Palavras do Mestre dos Mestres

Palavras de despedida do Professor Antonio Lopes de Sá no X Prolatino, realizado em novembro de 2009.

“Eu não sei quanto tempo de vida me resta. Quem me criou também determinará, naturalmente, a hora em que serei convocado para outras missões. Posso ver, nesse poente da vida, muitas coisas. Eu dediquei feriados, dias santos, horas que roubei da família para dedicar a vocês. A minha última palavra é: “Enquanto um sopro de vida me restar, ele será de vocês”. Não sou candidato a nada. Não é discurso político, mas quero estar no coração de vocês”.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Mundo: área de finanças e contabilidade são as mais difíceis de preencher vagas

Notícias

www.infomoney.com.br

27 de setembro de 2011 - 16h03 
Por: Karla Santana Mamona


SÃO PAULO - Um levantamento realizado pela Robert Half revelou que, no mundo, as áreas de finanças e contabilidade são consideradas as mais difíceis de encontrar profissionais que atendam aos requisitos das empresas. A resposta foi indicada por 26% e 22% dos entrevistados pela consultoria. 

 

Entre os países que encontram mais dificuldades em preencher as vagas de finanças, estão Itália (45%), Holanda (36%) e Brasil (34%). 

 

No caso de profissionais de contabilidade, destacam-se República Checa (42%), Nova Zelândia (41%) e Austrália (34%). No Brasil, o indicador chegou a 17%. 

 

Outras áreas

 

Além de finanças e contabilidade, os entrevistados apontaram a área de suporte operacional (17%), auditoria (11%), compliance (10%) e outros (2%). Apenas 13% dos respondentes em todo o mundo disseram que não encontram dificuldades. 

 

Ao analisar o Brasil, os dados indicam que 18% encontraram dificuldades em encontrar profissionais para atuar em suporte operacional, 25% em auditoria,4% em compliance e 1% em outras áreas. Já 2% declararam que não têm dificuldades. 

 

Preocupação com a retenção

 

Devido aos desafios de encontrar profissionais, 56% das empresas afirmaram que estão preocupadas com a retenção de talentos, sendo 13% se declaram muito preocupados e 43%, pouco preocupados, contra 44% que não estão nem um pouco preocupados. 

 

No Brasil, 85% dos respondentes disseram que estão preocupados, considerando 27% muito e 58% pouco. O percentual dos que estão nem um pouco preocupados é de 15%. 

 

Expectativa de crescimento

 

Por fim, a pesquisa revelou a expectativa das empresas para o próximo ano. Os dados global indicam que 36% estão muito confiantes, 53% pouco confiantes e 11% nem um pouco confiantes. 

 

As empresas brasileiras se mostraram mais otimistas que a média geral, com 50% se mostrando muito confiantes, 47% pouco e 3% nem um pouco confiantes.

 

Fonte: www.infomoney.com.br

CFC

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Grandes firmas de auditoria poderão sofrer abalo enorme com novas regras

Notícias

 

Valor Econômico

Por Huw Jones | Reuters, em Londres 

 

As "Big Four", quatro maiores firmas de auditoria do mundo, podem ser desmembradas, ficando suscetíveis a aquisições, se forem em frente planos radicais da União Europeia para intensificar a concorrência, disse na terça-feira uma autoridade britânica do setor.


O comissário para mercado interno da UE, Michel Barnier, deverá publicar um projeto de lei em novembro para limitar o que considera um conflito de interesses - quando os auditores verificam os balanços contábeis e prestam serviços de consultoria a um mesmo cliente. 

 

As firmas KPMG, Ernst & Young, Deloitte e PwC verificam a contabilidade de quase todas as grandes companhias do mundo. 

 

O projeto de lei de autoria de Barnier propõe que os auditores sejam proibidos de oferecer serviços de consultoria às empresas que auditam ou até mesmo proibidos de prestar qualquer serviço de consultoria - uma decisão que poderá obrigar as firmas a desmembrar suas operações. 

"Um desmembramento das Big Four as tornariam mais suscetíveis de serem compradas por empresas chinesas em ascensão", disse ontem uma autoridade britânica do setor, sob condição de anonimato. 

 

Barnier vem elaborando seus planos há um ano, e o setor esperava que eles estivessem diluídos, no momento em que ele os propusesse formalmente, em novembro. 

 

"Para reforçar a independência e a confiança profissional, a proibição da prestação de serviços extra-auditoria às entidades auditadas - e até mesmo a proibição generalizada de prestação de serviços extra-auditoria - seria uma solução", diz o projeto de regulamento. 

 

"Melhores trabalhos de auditoria e relatórios mais informativos reforçarão a confiança nos mercados e, ao mesmo tempo, informarão as partes interessadas sobre quaisquer problemas em relação a uma determinada organização", acrescenta o projeto. 

 

O Parlamento Europeu, que dará a palavra final aos Estados da União Europeia, deu aos planos seu mais amplo apoio neste mês. 

 

Técnicos do setor de auditoria estimam que entre 28% e 30% das receitas mundiais são provenientes da verificação legal de livros contábeis, com cerca de 18% de serviços de não auditoria prestados ao mesmo cliente de auditoria. Isso significa que cerca de metade das receitas totais provém da prestação de serviços de consultoria a clientes que não estão sendo auditados. 

 

Barnier decidiu legislar na forma de uma regulamentação, que terá obrigatoriedade diretamente aplicável aos Estados da UE, não dando margem a alternativas locais. 

 

O Reino Unido, como sede da base europeia das quatro grandes, provavelmente se oporá a algumas das propostas mais radicais de Barnier, embora seu Office of Fair Trading tenha anunciado em julho ser justificada uma investigação abrangente sobre as condições de concorrência no setor. 

 

Autoridades do setor de contabilidade dizem que esse tipo de investigação se tornará desnecessária se elementos pró-concorrência contidos no projeto de Barnier forem incorporados. 

 

"Se eu fosse responsável pela UK Competition Authorities, eu me inclinaria a deixar essas decisões para a Europa. Não é uma questão britânica, na realidade é uma questão de âmbito mundial", disse a autoridade do setor de auditoria.


Outros elementos do projeto regulamentar são o diálogo regular entre auditores e suas entidades regulamentadoras; o rodízio de auditoria a cada nove anos; e a proibição às cláusulas restritivas com as quais os bancos insistem em que uma empresa que recebe um empréstimo deva ser auditada por uma das quatro grandes. 

 

A proposta ainda prevê a implementação de auditorias conjuntas, para que o trabalho de uma das quatro grandes seja compartilhado com rivais menores. Isso se aplicaria a empresas com balanço patrimonial acima de ?1 bilhão. 

 

A Autoridade Europeia Fiscalizadora de Valores Mobiliários e Mercados desempenharia um papel de coordenação na supervisão dos auditores na UE. 

 

Alguns dos planos já estão sendo aplicados, como a rotatividade, na Itália, e as auditorias conjuntas, na França. 

 

Uma lei da União Europeia que entrou em vigor em 2008 estabelece o rodízio dos sócios auditores - porém não da firma de auditoria envolvida - a cada sete anos. Também diz que o auditor não pode fornecer serviços de consultoria a um mesmo cliente caso isso dê margem a grandes conflitos de interesse, porém muitos países ainda não aplicaram essa lei na íntegra.  

 

Fonte: Valor Econômico

CFC

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A Contabilidade como profissão do futuro

Artigo

 

Não tem como não negar que o curso de contabilidade não é a primeira Opção da maioria dos estudantes de ensino médio e nem que o curso de Ciências Contábeis é um curso desconhecido para os estudantes. Existe um paradigma que precisa ser quebrado pela sociedade, não existem apenas os cursos de Direito, Administração, Economia ou Medicina, temos outros cursos que precisam ser mais divulgados e conhecidos pela sociedade. Eu como Bacharel em Ciências Contábeis, inscrito no Conselho de Contabilidade de Minas Gerais e inscrito no Conselho Federal de contabilidade como Auditor Independente vou apresentar uma das profissões que é fundamental para o desenvolvimento do País, a CONTABILIDADE.

 

A contabilidade existe desde que o homem precisou efetuar registros de comercio, alguns autores dizem que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. Desde a época dos escambos (época em que a Moeda de troca era as próprias mercadorias), a contabilidade já era de suma importância para a sociedade.


No Brasil em 1770 surgiu a primeira regulamentação da profissão contábil quando o Rei de Portugal (Dom José) obrigou o registro dos Guarda-livros. Em 1870 é regulamentada a profissão contábil por meio do decreto imperial 4475. No ano de 1915 o Instituto brasileiro de Contadores Fiscais e em 1924 foi efetuado o primeiro congresso de contabilidade brasileira. Já a primeira escola de contabilidade no Brasil Surgiu por volta de 1900 com a criação da Escola Comércio Álvares Penteado, porém o primeiro curso de contabilidade só foi instituído em 1931 o qual era denominado perito-contador. Em 1945 ocorreu uma grande evolução com o decreto lei 9.295 o qual institui o Conselho Federal de Contabilidade mesmo ano o qual foi instituído o curso superior de Ciências Contábeis e Atuariais.      

 

Agora que vocês já conhecem um pouco a historia da contabilidade e da origem da profissão no País, vamos explicar qual o conceito da profissão, mercado de trabalho e perspectivas para o futuro.

 

A Contabilidade é uma Ciência Social aplicada que tem como objetivo evidenciar as mudanças financeiras e econômicas que ocorrem na sociedade, em regra geral o Contador é aquele que pode mensurar o patrimônio de uma empresa ou da Sociedade e estabelecer diagnósticos que são fundamentais para os investidores.

 

O Mercado de trabalho para o profissional contábil é bem diversificado, o contador pode ser um perito contábil, auditor interno, auditor externo, consultor contábil, consultor tributário, contador de escritório, contador interno, controller, fiscal, contador público, contador gerencia, analista financeiro, empresário e professor. São muitas as áreas que o profissional contábil pode fazer carreira, fato que diferencia a profissão no mercado de trabalho.

 

Em tempos de mudanças na Economia mundial e nacional, a profissão se torna ainda mais valorizada, todas as empresas desde o momento de sua constituição precisam de um contador para efetuar e se responsabilizar pelo processo de abertura. 

 

Com a valorização da Economia brasileira, muitas empresas de fora estão vendo a possibilidade de investir no Brasil, abrindo filiais ou até mesmo investindo em empresas brasileiras. Como todos os investidores exigem ver os reais resultados de seus investimentos, os contadores que estão preparados no mercado recebem grandes ofertas de emprego.

 

Outra área contábil que podemos vislumbrar um crescimento elevado é a Auditoria Externa, os investidores cada vez mais querem maximizar seus ganhos e reduzir os riscos, para comprovar a saúde financeira das empresas é exigida pelo mercado uma confirmação dos dados contábeis por meio da opinião de uma empresa que tenha credibilidade no mercado.    

 

Para você que quer conhecer um pouco mais sobre o curso de Ciências Contábeis ou a profissão contábil, o portal caropjunior,  http://www.caropjunior.webnode.com.br/ , é uma excelente Opçãopara você atribuir novos valores e conhecimentos sobre a profissão que pode ser considerada a profissão do futuro.    

     
Este artigo é uma homenagem a todos os contadores pelo seu dia: 22 de setembro, o dia do CONTADOR!

 

Autor: Carlos Alberto R O Junior

Bacharel em Ciências Contábeis pela PUC - Minas, Pós Graduando em Controladoria. Coordenador Contábil da Contabilidade Papyrus

 

Fonte: Classe Contábil

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Grandes firmas de auditoria crescem apesar da turbulência econômica

Notícias

 

Valor Econômico

Por Dena Aubin | Reuters, de Nova York


Esqueça economias em dificuldades, regulamentação, clientes pão-duros. As duas maiores firmas de auditoria e consultoria no mundo estão crescendo com aquisições e vasculhando o mundo em busca de novas contratações. 

 

Cabeça a cabeça, numa corrida disputando o título de maior firma do mundo de serviços profissionais, a Deloitte e a PwC embarcaram em uma grande iniciativa expansionista. 

 

Com a estabilização das receitas de auditoria nos mercados desenvolvidos, as empresas estão fazendo um crescente esforço em países como a China e a Índia e investindo na área de consultoria, na qual os negócios estão crescendo, depois de um período recessivo. 

 

Há mais em jogo, nessa briga, do que se gabar da "pole position". Igualmente importante é cimentar seu status de supermercado de serviços profissionais, capazes de ajudar clientes em quase qualquer mercado que transpire comércio. 

 

"Quanto mais elas se posicionarem como provedoras confiáveis de serviços variados para os clientes, mais podem esperar ficar imunes à pressão para reduzir honorários se a economia piorar", disse Ashley Newton, diretor associado na Kennedy Consulting Research and Advisory. 

No ano passado, um salto de 15% na área de consultoria da Deloitte ajudou-a a passar à frente da PwC em receitas totais, assumindo a primeira posição entre as quatro grandes firmas mundiais de auditoria e consultoria, time que também inclui a KPMG e a Ernst & Young. 

 

A Deloitte assumiu a liderança por uma diferença de apenas US$ 9 milhões, anunciando receitas de US$ 26,578 bilhões, contra US$ 26,569 bilhões na PwC. Antes de 2010, a PwC foi a maior durante pelo menos cinco anos, segundo dados do "Accounting News Report". 

 

Um fator por trás da conquista da liderança foi a decisão da Deloitte de conservar seu ramo de consultoria, cerca de uma década atrás, enquanto outras empresas de auditoria eliminaram os seus, em meio a preocupações sobre conflitos de interesse. 

 

A decisão ajudou a Deloitte manter seu domínio na área de tecnologia da informação, de alto potencial e uma arena de negócios com boas perspectivas de crescimento, mesmo em uma economia morna. As atividades de consultoria ganharam novo impulso a partir de aquisições feitas pela Deloitte, como a da BearingPoint, especializada em negócios com governos, em 2009. 

 

Embora agências regulamentadoras nos EUA e em outros países tenham apertado as restrições sobre os serviços de consultoria que as firmas de auditoria podem disponibilizar, a consultoria não foi totalmente proibida, e tanto a Deloitte como a PwC têm centrado grande parte de seu trabalho de consultoria para empresas que não são clientes de auditoria. 

 

Marcas respeitadas e íntimos laços com os mais altos níveis executivos das administrações de empresas, construídos em parte por meio de relacionamentos de auditoria, ajudaram a transformar todos os quatro grandes em concorrentes de peso em atividades de consultoria, segundo a Gartner Research. 

 

"O que o trabalho de auditoria faz é permitir que elas criem competência em um setor", estabelecendo a credibilidade que é uma grande diferencial para atrair contratos de consultoria, disse o analista Alex Soejarto, da Gartner. 

 

A incursão no terreno de consultoria vem acontecendo há algum tempo, em parte porque é bem mais rentável do que o trabalho obrigatório de auditoria, disse Arvind Hickman, editor do "International Accounting Bulletin". 

 

"A auditoria emprega muita mão de obra e tem sofrido muito com as limitações nos preços que podem ser cobrados pelos serviços devido à crise financeira mundial." 

 

A PwC, que vendeu seu braço de consultoria para a IBM em 2002, está reconstituindo essa área com aquisições como a do Paragon Consulting Group e das operações de serviços comerciais da BearingPoint, em 2009. 

 

Nos últimos 12 meses, a firma absorveu 700 consultores, com a compra da PRTM, uma empresa de consultoria de gestão, e centenas de outras, mediante a aquisição da Diamond Management & Technology Consultants. 

 

Recentemente, anunciou estar construindo uma vantagem competitiva na denominada área de sustentabilidade, ou uso responsável de recursos naturais, ao contratar como consultora a Andrew Winston, uma consultora empresarial "verde". 

 

Ainda líder mundial em receitas de auditoria, a companhia focou mercados emergentes, como a Índia, a China e o Oriente Médio para intensificar seu crescimento. 

 

A Deloitte comprou um grande número de firmas de consultoria, entre elas a Altos Partners Management Consultants; a AJM Petroleum Consultants; a Jackson Browne, consultora de gestão de desempenho; a Access Economics, especializada em consultoria econômica; e a Oco, focada em análise empresarial. A companhia também reforçou seu potencial na área da sustentabilidade, com a aquisição das firmas Clear Carbon Consulting e Domani Sustainability Consulting. 

 

Forte capacitação em abrangente leque de expertise ajudou as firmas a competir contra uma gama de empresas, de gigantes em gestão, como a McKinsey, a consultoras de tecnologia, como a IBM e a Accenture. 

 

A PwC anunciou que suas firmas associadas em todo o mundo contrataram cerca de 45 mil novos funcionários no ano fiscal de 2011 encerrado em junho. A Deloitte não anunciará suas contratações antes de divulgar os valores de suas receitas para o ano fiscal de 2011, mas disse estar a caminho de confirmar suas projeções anunciadas no ano passado: 50 mil contratações por ano em nível mundial nos próximos cinco anos. 

 

Acredita-se que as quatro grandes reportem suas receitas para o ano fiscal de 2011 nas próximas semanas e, caso haja um crescimento significativo, provavelmente, mais uma vez, este virá da área de consultoria, disse Jonathan Hamilton, editor-chefe do "Accounting News Report". 

"Os negócios no setor de auditoria, embora certamente o feijão com arroz de todas essas firmas, é uma atividade de crescimento lento", acrescentou Hamilton. 

 

O crescimento das empresas cria desafios, porém, como o de assegurar a qualidade à medida que expandem seus impérios. 

 

"Na realidade, tratam-se de firmas individuais sob uma bandeira de marca única, mas não têm um controle centralizado rigoroso", disse Shan Nair, presidente da Nair & Co, que assessora companhias em expansão internacional e trabalha com as "quatro grandes". 

 

A expansão na China, um mercado chave, já trouxe dores de cabeça para a área de auditoria. Os ramos da Deloitte e da PwC na China tiveram que desistir de seus clientes devido a preocupações com sua contabilidade e o escritório da Deloitte em Xangai foi intimado pela agência regulamentadora americana a entregar registros à fiscalização. 

 

E pairam mais preocupações, em vista do maior esforço fiscalizador das agências. À medida que crescerem as receitas de consultoria, novamente estão vindo à tona reclamações de que as firmas ficarão tentadas a relaxar o rigor sobre suas clientes de auditoria para conquistar ou conservar um contrato de consultoria - uma acusação que as firmas negam. 

 

Na semana passada, legisladores da União Europeia aprovaram um relatório que defende proibir firmas de auditoria de prestar serviços de auditoria e de não auditoria para um mesmo cliente. O relatório é não vinculante, mas poderá ajudar a dar forma a um projeto de lei em elaboração. 

A PwC e a Deloitte disseram não haver conflitos de interesse nos serviços de consultoria que prestam. Grande parte de sua consultoria é prestada a empresas às quais não oferecem serviços de auditoria e elas cumprem padrões regulatórios e restrições das próprias companhias clientes sobre o tipo de consultoria que prestam a seus clientes de auditoria. 

 

A PwC disse também que cumpre um código de ética estabelecido pela International Ethics Standards Board for Accountants para garantir sua independência. 

 

Algo que também beneficiará as auditorias é que muito de seu trabalho de consultoria - como ajudar as empresas a cortar custos e se tornarem mais eficientes - continuará sendo demandado, mesmo com uma desaceleração da economia. "Tudo somado, elas estão assumindo uma política expansionista muito prudente, ainda que agressiva", disse Newton, do Kennedy Research Consulting.

 

Fonte: Valor Econômico

CFC

 

Evolução da contabilidade destaca profissão em alta

Notícias

Jornal do Comércio - RS

Gilvânia Banker


Desde o surgimento das civilizações, a função do contador esteve presente na história da humanidade. Surgiu da necessidade social de proteção dos bens e registro dos fatos ocorridos com os objetos materiais e hoje, no século XXI, desponta como uma das mais promissoras carreiras 

A contabilidade está se modernizando e cada vez mais se adequando às exigências do mundo globalizado. Da antiga caneta de tinteiro utilizada para os registros no livro diário aos tablets que facilitam a conexão com o mundo, a profissão evolui rapidamente. Os antigos guarda-livros precisaram mudar o seu conceito profissional, introduzindo no dia a dia os conceitos mais modernos que alteram a postura e a mentalidade cultural. No Brasil, por exemplo, o momento é de adaptação às normas internacionais, as IFRS (International Financial Reporting Standards), na sigla em inglês. A escrituração totalmente manual, que acumulava pilhas de papéis em diversos arquivos de papelão, deu lugar à tecnologia. Todo registro é compactado em arquivos virtuais e a emissão dos documentos é realizada de maneira digital.

 

No Dia do Contador, 22 de setembro, os profissionais da contabilidade têm muito a comemorar. Festejam a evolução dos tempos e a crescente valorização da carreira. "Temos mais força política, estamos mais organizados, mais estruturados", comemora o presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RS), Zulmir Breda. Contador há mais de 30 anos, Breda diz nunca ter visto um momento tão bom para a carreira. Apesar disso, com tantas alterações na rotina do contador, o principal desafio ainda é a mudança no perfil para se adequar às exigências do novo mercado de trabalho. Por estar atrelada a regras e fórmulas, a profissão se consolidou como uma profissão tipicamente conservadora, que acabou moldando o perfil deste trabalhador. "Está havendo uma transformação cultural, pois envolvem tanto aspectos técnicos e científicos quanto comportamentais", diz Breda, ao explicar que o contador passa a ser uma figura proativa, tanto no setor público quanto no privado. 

 

Oportunidades cresceram rapidamente motivadas pelas novas regras internacionais, exigindo do profissional contábil maior qualificação, que vai desde o conhecimento técnico ao domínio da língua inglesa. "Muitos estão sentindo essas mudanças como um desafio insuperável, outros veem como algo que deve ser encarado e melhorado", conta o presidente. As transformações são mais difíceis aos mais antigos, pois os mais jovens já estão adaptados aos novos softwares e à língua estrangeira. "As pessoas que não estão acompanhando essas mudanças querem sair do mercado", lamenta. 

 

Qualificação é fundamental 

A contadora e advogada Nara de Oliveira está convencida de que o profissional precisa se especializar. Formada em Ciências Contábeis desde 1997, verificou, na prática, que os conhecimentos adquiridos na faculdade não eram suficientes. Sentiu a necessidade de aprofundar seus conhecimentos em legislação, em especial na área tributária. "Precisamos saber tudo sobre tributos, leis, obrigações das empresas com o fisco, transações no mercado, enfim, é muita coisa", desabafa. Por essa razão, buscou no curso de Direito o apoio de que precisava. "Não podemos cuidar dos interesses dos nossos clientes apenas com breves noções de Direito", ressalta. 

 

Hoje está formada nas duas faculdades e atua nas duas áreas, que, segundo ela, são suas grandes paixões, depois da família. Mas a inspiração para a sua formação em Contabilidade veio do seu cunhado, Vitor Sundstron, já falecido. Aos 14 anos, ela o observava e admirava o seu trabalho junto com a irmã. Sempre que podia, vasculhava os documentos que ele levava para trabalhar em casa. Sonhava um dia em ser contadora. 

 

Nara abriu a Audimaster Consultoria Contábil Ltda. e a Mérito Jurídico Consultoria. Para ela, a formação constante de sua equipe é uma prioridade. O escritório conta com oito profissionais divididos entre as duas áreas. "Eles precisam saber de tudo para poderem dar as respostas necessárias ao cliente", destaca. 

 

Cresce o número de faculdades 

Com um futuro tão promissor, aumenta, consequentemente, o número de cursos em Ciências Contábeis. No Rio Grande do Sul são 56 faculdades, sendo uma das áreas mais procuradas em todo o Estado. Mas quantidade não é garantia de qualidade. A prova disso está no resultado do último Exame de Suficiência realizado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), em junho deste ano, que aprovou apenas 30,17% dos 16.608 inscritos em todo País. A dedução do presidente do CRC-RS é que as faculdades não estão conseguindo formar bons profissionais. "Temos um paradoxo, pois há um grande número de contadores no mercado, mas insuficientes em qualidade", admite Breda. 

 

Mesmo assim, esses jovens são mais dinâmicos e buscam outros meios de informação e de atração de clientes, que são as redes sociais. Segundo Breda, que acompanha o movimento dos jovens contadores nos cursos e programas promovidos pelo CRC-RS, esta é uma ferramenta bastante utilizada que faz com que se aproximem da realidade do mundo moderno. Apesar disso, na contramão dos tempos, esses mesmos profissionais, apesar da mentalidade mais adaptada às novas tecnologias, ainda possuem os mesmos objetivos que seus pais e avós buscavam no século passado, a estabilidade do concurso público. De acordo com o presidente, cerca de 80% dos alunos dos cursos de contabilidade almejam carreira em órgãos públicos. Um dos atrativos, além da garantia de emprego seguro, é o bom salário ofertado. "Não é ruim este pensamento, mas não estamos formando empreendedores", conclui. 

 

Os ganhos da profissão, que não possui piso salarial, vão de R$ 1.500,00 a R$ 30 mil no setor privado. Já na área pública varia de acordo com cada instituição, mas a média fica entre R$ 8 mil e R$ 12 mil. O presidente do Sindicato dos Contadores do Rio Grande do Sul (Sindiconta/RS), Tito Celso Viero, explica que a questão salarial também depende da especialização do profissional. A luta do sindicato, de acordo com o presidente, é pela qualificação para que, consequentemente, a sociedade valorize cada vez mais o profissional. O sindicato também incentiva a mudança de pensamentos e atitudes frente ao novo mundo. "O contador ainda está muito voltado ao seu trabalho e queremos que ele se conscientize da necessidade de continuar estudando e de mudar a maneira de ver a profissão, pois hoje ele é o protagonista desta história", diz o presidente. 

 

Novo perfil dita reformulações no currículo 

As faculdades de Ciências Contábeis precisaram passar por uma profunda reestruturação após as Normas Internacionais (IFRS). A grade curricular precisou se reformular a fim de trazer os novos conceitos aos estudantes. "O aluno continua tendo as disciplinas de tributos, mas buscamos trabalhar o planejamento tributário e contábil para que ele não seja um mero auxiliar das receitas", diz o professor e coordenador do curso de Ciências Contábeis da Ufrgs, João Marcos Leão da Rocha. 

 

Para a professora Neusa Monser, coordenadora do curso no IPA, as disciplinas possuem uma linha de formação voltada à controladoria mais focada na gestão. Segundo ela, o profissional necessita de uma base de conhecimento bastante ampla, não somente técnica, mas precisa estar preparado para auxiliar os empresários nas tomadas de decisões. "As instituições de ensino estão num processo de revisão e boa parte já se modernizou", comenta Neusa, que acredita que as faculdades já estejam adotando essa nova tendência. 

 

Para a aluna do IPA Maria Verene Bustamante, de 55 anos, a Contabilidade está sendo a sua realização pessoal. Já prestes a finalizar o curso, está otimista com as mudanças na carreira. Apesar da idade, ela não se intimida com o mercado, pois sua experiência como técnica a fez compreender melhor os desafios da profissão. Estagiária de uma grande empresa, é voluntária do programa em parceria do IPA com a Receita Federal do Brasil, o Núcleo de Apoio Fiscal (NAF), que oferece auxílio fiscal e empresarial à comunidade. A estudante do segundo semestre da Faculdades Monteiro Lobato (Fato) Lorilene Quevedo, 37 anos, diz que o curso está abrindo seus horizontes. Atualmente trabalha numa empresa do setor de transporte e também é voluntária do NAF. 

 

Carreira na área pública é uma opção para quem busca estabilidade  

Segurança, estabilidade, salário compatível com a função, são um dos atrativos procurados pelos candidatos que querem uma oportunidade na carreira pública. Foi o que buscou o agente fiscal Pedro Gabril Kenne da Silva, formado em Contabilidade pela Universidade Federal de Santa Maria desde 1981. Ele chegou a importantes cargos de comando, como contador e auditor-geral do Estado, foi secretário da Administração e dos Recursos Humanos do Estado e presidente da Procergs. 

 

Para Gabril, trabalhar na área pública é uma grande satisfação embora admita que o contador que abre uma empresa e possui diversos clientes tem a chance de obter ganhos muito maiores. Mas no setor público, as oportunidades também são grandes e o profissional pode ter grande sucesso com crescimento na carreira. 

 

A principal diferença da contabilidade pública para a empresarial, segundo Gabril, é que o enfoque não está no resultado, não existe a preocupação com o patrimônio, e sim com o orçamento. As normas internacionais também modificam as regras no setor público. "A sociedade passou a exigir dos governos mais produtividade, eficiência e eficácia nas ações dos governos e, isso é sinal de que ela está atenta, colocando os olhos no gasto público", comemora Gabril que vê as mudanças muito positivas para os estados, pois a área pública começa a perceber os benefícios da mudança. "Os servidores públicos estão em processo de capacitação e assimilação desta nova contabilidade", comenta o agente fiscal e diz que a evolução da tecnologia no setor público também tem forçado a busca constante do aperfeiçoamento. 

De acordo com Gabril, a oferta na área pública é bastante grande e o leque de opções favorece a escolha do profissional. O agente fiscal recomenda este caminho aos novos contadores que podem trabalhar no controle e auditoria interna de diversos órgãos, podendo atuar como agentes fiscais nos níveis federal, estadual e municipal, e em muitas outras áreas. Ele desmistifica a ideia de que a contabilidade no setor público é mais difícil. "Com as novas normas, ela se aproxima da forma comercial", explica. 

 

Profissionais dinâmicos são requisitados pelo mercado 

Aquela antiga concepção do contador quieto, tímido, comedido que ficava escondido numa sala ao fundo do corredor das repartições junto a pilhas de livros e papéis é coisa do passado. O mercado vem exigindo deste profissional uma nova postura. O contador do século XXI precisa ser versátil, ter domínio técnico, estar atualizado e necessita conhecer profundamente a empresa em que trabalha em todas as suas variantes, dever ter capacidade para auxiliar o cliente nas tomadas de decisões. "O mito do contador sem perfil para ser gestor é uma inverdade", defende o presidente do CRCRS, Zulmir Breda, justificando que este profissional tem conhecimentos e ferramentas que muitos não possuem. 

 

Para o presidente das Empresas de Serviços Contábeis, e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Sescon/RS), Jaime Gründler Sobrinho, o mercado está exigindo maior qualificação do profissional, pois a demanda de serviços aumentou. De acordo com o sindicato, são 144 obrigações diárias e semestrais em que a profissional gasta muitas horas do seu dia com preenchimento de documentos para emissão via online. 

 

A crítica do presidente do Sescon/RS é que surgem inúmeras novas obrigações que não eliminam as anteriores, e quase todas cumprem a mesma função, tornando o trabalho cansativo e repetitivo. Segundo ele, o contador-empresário tem inúmeras responsabilidades e precisa redobrar a sua atenção, dividindo esforços entre toda a sua clientela.  Mas reconhece que há carência nesta qualificação. "O contador também precisa ter habilidade para mostrar ao cliente as mudanças geradas na contabilidade", reforça.

 

Fonte: Jornal do Comércio - RS

CFC

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Afinal, o que é um negócio rentável?

Artigos

 

Muitas pessoas têm uma visão distorcida sobre o que é uma empresa rentável. Tudo vai depender das expectativas de cada sócio, como também do padrão de vida que pretende levar.

 

Não adianta a pessoa abrir um negócio pequeno e esperar grandes resultados. E isso acontece muitas vezes por absoluta falta de compreensão e conhecimentos básicos de administração.

 

Ou seja, qualquer empresa, grande ou pequena, pode ser lucrativa desde que os sócios administradores respeitem a sua capacidade de geração e distribuição de lucros.

 

Em nossa empresa contábil atendemos desde pequenas empresas, onde trabalha somente o sócio, como também empresas maiores com vários funcionários e, às vezes, o que se vê é o pequeno cliente satisfeito com a empresa e com o rendimento que ela lhe proporciona e, do outro lado, um cliente insatisfeito com os resultados da sua empresa, maior, mas amargando prejuízos contínuos.

 

Então, para o empreendedor inexperiente cabe sempre a consulta a um profissional contábil antes de escolher o tipo de empresa que irá investir. Só que em muitos casos acontece o contrário, ou seja, o empresário identifica o tipo de empresa que deseja abrir ou até mesmo adquirir, e, somente após o negócio efetuado é que ele procura um profissional contábil para fazer os trâmites legais de transferência ou registro e legalização, quando se tratar de abertura de nova empresa. Aí já é tarde demais, pois mesmo que o contador lhe mostre que o negócio não é rentável, ao menos para os padrões exigidos pelo empreendedor, dificilmente reverterá a sua decisão.

 

Outro dia uma pessoa procurou-me para registrar uma lavação de veículos. Na verdade a ideia era terceirizar a lavação de uma empresa de transportes. Ou seja, a transportadora estava querendo reduzir custos e ofereceu esta possibilidade a dois funcionários.

 

O problema é que eles não tinham a mínima noção de administração, mas a empresa solicitou-lhes que fizessem uma proposta de prestação de serviços.

 

Perguntei-lhes qual o valor que tinham em mente para verificarmos se era viável e fizemos um breve levantamento dos custos e despesas e um cálculo aproximado da receita, já que eles sabiam quantos caminhões e outros veículos de pequeno porte seriam lavados mensalmente. Imediatamente verificamos que aquele valor não seria suficiente para cobrir todos os custos e despesas da futura empresa.

 

Em seguida fizemos o cálculo do valor adequado, com valores diferenciados para os diversos tipos de veículos. Com uma proposta realista em mãos eles retornaram à empresa mas já não mais com a mesma confiança de que iriam fechar o negócio. O que de fato não aconteceu, pois a contraproposta da transportadora foi muito inferior.

 

Esse foi só um exemplo bem simples, mas que reflete a realidade de muitos candidatos a empresário. Sempre que tivermos a oportunidade, temos o dever de ajudar essas pessoas a visualizarem o futuro negócio de maneira realista.

 

Resumindo, podemos dizer que um negócio rentável é aquele que atende às expectativas dos sócios, colaboradores, clientes e fornecedores.

 

Autor: Isaac Rincaweski

Empresário no ramo de Prestação de Serviços Contábeis, Contador, formado na FURB-Blumenau, com pós graduação em Gerência na Qualidade nos Serviços Contábeis.

 

Fonte: Classe Contábil

Os contabilistas e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Artigos

 

A busca entre equilíbrio pessoal e profissional é um dos maiores desafios individuais. Qualquer pessoa, em qualquer profissão está sujeita a perder o equilíbrio entre vida pessoal e profissional em alguma fase da sua vida.

 

Para um grupo de profissionais, os contabilistas, esse equilíbrio tem se tornado um desafio ainda maior, quando se pensa na enorme carga de novas responsabilidades e exigências que esses profissionais acumularam nos últimos anos face às mudanças contábeis e fiscais para as empresas em que atuam.

 

Diante disso, é possível para o contabilista equilibrar adequadamente a vida profissional e pessoal? Sim é possível, mas nem sempre é uma tarefa fácil. Primeiramente, o profissional pode começar por estabelecer limites na sua rotina de trabalho e assumir responsabilidades que possam encaixar-se com sobra de tempo dentro dela. É claro que em alguns momentos será necessário que o profissional aumente a carga de trabalho em horas de dedicação extra, mas isso deve se restringir a momentos de picos de trabalho e não transformar definitivamente a sua rotina de trabalho.

 

Grande parte do trabalho que é executado em extenuantes horas extraordinárias ocorre porque não houve uma programação de execução de tarefas que priorize aquelas mais importantes e complexas para o início da rotina, onde normalmente o profissional tem melhor desempenho. Interrupções frequentes na jornada de trabalho para atendimento de telefonemas frequentes, reuniões desnecessárias, respostas de e-mails e intermináveis conversas em programas de comunicação instantânea tem um papel decisivo para determinar quantas horas extraordinárias serão necessárias ao profissional para atender a sua Demanda de serviço. Assim, será prudente que o contabilista saiba limitar essas interrupções ao longo do dia.

 

Outro fator influenciador na rotina do profissional contábil é a necessidade frequente de atualização e acompanhamento das mudanças da legislação. Nesse respeito, muitos profissionais comentem o erro de não focar sua especialização em um, dois ou no máximo três áreas relevantes e assim diminuir em muito a necessidade de tantas atualizações. Buscar qualificação em todos os assuntos que a profissão contábil está relacionada gerará frustração pela impossibilidade de acompanhamento e incapacidade de ser referencia em alguns temas importantes ao profissional contábil da atualidade. Ainda que possamos ter uma visão generalista dos diversos temas correlacionados com a contabilidade, um contabilista não tem a obrigação de dominar todos eles.

 

Mas é possível equilibrar a vida profissional e pessoal? É possível ser bem sucedido em ambas? Por anos tenho confrontado as pessoas nas palestras que ministro com essas perguntas. O feedback recebido mostra que não raro, os profissionais tem enfrentado dificuldades nisso. Para os que estão plenamente focados na busca do sucesso profissional enfatizo que ele não compensa o fracasso pessoal. Lembro-me de uma cena com um cliente que passava por sérios problemas financeiros e que sempre se dedicou prioritariamente à empresa da família. Nesse momento difícil de sua vida profissional ele decidiu viajar com a família e ao chamar um dos filhos ouviu: “Pai, você me deixou de lado a vida inteira e agora que a empresa está quebrando você quer viajemos juntos? Agora é tarde”. As empresas, clientes, Serviços que executamos e os problemas que temos a resolver sempre passarão, mas junto com isso passarão o tempo e momentos pessoais e familiares, portanto pense antes de perder esses momentos insubstituíveis que nunca mais se repetirão.

 

Autor: Anderson Hernandes

Empresário contábil, escritor, palestrante de marketing e especialista em marketing contábil. www.andersonhernandes.com.br

 

Fonte: Classe Contábil

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A nova realidade contábil brasileira

Notícias

 

Valor Econômico

Por Antonio Carlos Guzman e Guilherme Novello

As regras contábeis atualmente vigentes foram introduzidas pela Lei nº 11.638 no fim de 2007 com objetivos muito claros de aproximar a realidade contábil brasileira aos padrões adotados internacionalmente, o que tornaria mais transparente a leitura e interpretação das informações financeiras de companhias com sede no país por analistas estrangeiros.

Como era de se esperar, a nova contabilidade brasileira tem desencadeado, ao longo desses anos, muita polêmica e diversas discussões em fóruns de profissionais das áreas do direito e das ciências contábeis que resultaram em uma série de pronunciamentos de órgãos técnicos especializados, referendados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Como é de conhecimento, várias dessas mudanças contábeis trouxeram impactos significativos no resultado das companhias brasileiras que afetariam, invariavelmente, a apuração dos impostos e contribuições por elas devidos. É por essa razão que o legislador tratou de estabelecer um mecanismo que pudesse anular esses efeitos tributários mediante a criação do Regime Tributário de Transição (RTT).

Dentre as diversas alterações trazidas pelas novas regras, o critério de depreciação dos ativos, em especial, tem suscitado certas dúvidas e incertezas por parte dos contribuintes. De um modo geral, na ausência de parâmetros mais precisos, as companhias adotavam como prática usual, para fins contábeis, as regras e coeficientes de depreciação de ativos estabelecidos pela Receita Federal que, em tese, possuíam aplicação apenas no âmbito tributário. Partindo-se para a perspectiva fiscal da depreciação, o artigo 305 do Regulamento do Imposto de Renda dispõe sobre sua possibilidade quando tais bens estiverem sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência, desde que estejam intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços.

Por sua vez, os artigos 309 e 310 do Regulamento do Imposto de Renda determinam que a quota de depreciação admitida como custo ou despesa operacional corresponderá à aplicação da taxa anual de depreciação sobre o custo de aquisição dos bens depreciáveis; e a taxa anual de depreciação será fixada em função do prazo durante o qual se possa esperar a utilização econômica do bem pelo contribuinte, na produção de seus rendimentos, cabendo à Receita Federal publicar periodicamente o prazo de vida útil admissível, em condições normais ou médias, para cada espécie de bem.

Em suma, muito embora os coeficientes de depreciação publicados pela Receita Federal tivessem aplicação restrita ao âmbito tributário, muitas companhias acabavam se valendo desse mesmo critério para fins de escrituração contábil. Com as novas regras contábeis, isso mudou, uma vez que a Lei nº 11.638, posteriormente alterada pela Lei nº 11.941, de 2009, modificou a redação do parágrafo 3º do artigo 183 da Lei das Sociedades por Ações, determinando expressamente a revisão e ajuste dos critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação. Dessa forma, a observância do critério de depreciação pautado na expectativa de vida útil econômica do bem passou a ser obrigatória para fins de elaboração das demonstrações financeiras.

Este critério foi posteriormente ratificado por meio do Pronunciamento Contábil nº 27, ratificado pela Deliberação CVM nº 583, de 2009. Devido à neutralidade fiscal pregada pelo RTT, muito se discutiu se as novas regras implicaram em mudança da regra contábil atinente ao registro da depreciação, de forma que eventuais ajustes dela decorrentes seriam neutros do ponto de vista tributário.

Após a publicação de soluções de consulta no sentido da neutralidade fiscal de tais ajustes, no dia 9 de agosto a Receita Federal publicou, de modo a definir tal questão, o Parecer Normativo nº 1 reconhecendo que as diferenças no cálculo da depreciação de bens do ativo imobilizado decorrentes das novas regras contábeis não terão efeitos para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL da pessoa jurídica sujeita ao RTT, devendo ser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007. De forma exemplificativa, uma companhia que possuía imóveis registrados em seu ativo não circulante e que, para fins contábeis, adote quota de depreciação correspondente a 30 anos de prazo de vida útil econômica, poderá, com respaldo da definição da própria Receita Federal, excluir para fins fiscais, quota adicional de depreciação, haja vista que o prazo de depreciação de imóveis definido pelo referido órgão é de 25 anos.

Dessa forma, é possível concluir que a alteração na forma de contabilização da depreciação dos bens registrados no ativo imobilizado da companhia, em decorrência do novo regime contábil, trata-se de uma mudança de critério contábil e, por essa razão, seus efeitos contábeis podem ser enquadrados como ajustes tributários decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis, portanto, abrangidos pelo RTT e neutros para fins fiscais.

Antonio Carlos Guzman e Guilherme Novello são, respectivamente, sócio e advogado do Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados

Fonte: Valor Econômico

CFC

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