Palavras do Mestre dos Mestres

Palavras de despedida do Professor Antonio Lopes de Sá no X Prolatino, realizado em novembro de 2009.

“Eu não sei quanto tempo de vida me resta. Quem me criou também determinará, naturalmente, a hora em que serei convocado para outras missões. Posso ver, nesse poente da vida, muitas coisas. Eu dediquei feriados, dias santos, horas que roubei da família para dedicar a vocês. A minha última palavra é: “Enquanto um sopro de vida me restar, ele será de vocês”. Não sou candidato a nada. Não é discurso político, mas quero estar no coração de vocês”.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Nova delegacia da Receita movimenta escritórios

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Valor Econômico

Marta Watanabe - De São Paulo26/11/2010

Em operação desde maio, a Delegacia dos Maiores Contribuintes de São Paulo (Demac) inaugura hoje sua nova sede na capital paulista. A delegacia tem como alvo um conjunto de 10 mil empresas responsáveis atualmente por 75% da arrecadação federal. Com foco especialmente voltado para a análise de planejamentos tributários, a nova delegacia já está fazendo diferença no dia-a-dia dos escritórios de tributaristas que acompanham grandes contribuintes.

Luís Rogério Farinelli, do escritório Machado Associados, diz que vários clientes já receberam intimações. Ele nota que as fiscalizações têm como alvo principalmente planejamento tributário em aquisições e operações que dão origem a ágio amortizável para cálculo do Imposto de Renda (IR).

"Eles também têm fiscalizado preços de transferência", diz ele, referindo-se ao mecanismo pelo qual a Receita tenta coibir a exportação de lucros ao exterior por meio da manipulação de preços nas trocas entre empresas do mesmo grupo. Farinelli acredita que o próximo passo da delegacia será a aplicação das regras de subcapitalização, que estabelecem limites para empréstimos obtidos com empresas vinculadas no exterior.

Além de planejamentos baseados em estruturas que geram ágio, a Demac também tem espalhado intimações em fiscalizações sobre resultados obtidos no exterior e o uso de tratados internacionais, diz Igor Nascimento de Souza, sócio do Souza, Schneider, Pugliese e Sztokfisz Advogados.

Souza acredita, porém, que a qualificação dos auditores da nova delegacia não é sentida somente nas fiscalizações. "A delegacia tem sido muito eficiente no serviço público, quando o contribuinte precisa resolver questões relacionadas a certidões negativas ou simplesmente tirar dúvidas técnicas." Os auditores e analistas da nova delegacia foram selecionados entre os servidores do próprio órgão e tem passado por treinamentos técnicos que vão desde auditoria digital até valoração aduaneira.

O secretário da Receita Federal do Brasil, Otacílio Cartaxo, e o superintendente da Receita Federal em São Paulo, José Guilherme Antunes de Vasconcelos, devem participar hoje da inauguração da nova sede da Demac. 

Fonte: CFC

 

 

Inscrições para o Teste ANPAD - Seleção para Mestrado e Doutorado em Administração e Ciências Contábeis

Notícias

Comunicação CFC

No dia 25 de janeiro de 2011 enceram-se as inscrições para a Edição de fevereiro de 2011 do teste ANPAD, realizado pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (ANPAD).

O Teste inclui provas com as seguintes matérias: Língua Portuguesa, Língua Estrangeira (inglês) e Raciocínio Lógico, quantitativo e analítico. Realizado três vezes ao ano, o teste terá sua primeira prova marcada para o dia 13 de fevereiro em 30 cidades do Brasil.

Os inscritos podem ter cursado ou estar cursando a graduação em qualquer área de conhecimento. Para inscrições e informações acesse: www.anpad.org.br/teste ou mande um email para: teste@anpad.org.br

Fonte: CFC

 

 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Construtoras preparam-se para o "pior cenário"

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Valor Econômico

Contabilidade: Na dúvida sobre como usar novas regras, empresas buscam orientação.

Por Daniela D'Ambrósio e Fernando Torres - De São Paulo

Enquanto auditores, empresas e órgão regulador não chegam a um consenso sobre como deve ser preparado o balanço das incorporadoras imobiliárias a partir deste ano, com as novas regras de contabilidade, as companhias de capital aberto do setor - embora oficialmente prefiram e defendam a manutenção do método atual - se prepararam para o pior cenário, que é o de mudança no sistema de reconhecimento da receita de venda dos imóveis.

Segundo o Valor apurou, todas contrataram uma segunda auditoria para auxiliá-las a entender como mudam os processos de contabilidade interna, caso passe a valer o novo sistema. Querem saber se estão fazendo as transformações de maneira correta.

As discussões poderiam ter sido encerradas no início deste mês, com um posicionamento oficial do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), mas não houve consenso prévio entre os participantes do grupo de trabalho que acompanha o assunto e que envolve a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).

A próxima reunião do CPC que vai tratar do assunto deve ocorrer no dia 3 de dezembro e a expectativa é que haja alguma decisão oficial até lá. Se o veredito for simples, determinando o uso de um modelo ou de outro de forma generalizada, é possível que o órgão não emita uma orientação formal, mas apenas um comunicado, para que haja conforto por parte de auditores e empresas sobre qual foi a decisão tomada.

Caso seja necessário uma explicação adicional sobre a aplicação das normas internacionais aos contratos de compra e venda de imóveis na planta no Brasil, pode haver a emissão de uma orientação formal do CPC.

Se não houver consenso, que ainda é a primeira opção, a CVM deve entrar em ação e arbitrar o caso, para que não haja tratamento distinto dos mesmos lançamentos nos balanços de empresas diferentes.

A Abrasca, entidade que representa as companhias nessa discussão, encomendou um estudo para justificar a manutenção do sistema atual de reconhecimento de receita, pelo percentual de execução da obra. Mas nem todas as empresas se sentiram confortáveis em ratificar o documento.

Há também uma percepção no setor de que, por conta do caso de fraude no Panamericano - que, de certa forma, colocou em xeque a atuação das auditorias - seja mais difícil não seguir a primeira interpretação sobre a nova regra, que era a de mudar o reconhecimento da receita para o momento da entrega das chaves.

Na mais recente safra de balanços trimestrais, a WTorre Properties foi a primeira empresa com registro de companhia aberta do segmento imobiliário a adotar as novas normas contábeis de forma completa. No seu balanço, a companhia optou por ajustar os demonstrativos que tinham sido publicados e reconhecer a receita de venda da Torre JK ao Santander apenas no momento da entrega. A KPMG, auditoria responsável pela avaliação do balanço da WTorre, emitiu parecer sem ressalva, atestando que o procedimento foi correto.

A publicação do balanço dessa forma, no entanto, não significa que esse é o entendimento da KPMG sobre a regra a ser seguida pelas incorporadoras de imóveis residenciais que vendem casas e apartamentos na planta.

Segundo o sócio de auditoria da área de indústria da KPMG Ricardo Anhesini, no caso específico desse balanço, a empresa analisou o contrato, verificou que a transferência de riscos e benefícios ocorreu num único momento e foi feito um ajuste. "Isso não reflete, necessariamente, uma conclusão nossa sobre esse debate", disse ele, para quem a discussão neste momento está mais no campo legal do que no contábil.

Contexto 

As novas normas contábeis podem modificar a forma como as incorporadoras registram a receita dos imóveis vendidos na planta. A discussão técnica travada é sobre quando ocorre a transferência de riscos e benefícios da incorporadora para o comprador do imóvel. Se isso ocorre no momento da assinatura da compra, as incorporadoras podem manter o sistema atual de contabilidade, em que a receita é reconhecida conforme a execução da obra. Já se o entendimento for de que riscos e benefícios só são transferidos na escritura definitiva, a receita só pode ser registrada na entrega da chaves.

Entre os argumentos usados pelas empresas está o fato de que o comprador pode vender e penhorar o imóvel ainda em construção. Citam ainda que, em caso de desapropriação pelo governo, o comprador recebe indenização proporcional. Em conjunto, os compradores poderiam ainda substituir a construtora em caso de atraso da obra. Por outro lado, o comprador não pode usar o imóvel nem fazer alterações relevantes no projeto antes da chave.

Segundo Danilo Simões, sócio da área de práticas profissionais da KPMG, além dos riscos e benefícios, a norma contábil internacional IFRS, que foi traduzida e passa a ser adotada neste ano no Brasil, fala ainda da ideia de transferência de controle sobre o bem, o que inclui também o conceito de posse, assim como há no leasing financeiro.

 

Fonte: Valor Econômico

 

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

UniFenacon lançará primeiro curso na sexta

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Fenacon

A Fenacon lançará na próxima sexta-feira, 26/11, às 15 horas (horário de Brasília), o primeiro curso da Universidade Corporativa, UniFenacon Educação Corporativa do Sistema Sescap/Sescon, que ministrará cursos e treinamentos de atualização e formação.

O tema da primeira aula, que pretende contar com a participação de vários sindicatos, tratará sobre a Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, resolução 1.255/09 do Conselho Federal de Contabilidade. 

De acordo com o presidente da Fenacon, Valdir Pietrobon, o objetivo da UniFenacon é alcançar excelência na qualificação dos sindicatos filiados, assim como de seus representados, especialmente aqueles localizados nas regiões mais distantes do Brasil.

Para tanto, a Universidade Corporativa, em parceria com a empresa UNYCA, responsável pela transmissão do sinal via satélite e via internet, realizará os cursos à distância em horários e locais agendados, para que sejam acompanhados em tempo real e permitam interação com o instrutor.

Nos cursos serão abordados temas de interesse dos Sindicatos Filiados que visem facilitar a execução de tarefas burocráticas, a qualificação de funcionários, bem como a interpretação de legislação pertinente ao segmento que solicitou o curso.

Na sexta-feira, a primeira aula ao vivo e via web, estará disponível a todos os interessados, aqui. Vale lembrar que alguns sindicatos do Sistema também vão transmitir a aula via satélite.

 

Fonte: Sistema Fenacon

CFC

 

 

Programas de auditoria interna para empresas contábeis

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Jornal do Comércio - RS

A complexidade da burocracia e da legislação tributária brasileira obriga as empresas em geral a buscarem auxilio técnico-profissional para cumprirem suas obrigações de contabilidade, tributação e de recursos humanos. Normalmente, quer seja por terceirização completa dessas áreas, ou apenas por assessoramento, as empresas de contabilidade são procuradas para executarem tais serviços.  A qualificação permanente da equipe através de cursos de aperfeiçoamento, a contratação de seguro de responsabilidade técnica como forma de minimizar os efeitos de indenizações monetárias e o rompimento de contrato com clientes considerados de alto risco tributário são medidas apontadas pelo contador  Renato Francisco Toigo, para evitar falhas na orientação. Como diretor-adjunto educacional da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), ele explica como o assunto vem ganhando notoriedade e ressalta, na entrevista a seguir, a necessidade de implantação de um programa de auditoria interna nas empresas de serviços contábeis de todo o Brasil. 

JC Contabilidade - Por que a auditoria depende do trabalho de empresas de serviços contábeis?

Renato Francisco Toigo - Em função da legislação, que obriga toda empresa a ter um profissional da contabilidade como responsável pelos seus dados contábeis e tributários. Além de se mostrarem facilitadoras na execução desses trabalhos burocráticos, as empresas de serviços contábeis conseguem realizá-los com competência e menores custos, ao mesmo tempo em que assumem, juntamente com os empresários, responsabilidades, previstas em lei.

Contabilidade - Qual é a importância da auditoria em empresas de serviços contábeis?

Toigo - As responsabilidades assumidas por quem orienta e executa serviços contábeis e tributários podem, a qualquer momento, ser exigidas, quer seja por falha na orientação, quer seja pela má execução dos serviços. Do erro, embora involuntário, surgem as multas, e até denuncia ao Conselho de Contabilidade. As multas são passíveis de indenização. A denúncia coloca em risco a própria profissão do denunciado. Embora os serviços prestados pelas empresas de contabilidade sejam executados por funcionários e colaboradores, qualificados, é de seus proprietários a responsabilidade pelos possíveis erros. Afinal são estes os responsáveis técnicos pelos serviços executados.

Contabilidade - Quais são os procedimentos utilizados para minimizar esses riscos?

Toigo - Entre os passos adotados estão a execução de serviços essenciais pelos próprios proprietários e a atribuição de responsabilidades a funcionários mais graduados, com a doação de partes das quotas da organização, tornando-os também responsáveis técnicos. Outros procedimentos são a qualificação permanente da equipe através de cursos de aperfeiçoamento, a contratação de seguro de responsabilidade técnica como forma de minimizar os efeitos de indenizações monetárias e o rompimento de contrato com clientes considerados de alto risco tributário.

Contabilidade - Qual é a finalidade de tais procedimentos?

Toigo - Eles podem se tornar eficientes na prevenção de erros, mas acarretam aumento no custo dos serviços e, de certa forma, são inibidores do desenvolvimento e do crescimento das empresas de contabilidade. Além do que, o erro, mesmo que indenizado, quase sempre abala a relação de confiança entre o empresário contábil e seu cliente. O problema, embora complexo, pode encontrar na auditoria uma ferramenta eficiente para sua solução.

Contabilidade - Qual costuma ser o principal papel da auditoria interna nas empresas de serviços contábeis?
Toigo - Ela tem por objetivo a prevenção de ocorrências que possam afetar o nome das organizações, seu patrimônio, o patrimônio de seus sócios, administradores e responsáveis técnicos e a confiança de seus clientes.

Contabilidade - E que benefícios surgem em decorrência disto?

Toigo - Criar um programa eficiente de auditoria interna nas organizações contábeis é viável e de baixo custo e, entre seus muitos benefícios, pode-se listar a revisão de todos os procedimentos internos estabelecidos até então; análise do fluxo de documentos; analise do armazenamento de dados; analise da competência dos colaboradores; atribuição de responsabilidades; facilidade na execução das tarefas; orientação a clientes sobre procedimentos que auxiliem a execução dos serviços; identificação fácil e ágil de possíveis erros; proposição de novos procedimentos internos para a execução dos serviços; acompanhamento da legislação pelos auditores; minimização de erros e consequentes indenizações; motivação de colaboradores; utilização como instrumento de marketing; facilidades na composição de custos; controle geral da organização. Com tais argumentos pretende-se desenvolver a necessidade de implantação de um programa de auditoria interna nas empresas de serviços contábeis de todo o Brasil.

Fonte: Agência Sebrae

 

Receita investiga motivos da queda de arrecadação do IRPJ e da CSLL

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O Estado de S.Paulo

Adriana Fernandes e Eduardo Rodrigues, da Agência Estado


BRASÍLIA - A Receita Federal está investigando as razões de a arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) ter descolado para abaixo do desempenho dos demais tributos. Segundo o subsecretário de Tributação da Receita, Sandro Serpa, a arrecadação do IRPJ e da CSLL tem várias "nuances" que não espelham necessariamente o comportamento da atividade econômica.


Uma primeira linha de investigação para os fracos desempenhos de arrecadação do IRPJ e da CSLL considera a hipótese de que um grande número de empresas registraram prejuízo fiscal em 2009, agora estariam compensando o resultado. Pela Lei brasileira, as empresas podem compensar por ano até 30% do imposto devido a prejuízos registrados em anos anteriores. Como em 2009 muitas empresas importantes do Brasil tiveram problemas por conta do impacto da crise financeira, há expectativa de que isso tenha ocorrido.

"As primeiras avaliações sugerem para essa linha de pesquisa", disse Serpa, que evitou fazer maiores considerações sobre o uso, por empresas, de sofisticados mecanismos de planejamento tributário para registrar prejuízo e, com isso, recolher menos IRPJ e CSLL. "Não descarto essa possibilidade", disse ele, ressaltando que a Receita tem cinco anos para fiscalizar eventuais irregularidades nas declarações apresentadas pelas empresas.

 

O secretário também se recusou a fazer comentários sobre as previsões erradas de arrecadação do IRPJ e da CSLL projetada pelo governo para este ano. A frustração de receitas do IRPJ, cuja arrecadação é compartilhada com Estados e municípios, está trazendo problemas financeiros para governadores e prefeitos que trabalharam ao longo do ano com um planejamento de receitas maior do que o efetivamente registrado.

 

Fonte: CFC

 

 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Receita prorroga escrituração digital para empresas

Notícias

O Estado de S.Paulo

Adriana Fernandes, da Agência Estado


BRASÍLIA - A Receita Federal prorrogou por três meses o prazo para as empresas começaram a utilizar a escrituração digital para prestar contas do pagamento da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Programa de Integração Social (PIS). A obrigatoriedade está prevista em Instrução Normativa (IN) 1.085, publicada hoje no Diário Oficial da União.

 

A exigência de apresentar a escrituração digital inicialmente vale para o grupo de 10 mil grandes empresas que têm acompanhamento especial e pagam o Imposto de Renda pela sistemática de lucro real. Com a mudança de prazo, essas empresas terão que utilizar a escrituração digital da Cofins e PIS para fatos gerados ocorridos a partir de 1º de abril de 2011. O prazo anterior era de 1º de janeiro. Segundo a assessoria da Receita, a mudança atende pedido das empresas para terem mais tempo de adaptação às novas regras.

 

O prazo de exigência para as demais empresas que pagam pelo lucro real foi mantido em 1º de julho de 2011. Para as empresas que pagam o IR com base no Lucro Presumido ou Arbitrado, o prazo de início permaneceu em 1º de janeiro de 2012.

 

A Receita facultou a entrega para as demais empresas. A Escrituração Fiscal Digital (EPD-PIS/Cofins) será transmitida mensalmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) até o 5º dia útil do segundo mês subsequente à escrituração. A empresa que não cumprir a exigência dentro do prazo estará sujeita a multa no valor de R$ 5 mil por mês - calendário ou fração. Entre as vantagens da escrituração digital, a Receita aponta a redução de custos com a dispensa de emissão e armazenamento de documentos em papel, eliminação do papel e maior rapidez no acesso às informações.

 

O uso da escrituração digital já é exigido para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A escrituração digital permite um maior controle do Fisco, porque facilita o cruzamento de dados apresentados pelas empresas.

 

Fonte: CFC

 

 

Seminário internacional em SP aborda a convergência das normas contábeis

Notícias

Canal Executivo

No dia 25 de novembro, quinta-feira, acontece em São Paulo o VII Seminário Internacional do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), que discutirá a Convergência das Normas Contábeis.

Voltado para conselheiros de administração, fiscais, membros de comitês de auditoria, profissionais de investimentos, analistas do mercado e demais interessados, o evento abordará uma visão atualizada da implantação das IFRS, a posição brasileira neste processo, os atuais planos de trabalho do Comitê, os instrumentos financeiros, um resumo dos CPCs e os tópicos com prováveis impactos relevantes.

O seminário está sendo organizado pela Apimec-SP (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) e realizado pelo CPC, pela Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas, pela Apimec Nacional, BM&FBovespa, CFC (Conselho Federal de Contabilidade), Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras).

O evento confere créditos para o Programa de Educação Continuada das entidades: Apimec (2 créditos), CFC (3 créditos) e IBGC (3 créditos).

A tabela completa pode ser acessada pelo http://apimecsp.com.br/seminario/seminario.pdf.

Serviço:
VII Seminário Internacional do CPC
Data: 25/11/2010
Horário: Das 8h30 às 18h
Local: Hotel Sheraton São Paulo WTC Hotel
Endereço: Av. das Nações Unidas, 12559 - Brooklyn Novo - São Paulo - SP
Inscrições: eventos@apimecsp.com.br ou 11 3107-1571.
Investimentos: Associados das entidades do CPC: R$ 200. Associados dos apoiadores, R$ 250. Demais participante: R$ 500.

Fonte: CFC

 

Faculdade Pitágoras promove II Encontro de Contabilidade em Belo Horizonte

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S2Publicom

Evento gratuito pretende estimular a reflexão sobre as diversas mudanças na área e fomentar o debate de experiências sobre os desafios do novo contador 

Nos dias 24 a 25 de novembro, a Faculdade Pitágoras promove no Núcleo de Negócios o II Encontro de Contabilidade, evento gratuito e aberto aos interessados. As inscrições estão abertas, porém as vagas são limitadas. Com a presença de profissionais renomados do setor, professores, alunos e da comunidade, será possível debater sobre esse cenário de mudanças e novas responsabilidades do contador por meio da troca de conhecimento em diversas esferas da sociedade. 

"Trata-se de um momento único para compartilhar ideias e experiências sobre uma das profissões mais promissoras do mercado", afirma o professor Carlos Henrique Kitagawa, coordenador do curso de Ciências Contábeis. "Fomentar essa discussão em Belo Horizonte significa valorizar os profissionais de contabilidade, principalmente porque a área contábil está entre aquelas que oferecem as melhores perspectivas no setor de finanças. Os temas a serem tratados ao longo do encontro terão impacto direto no dia a dia dos profissionais que atuam no segmento", completa.

Segundo Kitagawa, a contabilidade tem passado por várias mudanças ultimamente. "A adoção das normas internacionais e as inúmeras novidades fiscais, tais como o SPED, têm despontado um futuro promissor e, ao mesmo tempo, desafiador aos profissionais contabilistas", explica. "A figura do  contador como conhecemos atualmente terá que mudar, o que resultará em um crescimento profissional acelerado, frente às novas responsabilidades. As modificações exigem perseverança e atitude. Mudanças de postura e de comportamento não são fáceis, mas o modo de superar essas dificuldades é se atualizar e estudar sempre", garante.
 
AGENDA
II Encontro de Contabilidade
Data: de 24 a 25 de novembro
Horário: consulte a programação
Local: Faculdade Pitágoras Belo Horizonte
            Núcleo de Negócios
            Rua Guajajaras, 591 - Centro
Inscrições: www.faculdadepitagoras.com.br
Entrada: 1 brinquedo
Informações: (11) 2111-2200

Fonte: Agência Sebrae

 

 

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Conselho de Contabilidade investiga falha em banco

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Folha de S.Paulo

São Paulo, domingo, 21 de novembro de 2010

Entidade vai apurar se houve infração ética ou incapacidade técnica em auditoria que não detectou fraude no PanAmericano

MARIO CESAR CARVALHO - DE SÃO PAULO

O Conselho Federal de Contabilidade começa amanhã uma investigação inédita no país: vai apurar se houve infração ética ou incapacidade técnica de auditores e contadores no caso do banco PanAmericano.

O rombo de R$ 2,5 bilhões no banco de Silvio Santos não foi apontado em análises da Deloitte nem da KPMG.

A Deloitte audita os balanços do PanAmericano desde 2004; a KPMG foi contratada pela Caixa Econômica Federal antes de esta injetar R$ 740 milhões no banco de Silvio Santos, no ano passado.

É a primeira vez que o conselho investiga o trabalho de auditores porque uma lei aprovada em junho deu a ele essa nova atribuição.

O conselho vai solicitar documentos às empresas, ao PanAmericano e ao Banco Central. Se houver negativa, o pedido será feito na Justiça.

As punições previstas são multa, suspensão do registro profissional e cassação do registro do envolvido.

"Um fato como esse tem uma repercussão brutal na nossa atividade. Precisamos investigar porque é o tipo de história em que não existe meia verdade", diz Juarez Carneiro, presidente do conselho federal.

O rombo do PanAmericano teve repercussão até no congresso mundial de contabilidade, que acabou há uma semana em Kuala Lumpur, na Malásia, segundo ele.

A cassação está prevista em três casos: incapacidade técnica de natureza grave, apropriação indébita e fraude contra o fisco.

A falsificação de registros contábeis não é punida com cassação. Fraude contábil, porém, pode ser encarada como incapacidade técnica grave, infração punida com a cassação de registro.

A investigação em torno do PanAmericano é a primeira que envolve o trabalho de auditores, mas não é a primeira apuração do conselho.

A primeira apuração foi sobre um pregão eletrônico do Banco do Brasil para a contratação de auditoria.

O lance inicial era de R$ 19,6 milhões, uma empresa já fazia o mesmo serviço por R$ 6,5 milhões, mas o preço final do pregão ficou em R$ 95 mil. O conselho quer saber se houve aviltamento de honorários.

OUTRO LADO

A empresa Deloitte informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não foi notificada da investigação do conselho, mas pretende colaborar com ela.

A KPMG afirmou, em nota divulgada logo após o anúncio do rombo no PanAmericano, que não auditou as demonstrações financeiras do PanAmericano, mas checou dados nos computadores do banco do qual o grupo de Silvio Santos é controlador. 

SAIBA MAIS

Mercado está concentrado em quatro auditorias

MARIANA SCHREIBER - DE SÃO PAULO

O mercado nacional e global de auditorias é fortemente concentrado em quatro empresas - o "big four" ("quatro grandes").

PwC (PricewaterhouseCoopers), Ernst & Young, Deloitte e KPMG atuam em mais de 140 países e faturam, cada uma, mais de US$ 20 bilhões por ano.

Até os anos 1980, eram oito grandes empresas. O número encolheu devido a três fusões e à falência da Arthur Andersen, que auditava as contas fraudulentas da Enron.

No Brasil, as quatro auditam 60,59% das empresas de capital aberto, segundo ranking da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de junho.

"Toda empresa quer ser auditada por uma delas, pois gera confiança. O problema é que essa concentração cria corporativismo e deixa os serviços muito parecidos", disse o ex-auditor da PwC e professor da FGV Sergio Bessa.

Ele lembra que as auditorias passaram a atuar como consultorias para elevar a receita. Para ele, isso gera conflito de interesses.

A prática é proibida nos EUA desde 2002. A CVM adotou recomendação semelhante, conta. "Só que a auditoria é pública, e a consultoria, não." 

 

Fonte: Folha de S.Paulo

CFC

 

Dilma e a "contabilidade criativa"

Notícias

 

O Estado de S.Paulo

 

A presidente eleita, Dilma Rousseff, decidiu manter o ministro da Fazenda, Guido Mantega, recomendado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela pode ter levado em conta, além da recomendação, o "desenvolvimentismo" de Mantega, sua experiência de mais de quatro anos no posto ou sua disposição de acomodar a política fiscal às conveniências político-eleitorais de cada momento. Pode ter considerado, também, sua vocação para a "contabilidade criativa", confirmada amplamente neste ano, quando gastos e operações de endividamento foram convertidos em receita para engordar as contas federais. A obra-prima, nesse campo, foi a conversão do aporte de capital à Petrobrás - R$ 74,8 bilhões - numa receita de R$ 31,9 bilhões para o Tesouro.

 

Como a presidente eleita ainda não explicou por que decidiu manter o ministro, não há como avaliar a seriedade e a extensão da agenda prevista para o Ministério da Fazenda. A pauta inclui, como um de seus pontos mais importantes, a redução da dívida líquida do setor público, até 2014, de cerca de 41% (dado de setembro) para 30% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso será possível, segundo cálculos do Ministério, se a economia crescer 5% ao ano e for mantido um superávit primário de 3,3% do PIB.

 

Mas a própria agenda ainda não é clara, pelo menos para quem está fora do governo. Afinal, a noção de dívida líquida tem servido para disfarçar desmandos da política orçamentária. Quando, por exemplo, o governo transfere dinheiro a bancos estatais para empréstimos a empresas, emite papéis e aumenta a dívida bruta, mas não necessariamente a dívida líquida, porque um crédito é inscrito simultaneamente nas contas. Mas a qualidade do crédito é incerta, especialmente por causa do critério de aplicação. O dinheiro talvez nunca volte ao Tesouro, mas a dívida bruta continuará e essa os credores não perdoarão.

 

Os objetivos ficariam muito mais claros para os mercados e para os cidadãos em geral, se o objetivo fosse limitar ou reduzir a proporção entre a dívida bruta e o PIB, hoje próxima de 60%. Essa é a referência usada na maior parte dos demais países.

 

Mas a presidente eleita ainda não expôs com clareza a maior parte de sua estratégia. Tem falado sobre suas boas intenções, como elevar o salário mínimo, ampliar o Programa Bolsa-Família, eliminar a miséria e ao mesmo tempo aumentar o investimento público e realizar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Falta dizer como administrará as finanças públicas para cumprir essas promessas e garantir fundamentos sólidos para a economia.

 

A mera continuação dos padrões observados no atual governo será insuficiente. Na quinta revisão bimestral da execução orçamentária, o Ministério do Planejamento recomendou a ampliação de R$ 10 bilhões nos limites de empenho e movimentação de créditos extraordinários e a liberação de R$ 8,6 bilhões para despesas discricionárias.

 

A ampliação de gastos foi possibilitada pela receita resultante da capitalização da Petrobrás, uma das mágicas contábeis. Se o novo governo mantiver esse padrão, qualquer relatório futuro sobre o ajuste orçamentário será obra de ficção.

 

Por todos esses fatores é difícil, por enquanto, aceitar sem reserva as boas intenções anunciadas nos últimos dias. A decisão de excluir também a Eletrobrás do cálculo do resultado primário das contas públicas é em tese positiva. A Petrobrás já foi excluída. Essas mudanças não apenas dão às empresas maior liberdade para investir, mas também tornam as contas públicas mais claras e conferem maior realismo aos números divulgados.

 

Também positivas, em princípio, são as decisões anunciadas de equilibrar totalmente as contas públicas nos próximos anos e de fixar as metas em termos de resultado nominal e não só primário. O resultado nominal contabiliza todas as despesas e receitas, incluídas as financeiras.

 

Mas falta a presidente eleita explicar em termos mais concretos como pretende administrar as finanças públicas e confirmar se respeitará, de fato, a autonomia do Banco Central. Será preciso somar aos bons compromissos, naturalmente, a renúncia à "contabilidade criativa". Então poderá vencer as desconfianças.

 

Fonte: CFC

 

Atenção, Deloitte: Silvio Santos vem aí

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IstoÉ

O dono do PanAmericano decide cancelar o pagamento de R$ 1,6 milhão aos auditores porque o serviço não foi prestado. A decisão pode até abrir um precedente positivo para moralizar as relações entre bancos e quem avaliza balanços

 

Por Hugo Cilo


Na semana passada, o empresário Silvio Santos deu uma demonstração cabal de que tomaria a dianteira do caso PanAmericano. Colocou todos os seus bens em garantia para obter um empréstimo de R$ 2,5 bilhões junto ao Fundo Garantidor de Crédito e cobrir o rombo do banco. 

 

Nos últimos dias, ele deu novos sinais de que pretende continuar à frente dos acontecimentos. Primeiro, sustou o pagamento de R$ 1,6 milhão que deveria ser feito à Deloitte, auditora responsável por averiguar se os balanços da instituição refletiam a realidade contábil, com um argumento irrefutável: se o serviço não foi prestado, não deve ser pago. 

 

Segundo, iniciou sondagens para contratar uma investigação paralela sobre o que aconteceu no PanAmericano - a suspeita de Silvio é que as fraudes tenham contado com a conivência dos auditores. Luiz Sandoval, braço-direito do dono do SBT, tem dito que Silvio irá às "últimas consequências", o que deve abrir um precedente positivo para moralizar as relações entre bancos e auditorias. 

 

Na ofensiva: Silvio Santos alega que a Deloitte não prestou o serviço contratado, que era o de verificar se as informações contábeis eram verdadeiras. Ele estuda até contratar investigação da Kroll

 

A tendência é que ele contrate a Kroll, que atuou no caso Enron. É um mau presságio para as auditorias. O escândalo Enron provocou a quebra da Arthur Andersen, que, à época, era a principal empresa de auditoria do mundo - foi essa falência que permitiu à Deloitte assumir o topo do ranking. 

 

A ofensiva contra os auditores não parte apenas do grupo Silvio Santos. O presidente do Conselho Federal de Contabilidade, Juarez Carneiro, nomeou nesta semana um grupo para investigar uma eventual fraude no processo de análise dos balanços do PanAmericano. 

 

Se for comprovada má-fé, os envolvidos - incluindo os auditores da Deloitte - poderão ter seus registros cassados. "Já pedimos informações à Deloitte. Vamos analisar tudo com cautela, mas está difícil acreditar em tudo o que está acontecendo", disse Carneiro à DINHEIRO. "Parece um erro infantil não captar uma fraude de R$ 2,5 bilhões", disse. 

 

No caso do PanAmericano, o esquema era aparentemente banal. Carteiras de crédito vendidas a outras instituições continuavam no balanço. Ou seja: o banco registrava a receita da venda no seu caixa e mantinha a carteira dos empréstimos no seu ativo, duplicando - de forma artificial - o ganho com as operações. No ano passado, o banco apresentou R$ 174 milhões de lucro líquido, resultado endossado pela auditoria.

 

Mais do que simplesmente ignorar as fraudes cometidas pelos executivos do PanAmericano, a Deloitte foi acusada na semana passada, pelo jornal Folha de S.Paulo, de tomar parte no esquema, atuando na própria maquiagem dos balanços. Segundo a Folha, os auditores da Deloitte teriam deixado de fazer checagens primárias nos balanços do PanAmericano, como verificar em que condições as carteiras de crédito teriam sido vendidas. 

 

Especulou-se até que a matriz da Deloitte, nos Estados Unidos, poderia descredenciar a filial brasileira, que tem quatro mil funcionários no País, receita anual de R$ 738 milhões e auditava os balanços do PanAmericano havia quatro anos. Procurada pela DINHEIRO, a Deloitte afirmou que não mais se pronunciaria sobre o caso. 

 

Mas um dos sócios da auditoria, Maurício Pires Resende, havia afirmado na véspera que a responsabilidade pelo fechamento dos balanços é da instituição financeira, não da Deloitte. "O nosso trabalho é verificar se o dado está correto. Se alguém maquia, não é o auditor", disse ele. 

 

É uma colocação questionável, pois o dever do auditor é justamente encontrar eventuais problemas nos balanços. Se não pecou por ação direta, a Deloitte errou por omissão no caso PanAmericano, assim como em outros episódios recentes, envolvendo Parmalat, Aracruz e Bausch & Lomb.

 

O fato é que os auditores foram colocados na defensiva. "Ao suspender o pagamento da Deloitte, Silvio Santos atribui a culpa à empresa. Mas a história está malcontada e vai muito além de distribuir culpa", diz Carlos Alberto Safatle, presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-SP). 

 

"Eu nunca vi na história um caso como esse, em que uma auditoria diz que não viu um rombo de R$ 2,5 bilhões", diz ele. Além da Deloitte, as contas do banco foram endossadas pela KPMG e Banco Fator, que avaliaram o PanAmericano antes que a Caixa Econômica Federal pagasse mais de R$ 700 milhões por 49% das ações do banco.

 

Seja fraude, erro ou omissão, o fato é que o episódio do PanAmericano ainda promete novos e decisivos capítulos nas próximas semanas. Não se sabe se a batalha poderá inviabilizar as operações da Deloitte no País, mas deve servir ao menos para tornar mais transparentes as relações entre as auditorias e as empresas que as contratam.

 

Fonte: CFC

 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Auditoria do PanAmericano reage a críticas

Notícias

 

Valor Econômico

contabilidade: Segundo sócio, há mais atores envolvidos no processo. "A Deloitte vai responder pelo que lhe couber".  

Por Fernando Torres - De São Paulo

No olho do furacão desde a semana passada, quando foi anunciada a existência de um rombo de R$ 2,5 bilhões no Banco PanAmericano, a firma de auditoria Deloitte, responsável pela checagem dos números do balanço da instituição, afirma que o problema identificado no banco é mais complexo do que parece. Por isso, entende que não pode ser apontada como a única responsável pelo caso. "Estamos numa ponta dessa cadeia. A Deloitte vai responder pelo que lhe couber", diz Maurício Pires Resende, sócio de auditoria e responsável por assuntos regulatórios da Deloitte.

Sem poder comentar os detalhes do caso ou da investigação em curso, por dever de confidencialidade com o cliente, a Deloitte diz que outros atores desse processo, que não apenas a auditoria, também tem suas responsabilidades.

A diretoria da companhia é a responsável pela elaboração do balanço, preparado pela área de contabilidade da empresa, e que tem como base os dados dos sistemas internos de controle. Feito isso, no caso do PanAmericano, além da auditoria externa da Deloitte, ainda havia o crivo da auditoria interna, do conselho fiscal, do comitê de auditoria e do conselho de administração. A regulação cabe ao Banco Central.

A Deloitte diz que se baseou nos sistemas de controle do banco para fazer o seu trabalho e que partiu do pressuposto de que a administração colocou todas as informações à sua disposição. "Os procedimentos de auditoria que tinham que ter sido feitos naquele momento foram feitos", afirma Resende, quando perguntado se a firma havia feito testes para checar com os compradores das carteiras de crédito do banco confirmavam as transações.

De acordo com ele, a auditoria não tinha condições de fazer o mesmo cruzamento de dados que o Banco Central fez. "Nossa condição de varrer tudo isso é menor", afirma o executivo.
A Deloitte foi informada da existência do problema nas contas do PanAmericano numa reunião no dia 9 de novembro, com presença de representantes da própria instituição financeira, do Fundo Garantidor de Crédito e do Banco Central.

"Não tínhamos ciência de que teria uma deficiência de controle nessa magnitude. Fomos pegos de surpresa", disse, acrescentando que o balanço do terceiro trimestre vinha sendo preparado normalmente pela administração do banco até então.

Apesar de admitir que a repercussão do caso é internacional, Resende diz que a firma não perdeu nenhum cliente como consequência do ocorrido e que tem tido total apoio da rede internacional que forma a Deloitte. Aqui no Brasil, um comitê integrado por ele, pelo presidente da empresa e por sócios experientes está tratando do episódio. "Vamos fazer todo o possível para recuperar nossa imagem, que é a coisa mais preciosa que temos e que realmente está arranhada", disse.

O sócio da auditoria afirmou ainda que os honorários continuam sendo pagos normalmente, que não tem nenhuma informação sobre a anunciada contratação da PricewaterhouseCoopers e que até agora não foi oficialmente informada sobre uma ação judicial que estaria sendo movida pelos controladores do banco.

Resende disse ainda que a equipe da Deloitte que trabalha no PanAmericano foi reforçada e que a firma está colaborando tanto com as investigações como com a preparação dos números do balanço do terceiro trimestre, que ainda não tem prazo para sair. (Colaborou Nelson Niero)

Fonte: CFC

 

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Conselho de Contabilidade vai investigar PanAmericano

Notícias

 

Valor Econômico

Por Nelson Niero | De São Paulo - 18/11/2010

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) vai formar um grupo de trabalho para analisar o envolvimento das empresas de auditoria e dos contadores no escândalo do Banco PanAmericano.

"Temos observado a menção na imprensa sobre a possível participação das auditorias e do contador do banco em uma fraude", disse Juarez Domingues Carneiro, presidente do CFC, em entrevista por telefone. "Temos o dever de apurar o que está acontecendo."

O grupo de trabalho, com base no Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo, deve enviar um pedido de informação às firmas de auditoria Deloitte e KPMG e aos profissionais envolvidos.

Segundo Carneiro, esse é procedimento padrão usado para se iniciar uma investigação. Com base nesse pedido, pode ser aberto um processo administrativo e ético.

O CFC tem competência para fiscalizar o exercício da profissão e pode, em caso de falta grave, cassar o registro do contador.

O mesmo procedimento de pedido de informações foi feito recentemente para o caso da concorrência do Banco do Brasil, disse Carneiro.

Num leilão realizado no fim de outubro, KPMG, Ernst & Young Terco e PwC disputaram a conta de auditoria externa do banco. A última desistiu e as duas primeiras mantiveram uma batalha de lances que derrubou os preços em 99,5%.

A KPMG conseguir manter o contrato por R$ 95 mil - comparado a R$ 19,6 milhões de sua proposta inicial e R$ 6,5 milhões do contrato anterior.

O valor, cerca de R$ 3 por hora, não cobre os custos orçados pela empresa nos documentos enviados ao banco.

Para Carneiro, o "aviltamento dos honorários afeta a imagem da profissão" e pode ter consequências na qualidade dos serviços.

A divulgação do resultado da concorrência causou revolta entre os auditores, principalmente os de empresas de menor porte.

Ele também ataca a forma que foi feita a escolha. "Não tem cabimento esse tipo de licitação [pregão eletrônico] para contratar auditor", diz. "É um serviço qualificado."

A assessoria do Banco do Brasil informou ao Valor que esse tipo de licitação é uma exigência da lei.

Ana María Elorrieta, presidente do Ibracon, órgão que representa os auditores independentes, diz que não comenta casos específicos, mas também se coloca contra o pregão eletrônico. "Precisamos encontrar uma maneira de mudar essa situação", afirma.

 

 

Fonte: Valor Econômico

CFC

 

 

 

Tempos difíceis voltam para as firmas de auditoria

Notícias

 

Valor Econômico

 

Os tempos difíceis voltaram para as firmas de auditoria. É quase um movimento cíclico. Quando uma delas cai, é difícil evitar uma contaminação, e as perguntas de praxe, "para quê serve auditoria?", "onde estava o auditor?" etc. voltam a compor o repertório da imprensa.

A Deloitte, uma das quatro maiores do mundo no setor, está sob fogo intenso, mas não se sabe ainda se pelos motivos certos. A firma foi acusada em letras garrafais de ter maquiado o rombo do Banco PanAmericano. Pela lógica dos negócios, seria uma coisa muito estúpida de se fazer. As auditorias só têm uma coisa a perder: o nome. Não faz sentido encobrir uma fraude num banco pequeno no Brasil e colocar em risco uma marca mundial que vale bilhões de dólares.

"A administração é responsável pela elaboração das demonstrações financeiras, não a auditoria", diz Ana María Elorrieta, presidente do Ibracon, instituto que representa os auditores independentes. "O auditor também tem responsabilidades, mas não é ele que gera a informação financeira."

Todas as auditorias têm histórias para contar. Estão na linha de frente e, geralmente, são o bode expiatório de uma análise simplista. Não, eles não são agentes da polícia vigiando executivos escroques. Mas têm o dever de chamar a polícia se esbarrarem numa fraude. Mais que isso: têm que se preparar para encontrar a fraude.

É o que rezam as normas internacionais de auditoria, um avanço em relação à postura de outros tempos em que o profissional limitava-se a checar se os números estavam de acordos com os padrões de contabilidade.

E esses padrões, por sinal, também estão mudando, mas o Banco Central insiste em deixar para amanhã a padronização que colocaria no balanço bilhões em empréstimos que atualmente só aparecem em notas explicativas. "A reticência em mudar os procedimentos contábeis atrapalha", diz Guy Almeida Andrade, membro do Ifac, a federação internacional dos contadores. "Vários bancos pequenos estão na mesma situação."

As auditorias podem, sim, ter voltado a gostar de risco. Depois de anos de crescimento acima dos dois dígitos, os auditores - que fazem também as vezes de consultores - parece que se esqueceram do pesadelo do começo dos anos 2000, quando a americana Enron quebrou, em meio a uma fraude bilionária, e levou junto uma das então cinco grandes do setor, a Arthur Andersen.

A repercussão foi devastadora. A lei caiu pesada sobre a cabeça de todos, a autorregulação se foi, as remanescentes entre as grandes, com exceção da Deloitte, venderam suas áreas de consultoria de sistemas, suspeitas de causar um conflito de interesses - a Andersen recebia mais da Enron pelas consultorias do que pela auditoria dos balanços.

Dez anos depois, todas voltaram a investir no negócio. Os controles internos, alegam os executivos, são mais rígidos, o que evitariam os conflitos do passado. Difícil saber. Transparência ainda é um tabu para as auditorias.

Agora, o PanAmericano dá outra lição. "Qualquer análise ainda é muito prematura", diz Ana Maria. "Não sabemos as circunstâncias".

Porém, admite, a profissão sai abalada, e terá que trabalhar para recuperar a confiança.
A Deloitte foi procurada, mas não quis se pronunciar. (NN)

 

Fonte: Valor Econômico

CFC

 

 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Auditoria ignorou checagens básicas

Notícias

 

Folha de S. Paulo

Maior empresa do setor no mundo, Deloitte não conferia em que condições o banco tinhavendido carteiras de crédito

Prazo legal para o envio do demonstrativo financeiro do terceiro trimestre acabou à meia-noite de ontem

MARIO CESAR CARVALHO - DE SÃO PAULO

A Deloitte mandou na última semana para o Banco PanAmericano e para o Banco Central o balanço do terceiro semestre da instituição financeira de Silvio Santos como se ela não tivesse um rombo de R$ 2,5 bilhões - R$ 2,1 bilhões são do banco e R$ 400 milhões da área de cartão de crédito.

O buraco seria tratado numa nota técnica da demonstração financeira, recurso usado normalmente para explicar metodologia ou eventos menores no período analisado pelo balanço - de junho a agosto deste ano.

Executivos que integram a nova diretoria e o novo conselho de administração do PanAmericano se recusaram a assinar o balanço porque seria o endosso da fraude, na interpretação deles. O prazo legal para o envio da demonstração financeira do terceiro trimestre acabou à meia-noite de ontem.

O buraco foi descoberto pela fiscalização do Banco Central em agosto, mas a Deloitte só ficou sabendo do problema no mesmo dia em que o PanAmericano fez um comunicado ao mercado - no último dia 7. A Deloitte é a maior empresa de auditoria do mundo e não apontou os problemas que o PanAmericano tinha ao auditar o balanço de 2009.

Entre outros problemas, diretores do PanAmericano vendiam carteiras de crédito para outros bancos, mas não registravam o repasse na contabilidade.

Com isso, a situação do banco parecia melhor do que era de fato.

PROCESSO

Silvio Santos já anunciou que vai processar a Deloitte por conta da aparente omissão na análise do balanço.

Se for condenada a pagar uma indenização para o empresário, uma das hipóteses mais plausíveis, a empresa de auditoria corre o risco de se tornar inviável no Brasil.

O PanAmericano recebeu um empréstimo de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Crédito, um instrumento criado justamente para salvar bancos que estejam correndo risco de quebrar.

A venda de carteiras de crédito para outros bancos, sem a devida baixa, não foi notada pela Deloitte porque a empresa deixou de fazer checagens primárias, segundo dois auditores ouvidos pela Folha. Um deles define o trabalho dos auditores como coisa de estagiário.

A Deloitte não conferia com outros bancos quais eram as condições em que o PanAmericano havia vendido carteiras de crédito.

A conferência desse tipo de venda é essencial para um balanço porque, conforme as condições de venda, afeta a capacidade do banco de emprestar dinheiro.

Era o que acontecia no PanAmericano. As carteiras de crédito eram vendidas com o que o mercado chama de coobrigação - o banco de Silvio Santos funcionava como uma espécie de avalista daquele crédito e pagaria pelos eventuais casos de calote.

Os executivos não registravam a venda nem a cláusula de coobrigação. Se a coobrigação fosse registrada, como manda a lei, o PanAmericano ficaria com menor capacidade de emprestar recursos e teria de diminuir o ritmo de captação de clientes.

O foco principal da instituição são os financiamentos de carros, motos e computadores. 

OUTRO LADO

Deloitte diz que não enviou a demonstração

A Deloitte diz que não tem procedência a apuração da Folha de que a empresa enviou uma demonstração financeira na qual o buraco de R$ 2,5 bilhões aparece apenas numa nota técnica.

A reportagem pediu à empresa que fornecesse uma prova de que a informação era improcedente e obteve a seguinte resposta: não foi a Deloitte que finalizou a auditoria do terceiro trimestre.

Sobre a checagem da venda de crédito com coobrigação, a Deloitte diz que não pode informar o que fez durante a checagem do balanço porque há uma cláusula de confidencialidade que veta esse tipo de informação. 

PERFIL
Empresa estava com o banco desde 2004

Responsável por conferir documentos e atestar informações contábeis, a Deloitte é a empresa que "assinava embaixo" de todos os balanços e demonstrações do PanAmericano desde 2004.

Se comprovadas as acusações, terá de responder financeiramente por parte das perdas, podendo ficar insolvente no país.

A empresa não tem seguro para cobrir eventuais erros e omissões da equipe. A unidade brasileira é franquia da britânica Deloitte, a maior empresa do mundo no ramo.

A crise pode levar ao descredenciamento da unidade brasileira pela matriz. No Brasil, a Deloitte tem cerca de 4.000 profissionais. No ano passado, faturou R$ 738 milhões - 40% em auditoria e 60% em consultoria, atividade que não tem risco financeiro. (TONI SCIARRETTA) 

Caixa terá poder de veto sobre venda do PanAmericano

TONI SCIARRETTA - DE SÃO PAULO

EDUARDO CUCOLO - DE BRASÍLIA

A Caixa Econômica Federal terá poder de veto sobre a venda da parte do banco PanAmericano, que pertence hoje ao grupo Silvio Santos.

A participação na instituição financeira é uma das garantias dadas pelo atual controlador para obter o empréstimo de R$ 2,5 bilhões para sanear a instituição.

Como a Caixa comprou 49% do capital votante da instituição (se comprasse mais o PanAmericano se tornaria estatal), o comprador terá a maior parte das ações.

A presidente da Caixa, Maria Fernanda Coelho, afirmou que o acordo de acionistas prevê que todas as decisões tomadas pelo conselho de administração do banco privado, inclusive uma alteração societária, sejam de comum acordo entre as partes.

Maria Fernanda disse que, até o momento, não foi informada sobre interessados no negócio.

A Caixa entrou na sexta-feira passada com uma interpelação extrajudicial para ouvir as empresas responsáveis pela auditoria no PanAmericano, que não detectaram a fraude, descoberta posteriormente pelo Banco Central. Espera agora uma resposta antes de tomar outras medidas.

INTERESSADOS
Ao menos dois bancos de investimento, focados no negócio de fusões e aquisições, já procuram um comprador para o PanAmericano.

A participação do grupo Silvio Santos no banco saneado valeria pelo menos R$ 1,5 bilhão, de acordo com o próprio empresário e apresentador.

Os bancos intermediadores seriam o Itaú BBA e o Pactual, que participaram, em 2007, da abertura de capital do PanAmericano. Procurados, ambos informaram que não comentam rumores de mercado.

A operação do PanAmericano, focado nas classes C e D, interessa especialmente ao Bradesco, que ficou para trás na consolidação do setor no país após as fusões entre Santander e Real e também de Itaú e Unibanco em 2007 e 2008. O Bradesco também nega a informação.

Ontem, o mercado especulava sobre a possível entrada do mineiro BMG, líder disparado no mercado de crédito com desconto em folha.

Em nota, o BMG não confirma a informação. "A instituição reitera ainda que nem sequer possui informações sobre os números desse banco." 

 

Fonte: Folha de S.Paulo

CFC

 

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