Palavras do Mestre dos Mestres

Palavras de despedida do Professor Antonio Lopes de Sá no X Prolatino, realizado em novembro de 2009.

“Eu não sei quanto tempo de vida me resta. Quem me criou também determinará, naturalmente, a hora em que serei convocado para outras missões. Posso ver, nesse poente da vida, muitas coisas. Eu dediquei feriados, dias santos, horas que roubei da família para dedicar a vocês. A minha última palavra é: “Enquanto um sopro de vida me restar, ele será de vocês”. Não sou candidato a nada. Não é discurso político, mas quero estar no coração de vocês”.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Instituto divulga pesquisa global sobre mercado de Auditoria Interna

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O maior estudo sobre a carreira já realizado no mundo revela que a profissão é cada vez mais estratégica para empresas que investem em governança corporativa

 

O Instituto dos Auditores Internos do Brasil – IIA Brasil acaba de traduzir e formatar os resultados da pesquisa internacional CBOK, levantamento global sobre o segmento. O estudo é fruto de entrevistas realizadas com mais de 13.500 profissionais de 107 países filiados ao IIA Global, maior instituição do setor no planeta, com mais de 170 mil auditores associados.

 

O CBOK revela que 50% das organizações pretendem contratar mais profissionais nos próximos cinco anos, buscando auditores internos com conhecimentos profundos em TI e capazes de entender, de forma ampla, o ambiente de negócios da empresa. "Os resultados apontam para um futuro promissor da carreira, demonstrando uma forte Tendência de valorização e uma necessidade premente de que é preciso investir em capacitação profissional para atuar cada vez mais de forma global", comenta Renato Trisciuzzi, presidente do IIA Brasil.

 

Cerca de 80% dos entrevistados acreditam que será necessário aumentar suas atividades na área de gerenciamento de riscos e combates à fraudes, uma comprovação sobre a necessidade de ter esses profissionais mais próximos da gestão das organizações. "Este dado explica a função social que temos tanto em empresas estatais como privadas, no sentido de contribuirmos com a redução de esquemas corruptos e melhorarmos a transparência no ambiente corporativo", alerta Trisciuzzi.

 

Outra prova da importância da atuação do auditor interno é que quase 95% dos entrevistados consideram essencial que estes profissionais sejam "os olhos e ouvidos" do comitê de auditoria, tornando-se a figura mais confiável deste grupo de avaliação que também tem a função de analisar níveis de transparência e as melhores práticas de gestão internas.

 

Habilidades e tendências

Para 85% dos entrevistados, melhorar a capacidade de comunicação verbal, escrita e de apresentação é fundamental para o sucesso na carreira. Além disso, 73% acreditam que é preciso melhorar o nível de entendimento sobre os negócios da empresa em que atuam e aprimorar técnicas de análises de riscos e controles, para alcançarem sucesso profissional.

 

Outro ponto relevante sobre tendências, apontadas pelo estudo é que cerca de 30% afirmam já estar usando conceitos de "auditoria contínua" em seus trabalhos, uma técnica nova, de monitoramento de processos em tempo real, que pode bloquear possíveis conclusões de negócios suspeitos, antes de serem concretizados. Algo ainda pouco usado no Brasil. "As diretrizes sobre as melhores práticas internacionais e de novas ferramentas expressas nesta pesquisa histórica servirão como base para preparar melhor os auditores internos nos próximos anos que antecedem Copa do Mundo e Olimpíada, quando aumentarão possíveis riscos de fraudes nas organizações", prevê Trisciuzzi.

Os resultados do Cbok geraram cinco importantes relatórios que tratam das características da atividade do auditor interno, das competências atuais, de como mensurar o valor da carreira hoje, e no futuro, e ainda, sobre os imperativos para mudanças e consequente realização profissional. 

 

Fonte: Administradores.com

Classe Contábil

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Dilma sanciona lei que cria o programa Brasil Maior

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A presidente Dilma Rousseff sancionou sua primeira política industrial, o programa Brasil Maior. Lançado pelo Palácio do Planalto no início de agosto, mas somente publicado ontem, o Brasil Maior ainda não tem todas as medidas em funcionamento.

 

O Reintegra, principal dispositivo de estímulo às exportações de manufaturados - devolve imediatamente o equivalente a 3% do crédito tributário adquirido pela venda externa -, só entrará em vigor após regulamentação. No entanto, quatro setores da indústria já têm zerada a contribuição de 20% sobre a folha de pagamentos destinada à Previdência Social.

 

Retroativa a 1º de dezembro, a substituição tributária é a principal medida do Brasil Maior e beneficia os produtores de calçados, confecções, móveis de madeira e empresas que prestamServiços de Tecnologia de informação e software. Essas companhias passam a ter zerada a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos, que agora será substituída por uma alíquota de 1,5% (2,5% para software), que incidirá sobre o Faturamento bruto.

 

As importações dessas mercadorias passam a recolher alíquota de Cofins 1,5 ponto percentual maior. A medida, ao mesmo tempo que estimula a Produção nacional, também reduz parte da perda de arrecadação que a Previdência Social terá com a zeragem da contribuição sobre a folha de pagamento. Assim como a substituição tributária, a medida valerá até dezembro de 2014.

 

De acordo com o parágrafo 4º do Artigo 9º da Lei 12.546, sancionada ontem por Dilma, e que converte em lei o programa Brasil Maior, o Tesouro Nacional se compromete a cobrir a diferença de arrecadação previdenciária que vai resultar da substituição da folha de pagamentos para oFaturamento bruto.

 

"Os setores saíram ganhando e os custos para o Tesouro Nacional serão pequenos", afirmou Sandro Serpa, subsecretário de arrecadação e contencioso da Receita Federal. O Fisco, no entanto, não divulgou quanto deverá ser a diferença de arrecadação que o Tesouro irá cobrir entre 1º de dezembro deste ano e 31 de dezembro de 2014.

 

O governo aproveitou a sanção da lei que cria o programa Brasil Maior para inserir artigos de outras áreas, como comércio exterior e agronegócios. No comércio exterior, foram definidas regras para reforçar a defesa comercial por meio da melhor identificação da origem dos produtos importados.

 

O objetivo é identificar e punir as operações de triangulação nas quais os importadores alteram a origem dos itens, cuja compra no exterior deve obedecer a cotas por país, ou de itens que estejam sob investigação de preços predatórios no mercado brasileiro. Entre os itens em que é comum a fraude no certificado de origem constam produtos têxteis, eletroeletrônicos e alguns itens do agronegócio, como alho e côco ralado.

 

Em uma das regras, o importador que adquirir no exterior Bens em quantidade acima da permitida terá que devolver a mercadoria ao fornecedor e pagar o valor de R$ 5 mil por dia durante o tempo que os produtos ficarem retidos no Brasil.

 

Os produtores de biodiesel receberam forte estímulo. Passaram a ter um crédito presumido de 50% do PIS/Cofins que incide sobre o insumo adquirido. Com isso, o produto comprado para ser transformado em biodiesel receberá abatimento de 4,62% (50% da alíquota de 9,25% de PIS/Cofins) no preço, devido ao crédito presumido. A renúncia fiscal será de R$ 377 milhões.

 

Fonte: Valor Econômico

Classe Contábil

Exame de Suficiência é obrigatório para registro em CRC

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Prova obrigatória para obtenção ou restabelecimento de registro em CRC (Conselho Regional de Contabilidade), o Exame de Suficiência foi regulamentado pela Resolução CFC nº 1.373, de 8 de dezembro de 2011.

 

O Exame é aplicado duas vezes por ano em todo o País. A data e a hora são determinadas por deliberação do Plenário do CFC (Conselho Federal de Contabilidade) e divulgadas por meio de edital com, no mínimo, 60 dias de antecedência da realização.

 

Para prestar o Exame é necessário ter concluído o curso de Ciências Contábeis ou de Técnico em Contabilidade ou estar cursando o último ano letivo do curso de nível superior. Esta determinação já foi aplicada na segundo edição do Exame, realizada em setembro de 2011.

 

O Exame de Suficiência visa comprovar conhecimentos técnicos medianos dos conteúdos programáticos dos cursos de Contabilidade. Por isso, para ser aprovado, é necessário obter, pelo menos, 50% dos pontos. As questões são de múltipla escolha, mas fica a critério do CFC incluir algumas dissertativas.

 

Ao candidato aprovado será disponibilizada uma Certidão de Aprovação, que deve ser apresentada no momento de solicitação do registro profissional. O registro deverá ser requerido no prazo de dois anos contados a partir da publicação do resultado oficial do Exame no Diário Oficial da União. Se o candidato perder esse prazo, ele deverá submeter-se a nova prova.

 

A Resolução CFC nº 1.373/2011 foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 14 de dezembro de 2011, e entrou em vigor na mesma data. Ela pode ser consultada no menu Legislação, no Portal do CRC SP – www.crcsp.org.br.

 

Fonte: CRC/SP

 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Terceiro setor traz desafios para os contadores

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Os profissionais da contabilidade têm, cada vez mais, o papel de demonstrar confiabilidade das empresas em diversos segmentos da Economia brasileira, entre eles o das instituições sem fins lucrativos

 

Recentes escândalos envolvendo as Organizações Não Governamentais (ONGs) que desviaram de suas finalidades as doações de pessoas físicas e jurídicas colocaram à prova a credibilidade das instituições que prestam Serviços sem fins lucrativos, as chamadas empresas do Terceiro Setor. Fazem parte deste mercado, além das ONGs, as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips), fundações e associações.

 

Neste momento, cresce a importância da contabilidade, e a figura do contador se torna ainda mais evidente. De acordo com dados de 2005 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), existem em média 338.162 mil organizações no País, entre associações e fundações, todas de iniciativa privada.

 

Essas organizações atuam na área da saúde, educação, assistência social e cultura, em grande parte de forma gratuita, desempenhando um papel complementar às ações dos governos. “Na sociedade, como existem empresas fraudulentas e gestores públicos desonestos, também existem pessoas que criam organizações não governamentais para se beneficiar ou enriquecer”, argumenta Neusa Monser, coordenadora do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Metodista do IPA e da Comissão de Estudos do Terceiro Setor do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC-RS).

 

“Neste segmento, os recursos provêm de doações e, portanto, a confiabilidade é fundamental e cabe à Sociedade conhecer os projetos e o histórico destas organizações”, sugere a professora, que destaca a importância dos contadores nestes segmentos. “Eles exercem um papel fundamental, pois podem orientar as ações voltadas à prestação de contas e transparência”, salienta.

 

Para o sócio da Trevisan Outsourcing e professor da Trevisan Escola de Negócios, Vagner Jaime Rodrigues, o terceiro setor precisa adquirir credibilidade perante a sociedade, de forma a lhe permitir captar recursos para suas necessidades financeiras. Segundo Rodrigues, a transparência nas ações se alcança com demonstrativos contábeis fiéis e de qualidade. 

 

Para ele, as instituições têm papel fundamental, na medida em que o governo não consegue atender todas as demandas da sociedade. No que se refere aos aspectos sociais, os órgãos reguladores são fundamentais nesse processo. “O contador pode e deve ter em mente que um dos seus objetivos é fornecer informações estruturadas e padronizadas, e não de maneira a atender alguns usuários em específico. Com total transparência, todos ganham”, comenta o professor. 

 

Com as modificações trazidas pelas normas internacionais de contabilidade, os contadores se tornaram agentes Ativos dentro das instituições. “Evidenciar as diversas formas de captação de recursos e suas aplicações é responsabilidade do contador que está à frente da instituição. Isso faz parte da sua responsabilidade ética”, entende.

 

Mercado crescente para os profissionais

Que a profissão contábil está ganhando cada vez mais espaço já não é mais novidade. Porém, o mercado das instituições sem fins lucrativos tem se tornado uma excelente oportunidade para os trabalhadores da área. O sócio da Trevisan Outsourcing e professor da Trevisan Escola de Negócios, Vagner Jaime Rodrigues, acredita que esses profissionais estão diante de um bom momento para desempenhar suas atividades. “A contabilidade do terceiro setor tem a mesma importância e complexidade de uma empresa de outro segmento”, explica o professor. Segundo ele, o contador precisa ter conhecimento da legislação e das normas contábeis específicas e a exigência em termos de reciclagem técnica é a mesma exigida para os outros profissionais. 

 

A contadora da Fundação Irmão José Otão (Fijo), Silvane Ribeiro Pinto, explica que, apesar da intensa Demanda da atividade, a instituição possui imunidades fiscais e isso faz com que ela precise se atualizar em relação às questões tributárias, que mudam constantemente. Apesar disso, diz, a contabilidade da Fijo é verificada anualmente por auditores independentes que fiscalizam todas as contas da entidade. A fundação, em razão do seu vínculo com a Pucrs, está voltada às questões acadêmicas. 

 

Na Parceiros Voluntários a situação não é diferente. A entidade sobrevive das doações mensais das 12 empresas mantenedoras e apoiadoras e com mais 15 patrocinadores de projetos, todas as contribuições são devidamente contabilizadas, bem como todos os comprovantes de pagamentos. A explicação é da administradora da instituição, Ana Virgínia Antunez Benavides, que há oito anos cuida das contas da entidade. Para ela, o importante é que todas as receitas sejam aplicadas na própria atividade de destino da organização. São ao todo 2.700 entidades conveniadas que a Parceiros presta assessoramento de recursos voluntários, aprimoramento e capacitação em gestão e elaboração de projetos.

 

Atividade se diferencia do perfil comercial

O trabalho do profissional contábil de uma entidade sem fins lucrativos é bastante diferente da contabilidade comercial. De acordo com a coordenadora da Comissão de Estudos do Terceiro Setor do CRC-RS, Neusa Monser, o que muda basicamente são as denominação das rubricas, ou seja, as nomenclaturas das demonstrações contábeis e as notas explicativas. Nestas instituições, não existe a denominação lucro ou prejuízo, mas, sim, superávit ou déficit. Além disso, os contadores precisam ter um grande cuidado com as prestações de contas para a manutenção do certificado e as titulações próprias da área, pois é o Ministério Público o responsável por estas organizações.

 

Além das nomenclaturas, o contador precisa ter conhecimento das legislações próprias do segmento em que a instituição atua. “A atividade do contador do terceiro setor é bastante complexa”, comenta Neusa. De acordo com a coordenadora, o CRC-RS, de forma a auxiliar esses profissionais, está trabalhando em um manual que deverá ser impresso nos próximos meses.

 

Pesquisa identifica perfil das organizações no Estado

O Observatório do Terceiro Setor (OTS), da Fundação Irmão José Otão (Fijo), realizou um estudo entre os meses de outubro de 2009 e novembro de 2010, mapeando e cadastrando as organizações que atuam no terceiro setor gaúcho. O trabalho se deu por meio de pesquisas e contatos institucionais em que foi possível identificar, quantitativamente, que o Rio Grande do Sul possui hoje 369 fundações; 34 entidades vinculadas à rede de tecnologias sociais; 911 organizações de Utilidade pública federal; 443 entidades do Fórum Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; 447 do Conselho Municipal de Porto Alegre de Direito da Criança e do Adolescente; 176 entidades de educação infantil conveniadas com a Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre. 

 

O documento afirma que as entidades apresentam um perfil diversificado, pois suas características divergem e estão relacionadas com a política social que desenvolvem. Trata-se, na grande maioria, de associações, com títulos de Utilidade pública, com qualificações diferenciadas e com registros no controle social democrático, principalmente nos conselhos municipais, o que pressupõe a inserção dessas entidades nos espaços de participação popular, fiscalização e monitoramento das políticas públicas municipais.

 

Além disso, destaca-se o grande número de crianças, adolescentes e famílias beneficiadas, mas se observa entre os resultados uma Tendência a contemplar diferentes públicos.

 

No que se refere à gestão, os resultados apontam crescimento da profissionalização no setor em função da contratação remunerada de diferentes profissionais, tais como: educadores sociais, pedagogos, assistentes sociais, psicólogos, advogados, nutricionistas, entre outros. De acordo com a pesquisa, a relação dos recursos humanos das entidades evidencia que o número de pessoas contratadas como funcionárias é significativamente maior do que o número de pessoas voluntárias, o que aponta para a profissionalização deste segmento.

 

O estudo conclui que o terceiro setor no Estado demonstra a necessidade de aprimorar osInvestimentos em pesquisas que revelem o desenho atual da gestão social protagonizada pela parceria que vem sendo formada entre as entidades, esfera pública estatal e os setores privados e empresarias.

 

Fonte: Jornal do Comércio - RS

CFC

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Equipe do Rio Grande do Norte vence Desafio Sebrae 2011

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Vitoriosos ganham uma viagem de dez dias a um centro de referência mundial em empreendedorismo na Espanha e bolsas de estudo na FGV

Tatiana Alarcon

Bernardo Rebello/ASN

Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Roberto Simões

 

Brasília - A equipe Run to Win, do Rio Grande do Norte, foi a grande vencedora da edição 2011 do Desafio Sebrae. O anúncio da conquista ocorreu em cerimônia realizada na noite desta terça-feira (22), na sede do Sebrae, em Brasília. Os times do Paraná, Eng Tec Retorns, e do Pará, Forasteiros Mercantes, ficaram respectivamente em segundo e terceiro lugares.

 

O presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, Roberto Simões, parabenizou os participantes e lembrou que, no Desafio Sebrae, todos são vencedores. “O objetivo foi cumprido. Estamos satisfeitos em levar até vocês conceitos de gestão empreendedora e princípios éticos. Esperamos que levem esses conhecimentos para a vida sem deixar de lado a ousadia da juventude”, afirmou.

 

Emocionado, Isaias da Silva Lima, da equipe vencedora, afirmou que a competição, além de incentivar o espírito empreendedor, ensina outras lições importantes para quem ainda vai enfrentar o mercado de trabalho. “Esse é um projeto grandioso que nos ensina a empreender diante da vida. Meu conselho a todos os universitários: aprendam a arriscar, a tomar iniciativas e a ser verdadeiros empreendedores”, disse.

Participaram do evento os diretores do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos e José Claudio dos Santos, além do coordenador do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Maurício Guedes.

 

A equipe campeã ganhou uma viagem de dez dias a um centro de referência mundial em empreendedorismo na Espanha. A programação inclui visitas técnicas a empresas, universidades e incubadoras. Todos os participantes da final ganharam ainda uma bolsa integral de estudos na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

 

Os vencedores da noite concorreram com outras sete equipes, dos estados de Santa Catarina, Pará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. Este ano, o jogo, que teve como tema a administração de uma empresa de bicicletas, contou com 160 mil participantes de todo país.

 

Serviço
Agência Sebrae de Notícias: (61) 3243-7852/ 2107- 9104/ 3243-7851/ 9977-9529
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
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Fonte: Agência Sebrae

 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Cresce o mercado para auditores internos no país

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A Auditoria interna ganhou espaço no Brasil nos últimos anos e a Tendência é que o mercado cresça ainda mais. O momento é especialmente bom para o profissional da área que, além de estar preparado para as novas tecnologias, tem conhecimentos sobre gerenciamento de Risco e profundo entendimento do negócio da empresa.

 

Essa é a conclusão de um levantamento global feito pelo Institute of Internal Auditors (IIA) com 13.500 profissionais com cargos de liderança de 107 países. De acordo com Oswaldo Basile, presidente da Federação Latino-Americana de Auditoria Interna, o gerenciamento de Risco é responsável por identificar as áreas mais suscetíveis a erros e fraudes dentro de uma empresa, o que explica seu papel de destaque no atual cenário - quase 80% das organizações consultadas pretendem investir no setor nos próximos cinco anos.

 

Basile, que também é membro dos conselhos do IIA Brasil e IIA Global, explica que o movimento é consequência do aumento constante da velocidade dos negócios, que traz cada vez mais vulnerabilidade aos processos. "Períodos de pós-crise costumam impulsionar não só essa especialidade, que trabalha de forma preventiva, mas a profissão de uma maneira geral."

 

A equipe de Auditoria interna da Oi, por exemplo, está se preparando para adotar o gerenciamento de riscos como principal técnica de trabalho. Segundo o diretor da área, Fabiano Castello, a empresa pretende investir no desenvolvimento técnico dos auditores, que receberão em média cinco semanas de treinamento em 2012.

 

Na opinião de Castello, o Aquecimento do mercado tornou não só a contratação de novos profissionais um desafio, mas também a retenção do time atual. A Oi dá preferência a profissionais de dentro da empresa na hora de contratar e, segundo o estudo da IIA, 52% das corporações consideram essa prática como a melhor forma de recrutamento. "É essencial que o colaborador entenda o negócio da empresa", explica Basile.

 

Metade dos profissionais pesquisados espera contratar mais auditores internos nos próximos cinco anos. O movimento se reflete no Brasil, onde o Instituto dobrou de tamanho nos últimos três anos e conta com quatro mil membros.

 

Para Basile, o Brasil ainda corre atrás de outros países em aspectos como o tamanho do mercado - nos Estados Unidos, a instituição possui 70 mil associados -, mas está bem posicionado em relação a tecnologias que auxiliam a atividade. A principal, atualmente, é o uso de Auditoriacontínua, que monitora os processos da empresa em tempo real e é capaz de vetar fechamentos de negócios que apresentem irregularidades antes que elas aconteçam. O caminho é contrário ao tradicional, no qual os auditores revisam documentos e processos em busca de erros após a conclusão das operações.

 

A pesquisa mostra que 30% das empresas adotam a Auditoria contínua e 54% preveem aumentar seu uso nos próximos cinco anos. No Brasil, a técnica chegou há três anos e Basile espera que ela se popularize no país até 2016.

 

A construtora Camargo Corrêa, por exemplo, faz uso da prática desde 2009 em 100% de seus projetos. Além do monitoramento contínuo, que é a verificação dos processos de acordo com as regras que regulam os processos, a empresa trabalha com Auditoria remota, na qual os profissionais não precisam ir até o local para interromper a operação quando necessário.

 

"O sistema nos possibilita evitar que o evento se materialize", explica o gerente de Auditoriainterna e compliance, Luiz Pires. Milhares de operações são processadas diariamente e, quando um novo Risco é detectado, ele é incorporado à matriz de Risco do sistema, criando novos "filtros".

 

A equipe de 46 profissionais da Walmart passou a usar a Auditoria contínua recentemente. Baseado no trabalho anterior tradicional e com a ajuda de consultores externos e da própria companhia, um sistema de regras foi estabelecido para identificar comportamentos não convencionais. "Hoje, temos uma equipe multidisciplinar que reúne conhecimentos em Tecnologiada informação, lógica de programação e negócios", explica o diretor de Auditoria de TI e projetos especiais, Cesar Morales.

Fonte: Valor Econômico

Classe Contábil

 

Jornalista explica carga tributária brasileira

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Folha Online

"A Escalada da Carga Tributária" (Publifolha, 2008), escrito pelo jornalista Gustavo Patu, explica essas questões de forma sintética e acessível. O título traça o panorama da história recente dos tributos brasileiros e os motivos que levaram a carga a crescer tanto nas últimas décadas.

O autor esclarece, ainda, o que motiva a paralisação de propostas para reformas tributárias. "Não são os empresários quem têm mais a reclamar. Nem os ricos. Na tributação sobre o consumo, quanto menor a renda, maior será a parcela tomada. Sabe-se que os pobres brasileiros arcam com um custo desproporcionalmente alto para o financiamento do Estado", comenta.

Os altos impostos fazem com que os produtos nacionais (em especial os mais elaborados) percam mercados no exterior e, ao mesmo tempo, dificultam a compra de máquinas, veículos e equipamentos importados.

Parte da "Série 21", uma coleção de livros breves, em formato de ensaio, reportagem ou entrevista, que tratam dos temas urgentes que definem este início de século. Leia um trecho.

* Os hippies chegavam de todas as partes para viver em comunidade na região conhecida pelo cruzamento das ruas Haight e Ashbury, em São Francisco, na Califórnia; o LSD, alucinógeno cultuado pelo movimento, foi declarado ilegal, para desgosto do psicólogo e guru Timothy Leary, que conduzia experimentos com a droga para expandir mente e espírito; em novo capítulo da Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética competiam para chegar primeiro à Lua; Mao Tsé-Tung, na China, lançava sua Revolução Cultural, que resultaria em assassinatos de intelectuais e queima de livros. Era o ano de 1966, com todas as utopias, atrocidades e maluquices típicas da década, e os Beatles, nas palavras de John Lennon, eram mais populares que Jesus Cristo. Mas, em meio a idealismos, psicodelias, contraculturas, pregações de paz e amor, John, Paul, George e Ringo tinham preocupações bem mais mundanas: estavam pagando impostos demais.

Mais conhecido pelas clássicas "Eleanor Rigby" e "Yellow Submarine", o álbum Revolver, lançado naquele agosto, costuma ser citado hoje entre os melhores e mais importantes não só da banda, mas da música popular internacional. O rock assumia pretensões maiores, ou, como queiram, ficava mais pretensioso. As canções avançavam além dos tradicionais três minutos de duração e ganhavam cordas, sopros e efeitos de estúdio. Letristas não queriam mais tratar apenas de festas e amores adolescentes. George Harrison, que havia andado pela Índia tomando aulas de cítara e filosofia, teve o privilégio inédito de compor e cantar a faixa inaugural do disco, "Taxman", na qual o coletor de impostos do título avança sobre os lucros do músico.

"Deixe-me dizer como vai ser: são 19 para mim e um para você", era a primeira estrofe, que trata de uma impressionante tributação de 95%. "Se 5% parecem pouco demais, fique grato por eu não levar tudo", completava o coletor (No original: "Let me tell you how it will be/There's one for you, nineteen for me/'Cause I'm the taxman/Should five per cent appear too small/Be thankful I don't take it all"). Não era licença poética de um autor ainda imaturo. Naquela época, o Reino Unido taxava mesmo a alíquotas dessa ordem ganhos milionários como os dos Beatles. Os percentuais haviam disparado na Segunda Guerra Mundial, para financiar as batalhas contra os nazistas, e se mantiveram altos para sustentar os programas de seguridade criados nos anos seguintes, quando o modelo do Estado do Bem-Estar Social se firmou na Europa.

Em média, os cidadãos britânicos eram tributados em quase um terço de sua renda - considerados todos os impostos, taxas e contribuições cobrados sobre salários, lucros, terras, automóveis, compras e o que mais os governos lembrassem de tributar. Era nada menos que o triplo da carga do início do século na terra de Adam Smith (1723-90), pai do pensamento liberal, que não concebia para o Estado funções mais nobres que a promoção da segurança jurídica e militar. Agora, os cidadãos recebiam não mais proteção contra inimigos armados, mas contra as inseguranças do regime capitalista gestado na ilha e no continente. Políticas públicas de previdência, assistência, saúde, habitação, educação e amparo ao desemprego se multiplicavam. E também os impostos.

Alemanha, França, Holanda, Áustria, Bélgica, Noruega, Dinamarca e Finlândia tinham cargas tributárias na casa dos 30%. Na Suécia, ainda hoje a meca da socialdemocracia, eram quase 36%. No resto do mundo, os governos custavam menos - com exceção, claro, dos países comunistas. Na Índia, referência espiritual de Harrison, bastava um décimo da renda nacional para sustentar todos os serviços públicos. Na Austrália, um quinto. Mesmo na maior potência ocidental, em guerra fria com a URSS e guerra quente no Vietnã, os tributos não consumiam mais de um quarto dos salários e lucros americanos. Livre das despesas bélicas, o Estado japonês tomava apenas 18% da economia do país, que vivia uma fase de prosperidade batizada de "milagre".

No Brasil, que anos depois copiaria a expressão, a ditadura militar impunha a reforma de um anacrônico sistema de impostos, taxas e contribuições e, àquela altura, já havia conseguido elevar a arrecadação de União, Estados e municípios de 16% para pouco mais de 20% do Produto Interno Bruto. O objetivo, porém, não era proporcionar aos brasileiros os confortos do Estado protetor e provedor; tratava-se de conseguir dinheiro para subsidiar empresas e construir estradas, pontes e hidrelétricas destinadas a levar a economia nacional às condições exigidas pelo mundo desenvolvido.

Somente duas décadas depois, em 1988, as sobretaxas que afligiam os Beatles foram definitivamente extintas e substituídas por uma alíquota máxima de 40% do Imposto de Renda. Os hippies davam lugar aos yuppies, e o Estado do Bem-Estar Social perdia popularidade para um revigorado liberalismo, ou neoliberalismo. O Reino Unido já havia cedido para a Alemanha o posto de segunda economia do mundo, e ambas haviam sido ultrapassadas pelo Japão, enquanto os eua mantinham a liderança folgada. No diagnóstico vitorioso da primeira-ministra Margaret Thatcher, a decadência britânica e européia era explicada por gastos sociais que encorajavam a acomodação coletiva e tributos que puniam a iniciativa individual. "Você não está trabalhando para ninguém além de mim", como dizia o coletor de impostos da música ("And you're working for no one but me", verso final).

Se o Estado tira dos ricos para dar aos pobres, também pode ser dito, por outro ponto de vista, que se transfere renda dos mais bem-sucedidos para os menos produtivos. O sonho de uma existência segura da infância à velhice cobrava seu preço, em produtos mais caros, menos investimentos, menos empregos. Velhas utopias eram sepultadas enquanto se lembrava que, desde sempre, são o egoísmo, a ganância e a avareza que movem a economia - e produzem os impostos que sustentam os governos e os programas sociais. Para não matar a galinha dos ovos de ouro, a escalada da carga tributária no país, que então chegava aos 36% do PIB, foi sustada.

A moda liberal ainda não havia chegado ao Brasil, onde uma nova Constituição restaurava a democracia e pretendia, como se repetia a todo momento, "resgatar a dívida social" do país. O Estado brasileiro, às voltas com uma crise de inflação e dívida externa que parecia interminável, recebia missões ambiciosas nas áreas de previdência, saúde, educação e assistência social. O novo pensamento que ascendia ao poder acreditava que uma distribuição mais justa do dinheiro público poderia reduzir ou eliminar a elevadíssima desigualdade social, pela qual se culpavam os anos de crescimento econômico acelerado do "milagre brasileiro" festejado pelos militares. A carga tributária, desde o início da década anterior, oscilava em torno de um quarto da economia, e não se afastaria muito desse patamar pelos dez anos seguintes. Não era pouco. Superava, por larga margem, o que arrecadavam os primos latino-americanos México, Argentina, Chile e Uruguai, para não falar dos mais pobres da família subdesenvolvida. Batia fácil a Coréia do Sul, que já caminhava para ser uma potência econômica, e praticamente empatava com os Estados Unidos.

O tal neoliberalismo, que também chegou ao Brasil na década de 90, pode reivindicar sua cota de vitórias - no mundo das idéias e, dependendo do gosto do freguês, na vida prática. A URSS acabou, o comunismo desapareceu do Leste Europeu e partidos de orientação socialista ou social-democrata tiveram de rever suas plataformas; a tese de que o governo poderia manter o pleno emprego com gastos públicos e emissão de moeda caiu em descrédito; os orçamentos ficaram mais equilibrados, e a inflação foi derrubada em todo o mundo. Mas seus adversários puderam rir silenciosamente por último enquanto temiam em voz alta a era do Estado mínimo: o Estado não encolheu.

França, Itália, Áustria, Bélgica, Noruega, Islândia e Finlândia hoje arrecadam mais de 40% da renda de seus cidadãos e empresas para manter seus governos. Na Suécia e na Dinamarca são mais de 50%. Alemanha, Reino Unido, Austrália e Holanda contam com Estados maiores que os da década de 60 e, com exceção da última, pelo menos do mesmo tamanho medido nos anos 80. Nos EUA e no Japão, a carga se mantém um pouco acima de um quarto dos maiores PIBs do mundo. Tampouco houve reduções entre os pobres e remediados, até onde as estatísticas alcançam.

Não é difícil entender: nenhuma sociedade abre mão pacificamente de direitos e serviços prestados pelo Estado, sejam programas de seguridade, sejam ações armadas contra ameaças terroristas; ideologias à parte, governantes são pragmáticos e pensam na receita necessária para sua administração e seu futuro político. Se o corte de impostos pode - não há garantia - trazer crescimento econômico e benefícios gerais, os prejudicados pelos cortes de gastos têm nome, sobrenome, endereço e título de eleitor. Onde chegou mais longe, a onda neoliberal só conseguiu interromper a expansão do Estado. Na maior parte do mundo, a expansão apenas se tornou mais lenta.

O Brasil foi mais original. Em menos de dez anos e em plena hegemonia do pensamento liberal, o Estado cresceu a uma velocidade poucas vezes testemunhada entre países capitalistas e democráticos em tempos de paz. Deixados para trás os tempos de hiperinflação e dívidas externas impagáveis, mas sem que o país pudesse se aproximar da qualidade dos serviços públicos e dos níveis de renda da Europa Ocidental, a carga tributária deixou o patamar de 25% da renda nacional, no qual havia se mantido por mais de duas décadas, e se aproxima da marca de 36%. A mesma do Reino Unido.

Fonte: Folha Online

CFC

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

CVM edita Instrução que altera a regra do rodízio de firmas de auditoria quando houver comitê de auditoria estatutário

Notícias

 

CVM

 

CVM edita Instrução que altera a regra do rodízio de firmas de auditoria quando houver comitê de auditoria estatutário

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) edita hoje, 16/11/2011, a Instrução nº 509, que altera a Instrução nº 308/99 e a Instrução nº 480/09. A Instrução CVM nº 509 é resultado da Audiência Pública SNC nº 10/11.

A Instrução estabelece que as companhias que instalarem e mantiverem Comitê de Auditoria Estatutário ("CAE") nas condições exigidas pela Instrução poderão contratar auditor independente para a prestação de serviços de auditoria por até 10 anos consecutivos.

Desse modo, o prazo previsto no art. 31 da Instrução CVM 308/99 aumenta de 5 para 10 anos para as companhias que instalem e mantenham CAE, conforme previsto na Instrução.

A instalação do CAE é facultativa e, por conseguinte, as companhias que desejarem poderão manter o atual sistema de rotações do auditor independente a cada 5 anos.

 

Em resumo, o CAE tem as seguintes atribuições:

i.                                                opinar sobre a contratação e destituição do auditor independente para a elaboração de auditoria externa independente ou para qualquer outro serviço;

ii.                                                supervisionar e avaliar as atividades dos auditores independentes;

iii.                                                monitorar a qualidade e integridade dos mecanismos de controles internos e das demonstrações financeiras da companhia;

iv.                                                avaliar e monitorar as exposições de risco da companhia.

 

A Instrução também estabelece regras de divulgação do regimento interno, relatório anual resumido e currículo dos membros do CAE.

A norma permite, ainda, que a prerrogativa de realização do rodízio a cada 10 anos seja utilizada pela companhia que, em 31/12/2011, possua comitê de auditoria instalado e em funcionamento, que cumpra com os requisitos da Instrução, podendo promover a alteração em seu estatuto social para prever a existência do CAE em até 120 dias contados a partir de 1º de janeiro de 2012.

Clique para ter acesso à íntegra da Instrução CVM nº 509/11 e ao Relatório de Audiência Pública.

 

Fonte: CVM

CFC

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O limite para opção do Lucro Presumido precisa ser atualizado

Artigo

 

Para Opção do Lucro Presumido, a empresa não pode faturar mais do que R$ 48 milhões por ano. O problema é que esse limite está defasado, pois não sofre nenhuma atualização desde 2002 (Lei 10.637 de 30/12/2002). 

 

As empresas possuem três formas de tributação para apuração e recolhimento dos impostos federais: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. No Simples Nacional e Lucro Presumido, a base de cálculo do imposto é basicamente o Faturamento bruto, que torna a apuração e a própria fiscalização da Receita Federal mais ágil e eficiente, pois necessita de menos informações para controlar, reduzindo bastante a sonegação fiscal. 

 

Atualmente, só pode optar pela tributação do Simples Nacional empresa com Faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano, desde que não esteja enquadrada em nenhuma outra vedação prevista em Lei. Este valor foi atualizado recentemente e visa manter mais empresas enquadradas neste sistema de tributação simplificado. 

 

Para Opção do Lucro Presumido, a empresa não pode faturar mais do que R$ 48 milhões por ano. O problema é que esse limite está defasado, pois não sofre nenhuma atualização desde 2002 (Lei 10.637 de 30/12/2002). Durante esse período, o índice do IGP-M (FGV) sofreu um aumento de 118,09% (Janeiro de 2002 a Outubro de 2011).

 

Ou seja, não fazendo esta atualização o Governo está obrigando empresas que tiveram crescimento natural do Faturamento a migrarem para o único sistema de tributação disponível: o Lucro Real, mais complexo e, em muitos casos, mais oneroso, resultando em significativo aumento de tributação e perda de competitividade da indústria nacional.

 

Sempre que Governo deixa corrigir qualquer limite ou tabela, e isso ocorre sistematicamente em nosso sistema tributário, está aumentando impostos. Um claro exemplo disso é a tabela doImposto de renda da pessoa física que, apesar de estar sendo atualizada anualmente, também está defasada.

 

Esta atualização de valores, assim como quaisquer outras tabelas ou limites previstos em Lei deveria ser automática, pois estaria simplesmente mantendo as mesmas condições oferecidas às empresas em determinada data, corrigindo as distorções causadas pela inflação.

Nossas empresas sofrem uma feroz concorrência dos produtos importados e essa briga acaba ficando cada vez mais desigual, pois em muitos setores, o aumento de tributação por conta desta defasagem no limite de Opção ao Lucro Presumido é altíssimo.

 

Hoje, este limite deveria ser de, no mínimo, R$ 104 milhões por ano e esta simples e necessária atualização não seria nenhuma “bondade” do Governo, mas sim um sinal de respeito com os empresários e uma demonstração de que está realmente comprometido com a busca de uma política tributária mais justa, eficiente e menos burocrática.

   

Autor: Isaac Rincaweski

Empresário no ramo de Prestação de Serviços Contábeis, Contador, formado na FURB-Blumenau, com pós graduação em Gerência na Qualidade nos Serviços Contábeis.

 

Fonte: Classe Contábil