possibilidade de encaminhar um projeto de lei - com as alterações na lei de regência da profissão - como iniciativa do Executivo Federal, para que tivesse trâmites mais rápidos. O processo de análise do texto a ser enviado ao Congresso Nacional contou com o auxílio técnico do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado.

Dessa forma, em menos de dois anos, o projeto de lei foi aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal e sancionado pelo Presidente Lula.

A solenidade

A cerimônia de encerramento do Seminário teve início com um discurso de agradecimento feito pela ex-presidente do CFC e atual presidente da Academia Brasileira de Ciências Contábeis (Abracicon), Maria Clara Cavalcante Bugarim. "No início de 2006, quando assumimos a Presidência do CFC, empunhamos de pronto a bandeira da nova Lei de Regência, que era um objetivo há muito buscado pela profissão contábil", afirmou, lembrando em seguida do compromisso assumido pelo Presidente Lula em Gramado: "Jamais perdemos a confiança, pois sabíamos que o Presidente Lula tinha consciência da importância da Contabilidade e, consequentemente, da contribuição efetiva dos trabalhadores contábeis para o desenvolvimento do País".

Maria Clara também destacou a participação do secretário Nelson Machado, já conhecido como "padrinho dos contabilistas". Segundo ela, compromisso e confiança sempre foram os termos empregados pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda em relação às reivindicações da classe.

Como presidente da Abracicon, Maria Clara aproveitou a oportunidade para conferir a Nelson Machado o título de Membro Honorífico da entidade magna dos cientistas contábeis do País, em reconhecimento às imprescindíveis gestões do secretário. A medalha da entidade foi colocada no novo imortal da Abracicon pelo Presidente Lula.

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Agradecendo a homenagem, Nelson Machado falou sobre a sua satisfação em saber que a Contabilidade e a profissão de contador vêm passando por grandes transformações nas últimas décadas.

Posteriormente, o presidente da Fenacon, Valdir Pietrobon, entregou uma medalha do Presidente Lula, em reconhecimento ao trabalho realizado em prol das empresas do setor de serviços.

Já o presidente do CFC, Juarez Domingues Carneiro, expressou publicamente "um sincero 'muito obrigado' pela especial consideração e respeito do Presidente Lula para com a totalidade dos contabilistas do nosso País".

Juarez Carneiro, dirigindo-se ao Presidente da República, afirmou que os profissionais contábeis, até por ofício, costumam registrar tudo. Por isso, jamais esqueceriam os benefícios recebidos.

"Também queremos agradecer a atualização da Legislação das Sociedades Anônimas, através da Lei nº 11.638, sancionada por Vossa Excelência. Essa Norma modernizadora alargou as portas da economia brasileira no mercado global, possibilitando ao nosso País dar um gigantesco passo na longa estrada da convergência das Normas de Contabilidade ao padrão internacional, o que favorece a aceitação ampla da Contabilidade praticada no Brasil no contexto das demais nações do mundo", afirmou.

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O Presidente da República entregou a Juarez Carneiro um pergaminho com o texto da Lei nº 12.249/10 escrito. O documento irá compor o acervo do Museu da Contabilidade, que funciona no CFC.

O Presidente Lula agradeceu a homenagem recebida da classe contábil e dividiu as conquistas de seu Governo com o Vice-presidente José Alencar. Ele destacou que sua gestão está a quatro meses do fim e discursou em tom de despedida.

Sobre a possibilidade de criação do Ministério da Micro e Pequena Empresa, sugerida em discurso por Valdir Pietrobon, Lula disse que espera que o próximo governante da Nação crie o ministério, uma vez que não seria oportuno criá-lo no fim do mandato. Em relação à reforma tributária, o Presidente lamentou que ela não tivesse sido aprovada no Congresso Nacional, após um amplo trabalho para a elaboração de projeto.

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Lula também discorreu sobre a importância do Estado para a economia, dizendo que foi graças a um Estado forte que o Brasil conseguiu "segurar a crise" financeira internacional. Entre vários outros assuntos, o Presidente aproveitou a oportunidade para falar em tom de brincadeira com José Alencar: "Vamos descer a rampa do Palácio do Planalto mais felizes e menos nervosos do que quando subimos".

O Presidente da República agradeceu ao povo brasileiro por acreditar no seu Governo, destacando que hoje o Brasil é credor do Fundo Monetário Internacional. "É o FMI que hoje deve pra nós; vou mandar um contador lá pra cobrar", brincou Lula.

Fonte: CFC

 

 

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Empresas valorizam pessoas com conhecimento contábil

Notícias

Os profissionais de finanças e contabilidade com inglês fluente e conhecimentos em normas contábeis são os mais valorizados este ano, segundo aponta o Guia Salarial 2010 - 2011 da empresa de recrutamento especializado Robert Half. Segundo a pesquisa, o mercado tem privilegiado principalmente os controllers, gerentes na área fiscal e tributária e contadores com domínio do inglês.

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O levantamento constatou que os profissionais com experiência acima de cinco anos são os que apresentaram maior valorização salarial em relação ao ano passado.

De acordo com o especialista em recrutamento Mário Custódio, em média os salários dos profissionais de finanças e contabilidade apresentaram uma pequena elevação. “Porém, no caso dos executivos com experiência entre 3 e 9 anos, perfil considerado de média experiência, houve aumento significativo”, explicou.

O salário de um controller nessa faixa de experiência, em 2009, variava entre R$ 7 mil e R$ 12 mil em empresas de porte pequeno e médio e pode chegar, hoje, a até R$ 16 mil. Em empresas de grande porte, o aumento foi menor – de um teto de R$ 21 mil, os salários máximos subiram para R$ 23 mil. No caso dos gerentes tributários com esse mesmo tempo de experiência, a remuneração, que podia ser de até R$ 15 mil, atingiu um teto de R$ 19 mil.

Planejamento financeiro

O especialista aponta ainda que a função de gerente de planejamento financeiro foi muito valorizada nos últimos meses. “Percebemos que essa se tornou uma posição muito estratégica nas empresas, mesmo em momentos de crise”, disse. O salário de um profissional nessa área varia entre R$ 5 mil e R$ 11 mil na faixa inicial e pode chegar a R$ 24 mil para executivos com mais de 15 anos de experiência.

Fonte: Financial Web

Classe Contábil

 

Profissionais de finanças e contabilidade são os mais valorizados em 2010


Notícias

InfoMoney

O salário de um controller, por exemplo, pode chegar a R$ 16 mil este ano, contra uma média de R$ 7 mil a R$ 12 mil no ano passado

 

Por Gladys Ferraz Magalhães, InfoMoney


Os profissionais de finanças e contabilidade com inglês fluente e conhecimento em normas contábeis são os mais valorizados em 2010, segundo aponta estudo da Robert Half sobre a remuneração de média e alta gerência nas áreas de TI (tecnologia da informação), engenharia, marketing, vendas, finanças, contabilidade e mercado financeiro.

 
De acordo com o especialista em recrutamento, Mário Custódio, controllers, gerentes na área fiscal e tributária e contadores com experiência superior a cinco anos são os que apresentaram maior valorização salarial em relação a 2009, sendo que o salário de um controller, em uma empresa de pequeno e médio porte, por exemplo, pode chegar a R$ 16 mil este ano, contra uma média que variava entre R$ 7 mil e R$ 12 mil no ano passado.

 
Já nas empresas de grande porte, o aumento foi menor, em torno de 9,52%, saindo de R$ 21 mil para R$ 23 mil, em um ano.

 
Mercado financeiro

Ainda de acordo com o levantamento, a remuneração dos executivos com experiência entre três e nove anos, perfil considerado de média experiência, também registrou aumento significativo.

 
Da mesma forma, conforme explicações do gerente da Divisão de Mercado Financeiro da Robert Half, Fábio Saad, os salários de executivos do mercado financeiro apresentaram aumento no período estudado, em média, de 30%.

 
A valorização, explica Saad, reflete a busca por talentos pelos bancos de investimento.

 
Geral
De modo geral, segundo o diretor de Operações da Robert Half, Fernando Mantovani, o aquecimento generalizado pode ser percebido em todos os segmentos, sendo que a falta de profissionais qualificados e a recuperação da economia já impactaram os salários em alguns setores. 

 
"Profissionais em níveis médios, com mais de cinco anos de experiência, são disputados nas empresas e isso pode ser percebido nas remunerações fixas".

 

Fonte: CFC

 

Presidente defende apoio da classe contábil às micro e pequenas empresas

Notícias

Durante homenagem que recebeu desses profissionais, Lula ressaltou a importância dos contabilistas na luta pela formalização

Dilma Tavares

Bernardo Rebello

Presidente assinalou importância das entidades contabilistas na formalização e apoio aos pequenos negócios

Brasília
- Ao ser homenageado pela classe contábil, na noite de quarta-feira (18), em Brasília, no hotel Brasília Alvorada, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a necessidade do apoio da categoria às micro e pequenas empresas (MPE), especialmente na formalização. No evento, Lula fez um balanço da sua administração e relacionou entre resultados de seu governo a criação de mais micro e pequenos empreendimentos.

O presidente também voltou a destacar a necessidade de um ministério para a micro e pequena empresa. Disse que pensou em criar a pasta, mas como estava terminando seu mandato, decidiu deixar a tarefa para o próximo governante. “Resolvi que não era justo criar no final do mandato, que era melhor esperar que, a partir de 1º de janeiro, quem estiver na presidência crie o ministério e ponha o ministro para as coisas começarem a andar”, afirmou.

Antes da fala do presidente Lula, o presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro, destacou a importância da criação do Empreendedor Individual, que possibilita a formalização de autônomos como cabeleireiras, pipoqueiros e vendedores de churrasquinho. Esse mecanismo jurídico foi inserido na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06) por meio da Lei complementar 128/08.

Atualmente já são mais de 461 mil empreendedores individuais no País. Na avaliação de Juarez Domingues, as formalizações por parte desse público demonstram que a iniciativa foi “uma acertada política pública, de imenso alcance social”. Ele destacou a importância da classe contábil no apoio tanto de grandes corporações quanto dos pequenos negócios.

Base de sustentação social

A criação do ministério da micro e pequena empresa também foi defendida no evento pelo presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias e Informações e Pesquisas (Fenacon), Valdir Pietrobon. Ele disse que as micro e pequenas empresas “são a base da sustentação social e econômica”, conforme provaram na recente crise financeira mundial, mantendo postos de trabalho.

O presidente Lula foi homenageado pelo CFC, juntamente com a Fenacon. Um dos principais motivos foi a sanção da Lei nº 12.249, em 11 de julho de 2010. Entre as medidas, essa lei restabelece o Exame de Suficiência para registro no Conselho Federal e nos Conselhos Regionais de Contabilidade.

A importância da iniciativa foi destacada pela presidenta da Academia Brasileira de Serviços Contábeis, Maria Clara Cavalcante Bulgarim. “É um marco histórico vinculando o governo Lula com a contabilidade brasileira e servirá de ponte entre a primeira década do século XXI e a posteridade da profissão contábil”, disse.

Sebrae

O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, também participou do evento. A instituição tem convênio com o CFC e com a Fenacon para capacitar contabilistas visando ampliar a orientação aos donos de micro e pequenas empresas. Uma das iniciativas é o programa Contabilizando o Sucesso, desenvolvido há 10 anos em parceria com o CFC e que tem por objetivo criar uma rede de profissionais contábeis para consultoria especializada às micro e pequenas empresas.

Até agora foram mais de 6 mil empresas preparadas. A meta é até dezembro de 2010 capacitar 8,6 mil contabilistas. Levando em conta que esses escritórios normalmente têm uma média de 30 empresas clientes, isso equivale a 258 mil empresas. Outra ação é realizada em parceria com a Fenacon e tem por objetivo a orientação das empresas e especialmente para a formalização do público-alvo do Empreendedor Individual.

Também participaram do evento o vice-presidente José Alencar, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, que foi condecorado com o título de Membro Honorifico da Entidade Magna dos Cientistas Contábeis, o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, o presidente da Fundação Brasileira de Contabilidade, José Martônio Alves Coelho, e o presidente do Comitê Gestor do programa Fome Zero, Antoninho Trevisan

Serviço:
Agência Sebrae de Notícias - (61) 8118-9821
www.agenciasebrae.com.br
Central de Relacionamento Sebrae - 0800-570-0800

Fonte: Agência Sebrae

 

Blog abre espaço para jovem discutir o Desafio Sebrae

Notícias

Página dá oportunidade para que participantes da competição e outras pessoas se informem sobre o jogo virtual

Mariana Flores

www.mundosebrae.com.br/desafiosebrae
Brasília –
Um popular e eficiente canal de diálogo entre a coordenação do Desafio Sebrae e os quase 160 mil participantes da competição. Essa é a definição para o blog do jogo virtual. A página existe desde março,  já recebeu mais de 45 mil visitas e tem uma comunidade com mil membros. O blog pode ser acessado pelo endereço www.mundosebrae.com.br/desafiosebrae.

Os participantes ou interessados no Desafio Sebrae tem no blog a oportunidade de conhecer ou saber mais sobre o jogo.  Na página, podem se manifestar, tirar dúvidas e pedir informações.

O blog tem sido importante para disseminar o jogo e também para ouvir o que os estudantes pensam da modalidade, segundo a coordenadora do Desafio Sebrae, Carla Virgínia Rosal Lima Costa. “Com o blog queremos desmistificar o jogo. É um canal para quem quer entender o desafio, além de falarmos de empreendedorismo para esse público”, explica.

O blog apresenta a evolução e o histórico do Desafio, junto a informações sobre como participar. Os visitantes podem ainda ter acesso a conteúdos sobre empreendedorismo. Lançado em 2000, o Desafio Sebrae é um jogo virtual que simula o dia a dia de uma empresa durante mais de seis meses. Universitários de todo o País, organizados em equipes, testam sua capacidade de administrar um negócio, tomar decisões e trabalhar em equipe.

O jogo utiliza um software de gerenciamento que durante a competição avalia as decisões das equipes em ambientes que simulam o funcionamento do mercado. Essas decisões são comparadas com as dos concorrentes, o que resulta em uma pontuação para as equipes ao final de cada rodada. A pontuação acumulada das equipes é utilizada para gerar o ranking. Os critérios de pontuação encontram-se no manual do participante.

Serviço:
Agência Sebrae de Notícias: (61) 2107-9106, 2107-9110 ou 8118-9821
www.agenciasebrae.com.br
Central de Relacionamento Sebrae - 0800-570-0800

Fonte: Agência Sebrae

 

Estou formado, e agora? Veja os próximos passos rumo a uma carreira bem-sucedida

Notícias

Da Redação

Foram cinco anos e meio de estudos para, enfim, terminar o curso de Administração na Universidade do Estado de Santa Catarina. Quase no fim da empreitada, além do esforço, Renata Moreno, 23, também teve de lidar com a ansiedade. O que fazer depois que tudo terminar? Quais passos seguir rumo a uma carreira de sucesso, depois de passar pela graduação?

Para a consultora em Recursos Humanos do Grupo Soma Desenvolvimento Corporativo, Juliana Saldanha, não existem regras, receitas ou fórmulas a serem seguidas pelos recém-formados. Existem possibilidades. "Esse jovem precisa focar sua carreira para determinada aérea. Precisa saber ao menos o que não quer", acredita.

Renata teve sorte. Formou-se em julho e já conseguiu passar em um processo seletivo de uma grande empresa para trabalhar na área que queria em São Paulo. E um fato que evitou que a sensação de estar perdida se prolongasse para depois da formatura foi a estudante ter ficado atenta às opções que sua área oferecia ainda na faculdade. "Eu participei da empresa júnior por um ano e foi ali que comecei a gostar da área de consultoria", conta.

E agora?

Contudo, não são raros os casos de estudantes que saem da faculdade sem saber o que fazer. E quais são essas possibilidades que tanto falam. Para os perdidos de plantão, há um roteiro de passos para se tirar da cabeça a pergunta "O que eu vou fazer agora?". O primeiro deles é o mais difícil, porém, essencial. Definir a área de atuação.

 "Elencar, dentro do escopo de sua formação, quais as áreas que mais o agradam, que foram objeto de seu estudo e apresentação de trabalhos durante a graduação é o mais importante", ressalta a gerente de Marketing da Monster Brasil, empresa especializada em gestão de carreira e recrutamento online, Andreza Santana.

Ficar atento desde cedo, como fez Renata, para evitar ansiedades futuras também é o principal conselho dado pelo gerente de Projetos do Grupo Foco, Rudney Pereira Júnior. "Fazer estágio, participar da vida acadêmica, tudo isso faz diferença porque você começa a perceber o que a sua área oferece", diz.

Se você prestou atenção à sua atuação na faculdade, fica mais fácil definir. Se não fez isso, o melhor é pensar agora, mas com calma, para evitar arrependimentos quando a sua carreira tiver avançado. "Se você saiu da faculdade cheio de dúvidas, tem de amadurecer, analisar sua situação e dar um tempo para se autocriticar", acredita Pereira.

Depois desse primeiro passo, é preciso estabelecer um plano de ação. "Faça uma lista das empresas ou organizações que contemplem suas demandas de carreira, ambiente, de desenvolvimento profissional no foco que escolheu", afirma Andreza. Esse passo demanda tempo e paciência.

Esses primeiros passos devem ser feitos mesmo por aqueles que já se encontram no mercado de trabalho, pois os ajuda a perceber se a empresa onde estão supre essas necessidades. Juliana, porém, faz um alerta. "É preciso definir um foco sem restringir possibilidades".

As possibilidades

Enquanto define o que quer e onde quer trabalhar, esses jovens não devem perder tempo e ficar parados. Invista em qualificações que o mercado exige de profissionais de todas as áreas. "O mercado está aquecido, mas para profissionais qualificados, por isso, invista em línguas, em cursos que você acredita que farão diferença no seu currículo", disse Juliana. Além de investir na carreira, cursos, workshops e seminários são ótimos meios para fazer contatos. "São bons espaços para network, com amigos, professores", reforça Pereira.

Depois de definido o foco, os caminhos começam a ficar mais definidos. Qual o próximo passo, então? "Colocar o currículo nos lugares certos", afirma o gerente de Projetos. Agora é só esperar, certo? Não. "Paralelo ao processo de procura por vagas, esse jovem precisa investir em uma pós-graduação, que traz diferencial competitivo", reforça Andreza.

Depois da graduação, uma especialização é uma das muitas possibilidades que o recém-formado tem para se manter competitivo. Muitos também pensam em MBA (Master Business Administration). "Nesses casos, fazer uma pós, em vez de um MBA, é melhor, porque o recém-formado não tem muita experiência para aproveitar bem um MBA", diz Pereira. "Nessas horas, precisamos ser práticos e táticos", ressalta.

Renata já sabe bem o que vai fazer. Ela sabe que a empresa onde irá atuar oferece a possibilidade de fazer a graduação de contabilidade. "Ter essa formação para a área de consultoria ajuda muito", conta. Como já é formada em administração, essa nova graduação exigiria mais uns dois anos de estudo. Depois disso, ela deve investir em uma pós na área de gerenciamento de projetos.

 "O cenário está favorável e as empresas devem contratar muito daqui para a frente. Então, caprichar no currículo e examinar cada passo de sua carreira e saber vender-se no mercado é imprescindível", ressalta Andreza, da Monster. Juliana, do Grupo Soma, alerta que é preciso conter a ansiedade em se especializar, para evitar erros.

Visualizando um futuro

Se, mesmo com todos esses passos, ainda está difícil decidir, então, comece a pensar em como você quer se ver em um futuro próximo. Que posição pretendo ocupar? Em qual nível de poder aquisitivo eu quero chegar? Quero ser um consultor, empreendedor ou seguir carreira em uma empresa?

Para Andreza, o jovem profissional deve se fazer essas perguntas. "Essa auto-imagem vai facilitar o planejamento dos caminhos que ele deseja percorrer, como pessoa e como profissional", acredita. "O fundamental mesmo é que ele invista em algo que goste, porque naturalmente terá mais dedicação. Os retornos financeiros virão como consequência desse prazer".

Fonte: Resumo online – MT

Agência Sebrae

 

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