Palavras do Mestre dos Mestres

Palavras de despedida do Professor Antonio Lopes de Sá no X Prolatino, realizado em novembro de 2009.

“Eu não sei quanto tempo de vida me resta. Quem me criou também determinará, naturalmente, a hora em que serei convocado para outras missões. Posso ver, nesse poente da vida, muitas coisas. Eu dediquei feriados, dias santos, horas que roubei da família para dedicar a vocês. A minha última palavra é: “Enquanto um sopro de vida me restar, ele será de vocês”. Não sou candidato a nada. Não é discurso político, mas quero estar no coração de vocês”.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Profissional de serviço médico terá de apresentar declaração

Notícias

 

DCI

 

CAMPINAS - Por uma determinação da Receita Federal do Brasil os profissionais que atuam na área de saúde terão que apresentar, até fevereiro de 2011, a Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (Dmed) ao órgão. A ação coloca o setor de saúde em estado de atenção, pois é preciso começar a se adequar à nova determinação, que começa a valer em apenas cinco meses. A medida irá impactar diretamente profissionais e empresas do ramo, como por exemplo os médicos, dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, além das unidades hospitalares, laboratórios, serviços radiológicos, serviços de próteses ortopédicas e dentárias, e clínicas médicas de qualquer especialidade. A norma diz respeito também aos serviços prestados por estabelecimento geriátrico classificado como hospital pelo Ministério da Saúde e por entidades de ensino destinadas à instrução de deficiente físico ou mental são considerados serviços de saúde.

 

A Declaração de Serviços Médicos e de Saúde, ou Dmed, é uma declaração dos serviços prestados aos pacientes ou conveniados instituída pela Instrução Normativa nº 985 em 22 de dezembro de 2009 e é válida para quem atua na área de saúde seja autônomo ou prestador de serviço.

 

Quem não apresentar a declaração no prazo estabelecido está sujeito a multas de R$ 5 mil por mês-calendário ou fração, no caso de falta de entrega da Declaração ou de sua entrega após o prazo; e 5% (cinco por cento), não inferior a R$ 100 (cem reais), do valor das transações comerciais, por transação, no caso de informação omitida, inexata ou ainda informação incompleta.

 

A área de saúde permite que o contribuinte possa abater gastos realizados no setor mediante apresentação de recibos na declaração do imposto de renda, no entanto, os profissionais de saúde que emitiam os recibos apenas informavam quando da entrega da declaração anual do imposto de renda os serviços prestados e não identificavam os pacientes.

 

Recibo

Com a resolução quem concede o recibo como no caso, clínicas e hospitais, entre outros, tem que fornecer o nome completo contendo o CPF (Cadastro de Pessoa Física) para pessoa física ou CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) para pessoas jurídicas prestadoras de serviços de saúde e operadoras de planos privados de assistência à saúde e apresentar à Receita Federal.

 

De acordo com o professor de Contabilidade e Finanças das Faculdades Anhanguera, Paulo Neves, disse que desta forma a Receita Federal conseguiu fechar o cerco formando um banco de dados com informações que serão enviadas ao órgão através da Dmed que poderão ser cruzadas com a declaração de imposto de renda de pessoa física comprovando se essa despesa médica realmente ocorreu.

 

"A partir de agora, eles continuarão a emitir o recibo como comprovante de pagamento, mas serão obrigados a informar à Receita Federal para quem prestou os serviços e, isto já no mês de fevereiro de 2011, assim a receita terá tempo hábil para fazer o cruzamento de informações entre a Dmed e das que serão entregues em abril no Imposto de Renda Pessoa Física", diz.

 

Comércio

Para o professor e também contabilista, a medida deve inibir o comércio de venda e compra de recibos para efeito da declaração do Imposto de Renda. Ele explica que, atualmente, sem a obrigatoriedade da Declaração de Serviços Médicos e de Saúde, é grande o risco do contribuinte que, informou pagamentos para profissionais da saúde, cair na malha fina. Paulo Neves não descarta que devem ocorrer problemas na entrega da Dmed. "Vai ter muito problema para a entrega, entre eles, o fato de a clínica ter fornecido recibo e não ter pego o CPF da pessoa", comenta.

 

No dia 18 de agosto a Receita Federal do Brasil publicou a Instrução Normativa nº 1066 na qual aprova o leiaute do arquivo de importação de dados para o Programa Gerador da Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (PGD - Dmed) para apresentação das informações relativas aos anos-calendário de 2010 e 2011.

 

Segundo especialistas no segmento, a proposta é que todas as informações, de todos os estabelecimentos envolvidos, devam ser enviadas pela internet mediante a utilização de aplicativo a ser disponibilizado na página da Receita Federal. O site da Receita é www.receita.fazenda.gov.br.

 

Fonte: DCI

CFC

 

Exigência de emissão de nota fiscal eletrônica alcança maior número de empresas

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A partir de 1º de outubro, documento passa a ser obrigatório para diversas atividades, como fabricação de roupas e calçados, reforma de pneumáticos e recondicionamento de baterias

Dilma Tavares

Brasília – A partir desta sexta-feira (1º), empresas de diversas atividades econômicas passam a ser obrigadas a emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), um documento digital que substitui as tradicionais notas em papel. Instituído em julho de 2005 em caráter nacional, o uso do documento vem sendo ampliado gradualmente entre os diversos setores e segmentos econômicos. Por meio da NF-e, a Receita Federal e as secretarias estaduais de Fazenda podem acompanhar em tempo real as transações das empresas e, assim, fiscalizar o recolhimento de tributos.

A obrigatoriedade de emissão da NF-e abrange empresas de todos os portes, incluindo micro e pequenas, até as do Simples Nacional. Os empreendedores individuais não precisam atender a essa exigência.

Segmentos

Conforme o Protocolo nº 42 de 2009, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne as secretarias de Fazenda dos estados, a partir do dia 1º de outubro ficam obrigadas a emitir a NF-e diversas atividades econômicas, como fabricação de roupas, vinagre, calçados, gelo, absorventes higiênicos, artigos de carpintaria para construção e artigos pirotécnicos; impressão de livros, revistas e outras publicações periódicas; serviços de acabamentos gráficos; reforma de pneumáticos usados; recondicionamento de baterias e acumuladores para veículos automotores.

Ainda estão na relação representante comercial de cosméticos e perfumaria, de madeira, material de construção e ferragens. A lista inclui também o comércio atacadista de produtos como calçados; artigos de vestuário e acessórios; artigos de armarinho; de cama, mesa e banho; sementes, flores, plantas e gramas; produtos de higiene, limpeza e conservação domiciliar com atividade de fracionamento e acondicionamento; jóias, relógios e bijuterias; embalagens; resíduos de papel e papelão e de sucatas não metálicas.

“A aplicação dessa exigência depende de cada estado, das estruturas que possuem, mas até o momento nenhum estado prorrogou esse prazo”, alerta a consultora do Sebrae Lusia Angelete. Ela lembra que, em dezembro, a Nota Fiscal Eletrônica passará a ser exigida para nova leva de atividades econômicas, sendo que, para os fornecedores dos governos, a exigência vai valer independentemente do setor de ativid ade da empresa.

Desafio

O presidente da Confederação Nacional das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Comicro), José Tarcísio da Silva, avalia que, por uma lado, a nota fiscal eletrônica significa redução de burocracia e inclusão das empresas no mundo digital, “do qual não há como fugir”. Por outro, significa “controle absoluto” do governo sobre a movimentação das empresas e seus custos operacionais.

Para emitir a Nota Fiscal Eletrônica, a empresa precisa possuir certificação digital (fornecida por uma autoridade certificadora) e se cadastrar na secretaria de Fazenda do seu estado. “A certificação digital custa caro, havendo certificadoras que cobram até R$ 450”, afirma José Tarcísio. Ele lembra ainda a necessidade de computador e internet banda larga que, avalia, tem um custo médio de R$ 250 mensais. “A alternativa é o governo criar um programa para reduzir o preço da Internet banda larga”, sugere.

Serviço:
Agência Sebrae de Notícias: (61) 2107-9106/2107-9110/8118-9821/9977-9529
Central de Relacionameto Sebrae: 0800 570 0800

Fonte: Agência Sebrae

 

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Receita Federal quer coibir planejamento tributário de grandes contribuintes

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A Receita Federal quer fechar o cerco a grandes contribuintes que fazem planejamento tributário. Essas empresas costumam contratar especialistas para encontrar brechas na legislação que lhes permitam pagar menos impostos. Segundo o subsecretário de Fiscalização da Receita, Marcos Vinícius Neder, o Fisco quer colocar em prática o artigo 116 do Código Tributário Nacional (CTN), que dá aos auditores o poder de desconsiderar um planejamento tributário utilizado pelo contribuinte e cobrar dele os tributos devidos integralmente. Hoje, quando detecta essa prática, a Receita nada pode fazer.

- É importante regulamentar o artigo 116. Grandes contribuintes não costumam omitir receitas. Eles têm uma política de boa governança, mas fazem planejamento tributário, que tem efeito negativo sobre a arrecadação - afirma o subsecretário.

Neder reconhece que a medida é polêmica e por isso nunca foi posta em prática. O artigo 116 do CTN precisa ser regulamentado como lei. Uma ideia é propor a fixação de uma regra pela qual os contribuintes tenham de comunicar à Receita o planejamento tributário que utilizarem. Esse plano seria submetido a um colegiado e, caso a Receita não o aceitasse, o contribuinte teria de recolher os tributos, mas não pagaria multa ou juros.

Diante da sensibilidade do tema, a Receita vai realizar na próxima semana um seminário no qual discutirá a regulamentação do artigo 116 com técnicos, especialistas e tributaristas. Daí, poderá sair um projeto lei a ser encaminhado ao Congresso.

Especialistas apontam Risco de insegurança jurídica

Especialistas ouvidos pelo GLOBO afirmam que a medida é arriscada, pois pode trazer insegurança jurídica.

Segundo o tributarista Ives Gandra, a proposta da Receita gera insegurança jurídica e fere o princípio da estreita legalidade:

- A Receita só pode desconsiderar o procedimento que estiver vedado pela lei. Sobre o que está fora dela, nada se pode fazer.

Para Gandra, a maneira de a Receita evitar malabarismos das empresas para não pagar impostos é fixar regras mais rígidas sempre que detectar um problema:

- Brechas na lei têm de ser fechadas. Não dá para dar ao auditor o poder de decidir o que é ou não planejamento tributário.

Segundo o consultor e ex-secretário da Receita Everardo Maciel, a ideia de dar a um colegiado o poder de decidir sobre a conduta das empresas não é ideal. Ele defende, no entanto, uma saída alternativa. Para Maciel, a Receita poderia estabelecer uma lista com tipos de planejamento tributário. Quando o contribuinte utilizasse essa prática, ele seria convocado pelo Fisco e chamado a pagar o tributo devido. Caso contrário, não haveria cobrança:

- É preciso haver normas específicas contra a elisão fiscal. Não dá para existir uma norma genérica. A igualdade fiscal não pode existir às custas da segurança jurídica.

Um exemplo clássico de planejamento ocorre, por exemplo, na venda de imóveis. O vendedor e o comprador fazem uma Sociedade em que um entra com o bem e o outro, com dinheiro. Dias depois, o negócio é desfeito, sendo que o vendedor sai com o dinheiro e o comprador com o imóvel. A vantagem aí é para o vendedor, pois não há a cobrança de Imposto de renda (IR) de ganhos de Capital sobre a valorização do imóvel.

Segundo Neder, o planejamento tributário é muito utilizado pelos grandes contribuintes, que respondem por 70% da arrecadação federal. Segundo o subsecretário, 42% dessas empresas declararam prejuízo fiscal para pagar menos impostos nos últimos cinco anos.

Fonte: O Globo

Classe Contábil

 

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Maria Clara recebe título de cidadã honorária de Belo Horizonte

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Comunicação CFC

A presidente da Academia Brasileira de Ciências Contábeis (Abracicon), contadora Maria Clara Cavalcante Bugarim, recebeu no dia 23 de setembro, na  Câmara Municipal de Belo Horizonte,  o título de Cidadania Honorária.

A honraria foi proposta pelo vereador João Vitor Xavier e, em seu discurso, falou da satisfação em ter uma profissional do gabarito da contadora como ilustre cidadã. "A homenageada abriu as portas da profissão. Seus inúmeros feitos elevaram a imagem do profissional perante a sociedade".  Ainda segundo o vereador, "a Contabilidade representa uma das mais importantes profissões do País, e se o nosso próximo Presidente do Brasil olhar com cuidado para a categoria dos contabilistas, terá um grande reforço para realizar a tão sonhada Reforma Tributária".

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O presidente do CFC, Juarez Domingues Carneiro, discorreu sobre a trajetória da homenageada. "Sem dúvida, Maria Clara abriu as portas da Contabilidade para o mundo. A sua busca permanente pelo conhecimento a projetou como primeira presidente do CRCAL, da Fundação Brasileira de Contabilidade, do Conselho Federal de Contabilidade e agora como presidente da Academia Brasileira de Ciências Contábeis".

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No seu discurso, Maria Clara agradeceu o carinho recebido dos profissionais. "Tenho que agradecer a todos vocês por acreditarem nesse sonho. A Contabilidade também é responsável pelo progresso econômico da sociedade", afirmou. Na oportunidade, a contadora fez uma homenagem ao Professor Doutor Antônio Lopes de Sá. "Quanta ousadia dessa alagoana a ocupar a Presidência de uma Academia que fora ocupada pelo ilustre mestre Antônio Lopes de Sá", revelou.  Maria Clara também fez um histórico sobre a aproximação da Contabilidade com os poderes constituídos. "Quando recebemos o presidente Lula no nosso 18º Congresso Brasileiro de Contabilidade, tínhamos a certeza de que estávamos no caminho certo. Logo depois, tivemos a grande surpresa com a aprovação da Lei nº 12.249/10", lembra.Participaram da solenidade as presidentes do CRCBA, Constança Carneiro Galvão, e CRCPA, Regina Célia; o presidente do CRCMG, Walter Roosevelt; o presidente da Fundação Brasileira de Contabilidade, José Martonio Alves Coelho, e a contadora Vera Lúcia, representando o presidente do CRCSP. A reunião solene foi presidida pelo vereador Leo Burguês.

Fonte: CFC

 

Projeto de universitários vira gigante do comércio eletrônico

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Empreendedor fala sobre nascimento do BuscaPé; site especializado em compras pela internet surgiu de ideia inovadora e com investimentos mensais de R$ 400

Mariana Flores

Divulgação

O empresário Romero Rodrigues acredita que sempre haverá capital para projetos criativos e com foco em resultados

Brasília - Com investimento inicial de R$ 400 ao mês em seu primeiro ano de vida, o site BuscaPé deu um salto e se tornou uma gigante no ramo do e-commerce (comércio eletrônico). Apenas dez anos depois de ser lançado como experiência pioneira no Brasil, foi vendido em negócio milionário. Os quatro estudantes de engenharia elétrica que em 1998 conceberam o projeto, ainda dentro da universidade, venderam 91% das ações do site por US$ 342 milhões. A empresa não divulga o faturamento mensal do que é hoje considerado o maior site de comparação de preços na internet da América Latina, mas o número mensal de acessos chega a 65 milhões por mês em 2010.

“Quando começamos, pensamos que o negócio daria certo, só que não imaginávamos que poderia crescer tanto. Agora, temos nove empresas pertencentes ao grupo BuscaPé, que atuam em toda a cadeia de varejo. O diferencial na época foi o fato de os serviços serem únicos e bem interessantes na relação entre varejistas e consumidores”, afirma um dos criadores da marca, o empresário Romero Rodrigues.

O BuscaPé é um dos exemplos divulgados pelo Sebrae em uma série de matérias que teve início nas últimas semanas sobre empresas que começaram pequenas e despontaram no mercado. O escopo do projeto surgiu quando Romero e seus três sócios, Rodrigo Borges, Ronaldo Takahashi e Mário Letelier, cursavam engenharia elétrica na Universidade de São Paulo (USP). Interessado em comprar uma impressora, um deles procurou o produto na internet, mas não encontrou informação sobre preço ou especificações técnicas. Os futuros engenheiros vislumbraram uma oportunidade e tiveram a ideia de criar um negócio que ajudaria os brasileiros a encontrar produtos pela web.

Análise do mercado

“No surgimento da internet, tudo era novo e a principal dificuldade era descobrir que tipo de negócio poderia ou não se tornar lucrativo. Ao mesmo tempo em que era importante ser inovador e pioneiro, desenvolvendo projetos que pudessem atrair audiência e capital, tornava-se também fundamental ter um modelo de receita claro. Em qualquer negócio, seja ele na internet ou não, o empreendedor só alcançará sucesso se conseguir construir uma empresa sólida e capaz de ser rentável”, afirma Rodrigues.

A análise do mercado é um dos ingredientes para se obter sucesso, conforme ensina o gerente da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae, Enio Pinto. "Mas é preciso manter o aperfeiçoamento constante", alerta. “Antes de abrir é necessário investigar o mercado, ver onde há oportunidade concreta de negócio. As pessoas de sucesso fazem isso de forma continuada, se profissionalizam com técnicas de gestão, sabem como administrar uma empresa. É importante também ter um viés comportamental”, afirma.

Porta de entrada

Nos primeiros meses do BuscaPé, cada um dos sócios investiu mensalmente R$ 100 para arcar com os custos de hospedagem e de elaboração de sistema e layout. Os consumidores foram receptivos, segundo Rodrigues, mas os comerciantes nem tanto. “Os varejistas não tinham muita confiança ou interesse em abrir seus preços para serem comparados na internet. Porém, em pouco tempo, conseguimos reverter essa situação, na medida em que começamos a conquistar uma audiência maior e ser a porta de entrada do comércio eletrônico no Brasil”, conta.

A sobrevivência e o enorme sucesso, em um período em que várias ‘empresas.com’ fecharam as portas com apenas alguns meses de vida, se deve ao fato de terem um modelo formatado de receita, na opinião do empresário. “Na época da ‘bolha pontocom’, o capital estava mais disponível e muitos investimentos foram feitos em projetos que não tinham um claro modelo de receita, o que fez com que várias empresas não sobrevivessem. Por conta disso, o capital de risco ficou mais seletivo e hoje os investidores são mais exigentes e cautelosos”, afirma.

Romero dá uma dica para os empresários que ainda estão começando. “O que tenho a dizer é que sempre haverá capital para o empreendedor que souber gerir seu negócio com criatividade, foco em resultados e com o melhor time possível, pois investidor aposta em pessoas e em bons negócios, seja na web ou não”.

Serviço:
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Fonte: Agência Sebrae

 

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ensino deficiente, mercado carente!

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João Guilherme Sabino Ometto

Em meio ao justificado otimismo com o ritmo de crescimento da economia brasileira, ecoa, em numerosos setores de atividade o alerta de que estão faltando recursos humanos qualificados. A carência inclui técnicos de produção, operações e manutenção, eletricistas, carpinteiros, secretárias, assistentes administrativos, operários, engenheiros, contadores, profissionais de finanças e de Tecnologia da Informação.
Observa-se, assim, que a falta abrange profissionais universitários, tecnólogos e técnicos, atingindo, principalmente, as áreas de produção, infraestrutura e alta tecnologia. Não há dúvida de que esse gargalo é um dos fatores limitantes ao crescimento econômico. Bastou um bem-vindo fluxo mais consistente de expansão do PIB para que aflorasse um problema decorrente da deficiência do ensino. Um exemplo: conforme consta do Boletim da Educação no Brasil, da Fundação Lemann, na China e na Índia, que integram o "Bric"" ao lado da Rússia e de nosso país, formam-se, respectivamente, 400 mil e 300 mil engenheiros por ano.

No Censo do Ensino Superior do MEC, o último dado referente a 2008 informa que o Brasil formou, naquele ano, 47 mil engenheiros, nas diferentes áreas. No entanto, o grande desafio para graduarmos mais profissionais dessa área, bons técnicos e tecnólogos é melhorar a qualidade do Ensino Fundamental obrigatório de 9 anos. Esse é o grande alicerce, sem o qual não formaremos mais engenheiros, nem teremos a mão-de-obra qualificada de que necessitamos.

Infelizmente, o Brasil tem negligenciado a educação, que foi perdendo qualidade ao longo do século passado e deixando de ser universal. Paulatinamente, resolveu-se, a partir da década de 90, a questão da oferta de vagas, hoje suficiente para atender à demanda de novas matrículas. Entretanto, ainda não há excelência na maioria das escolas públicas de educação básica e em numerosas faculdades, em especial particulares, conforme se pode constatar no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), este para os cursos de nível superior. Ademais, como se observa naquele mesmo boletim, "ainda há muitos alunos fora da escola, principalmente na Educação Infantil e no Ensino Médio, porque se perde muita gente no meio do caminho, o que resulta em uma população com baixo nível educacional e na falta de mão-de-obra".

É preciso encontrar soluções rápidas, considerando que os resultados de uma política pública eficaz para o ensino têm maturação de longo prazo. Hoje, com as recentes mudanças estabelecidas pelo governo, a criança ingressa no primeiro grau aos seis anos. No total, permanece 12 anos no Ensino Fundamental e no Médio. Entretanto, ao completá-los, com 17 ou 18 anos de idade, ainda não tem uma profissão. Cursa, então, mais quatro, cinco ou seis anos de curso superior, dependendo da carreira escolhida, para, então, ingressar no mercado de trabalho. Ou seja, se resolvesse hoje o problema da qualidade do ensino, o País teria os primeiros resultados positivos somente ao cabo de duas décadas.

Por outro lado, seria interessante a possibilidade de o estudante formado no segundo grau já ter uma profissão técnica, muitas vezes bem remunerada e capaz de propiciar boas carreiras, em especial se conciliadas com educação continuada. Modelo bem-sucedido vem sendo adotado no Sesi-SP, cujos alunos do Ensino Médio podem fazer, simultaneamente, cursos do Senai-SP, aprendendo uma profissão. Estes estudantes têm condições de trabalhar em funções técnicas, suprindo a demanda de profissionais bem preparados nesse nível, enquanto cursam a universidade, da qual já sairão com maior bagagem e experiência.

A falta de recursos humanos qualificados, enfática neste momento de economia aquecida, exige que as grandes empresas mobilizem recursos significativos no treinamento e formação complementar de seus novos profissionais, suprindo, desse modo, a deficiência das políticas públicas da educação. As pequenas e microempresas e até as médias, contudo, não têm os mesmos recursos e meios para promover qualificação profissional. Este problema limita seu crescimento, modernização e prospecção do mercado externo, pois o talento humano é um dos fatores mais decisivos para o sucesso dos empreendimentos e dos negócios.
João Guilherme Sabino Ometto, engenheiro (EESC/USP), é vice-presidente da Fiesp, presidente do Grupo São Martinho e membro do Conselho Universitário da Universidade de São Paulo

Fonte: A Gazeta – Cuiabá – MT

Agência Sebrae

 

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Contabilistas vivenciam nova prática profissional

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Diário do Nordeste

O ano de 2010 marca o aniversário de 65 anos da criação do primeiro curso superior em Contabilidade, comemorado ontem. O momento é de significativas mudanças do setor no Brasil na opinião de profissionais da área. Dentre os fatores responsáveis pela alteração no trabalho e no perfil do profissional contábil, protagonizam essa mudança a convergência dos parâmetros técnicos contábeis e o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), os quais foram efetivados com mais intensidade no ano corrente. "Na necessidade iminente de uma economia globalizada, nós vivemos esse momento de internacionalização, que leva países a convergirem e se alinharem para facilitar as suas contabilidades", declara o contador e advogado tributarista José Carlos Fortes.

A obrigatoriedade de parte dos parâmetros técnicos contábeis foi instituída no começo de 2010 e José Carlos conta que foi a partir da criação da organização internacional não governamental e sem fins lucrativos IASB (International Accounting Standard Board), em 2001, que a convergência entre as normas técnicas utilizadas pelos profissionais do setor passou a ser pensada dentro da área em um patamar internacional. No Brasil, de acordo com ele, o marco foi a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis pela Conselho Federal de Contabilidade, em 2005, o qual veio a publicar interpretações, pronunciamentos e orientações técnicas e sobre a área contábil internacional elaboradas pelo IASB.

"Esse é um trabalho constante de aprimoramento da nova forma de fazer contabilidade", afirma. De acordo com ele, a utilização das mesmas regras na profissão ajuda as empresas, principalmente as que atuam em mais de um país, "na redução de riscos com os investimentos, na facilidade em comunicação entre os países em relação aos negócios de uma maneira em geral". "O que for apurado aqui no Brasil, vai ser de igual modo no exterior", garante.

Capacitação fundamental

Diante do novo cenário que surge na profissão e que é necessária para o enquadramento do profissional no mercado, o presidente do Conselho Regional de Contabilidade no Ceará (CRC), Cassius Coelho, destaca a capacitação como a principal alternativa para os futuros e os antigos contadores. "Na realidade, o mercado tem exigido do profissional contábil o que antes não exigia. Ele está migrando de uma ação mais burocrática para outra que tem importante atuação na gestão das empresas", avalia Cassius. Para Cassius, o profissional contábil tem de investir em sua qualificação e capacitação e, com isso, agregar conhecimentos externos à contabilidade, aumentando o valor do seu trabalho.

Perspectiva
"O contador está migrando de uma ação burocrática para uma ação de gestão."
Cassius Coelho

Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Ceará

"É um trabalho constante de aprimoramento da forma de fazer contabilidade"
José Carlos Fortes
Contador e advogado
 
Fonte: www.diariodonordeste.globo.com

CFC

 

Perspectivas contábeis para os países do Mercosul

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Jornal do Comércio - RS

Integração entre profissionais, professores, pesquisadores e estudantes da área contábil, com vistas à discussão da atualidade e das perspectivas do conhecimento e das práticas contábeis no Brasil e no exterior, é um dos objetivos do VI Simpósio de Contabilidade do Mercosul. O evento começou ontem e se estende até o dia 24 de setembro em Ijuí. É uma promoção do Departamento de Economia e Contabilidade da Unijuí em parceria com o Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul e Delegacias Regionais de Ijuí, Panambi e Três Passos.

Segundo o coordenador-geral do evento, o contador e professor Irani Paulo Basso, o encontro vai discutir as perspectivas e rumos dos cursos, da formação e atualização dos profissionais da área, tantos os que já atuam quanto os que estão em formação. Simultaneamente, acontecem eventos agregados, como o V Seminário de Assuntos Contábeis do CRC-RS, no dia 22, o X Seminário da Acopergs, dia 22, e o Seminário Regional de Gestão Pública: Dez Anos da Lei de Responsabilidade Fiscal, nos dias 23 e 24. Mais informações podem ser obtidas na secretaria do Departamento de Economia e Contabilidade, no telefone (55) 3332-0480 ou pelo e-mail decon@unijui.edu.br 

JC Contabilidade - Como a integração para as normas internacionais está impactando a Contabilidade dos demais países do Mercosul?

Irani Paulo Basso - Historicamente, há muitas diferenças em termos contábeis entre os países do Mercosul. O Brasil foi um dos que iniciou, logo no começo da construção do bloco, os contatos com as demais nações para buscar uma certa harmonização de procedimentos contábeis que pudessem ser comuns, especialmente com Argentina, Paraguai e Uruguai. Alguns países da América Latina estão há tempo adotando pura e simplesmente os padrões internacionais, outros um maior ou menor grau de compatibilização e ou pura e simplesmente estão seguindo seus normativos próprios. No Brasil, pelo que se percebe, está a substituição de normas brasileiras de contabilidade até então próprias pelas ditas normais internacionais (IFRS), através da tradução do inglês para o português.

Contabilidade - O simpósio terá uma série de eventos paralelos. Qual a importância desses encontros e quais serão os principais temas a serem debatidos?

Basso - O Simpósio de Contabilidade do Mercosul desde o início procurou ser um evento no Interior com abrangência para reunir o maior número possível de grupos de interessados na discussão de temas emergentes no meio contábil, como estudantes, professores, pesquisadores e profissionais da contabilidade.Nessa sexta edição, o foco está direcionado para a Contabilidade aplicada ao setor privado e público, com um tema comum que é a convergência contábil aos padrões internacionais de contabilidade, assunto também estabelecido como prioridade pelo Conselho Federal de Contabilidade e, por conseguinte, pelos conselhos regionais de Contabilidade. Agregou-se, nessa edição, o tema Os Dez Anos da Lei de Responsabilidade Fiscal, mais direcionado ao setor público, mas também de interesse acadêmico dos cursos de Ciências Contábeis, Direito e Gestão Pública, bem como aos membros dos Poderes Executivo e Legislativo que manifestaram interesse no debate dessa temática.

Contabilidade - O que essa edição do simpósio tem de diferencial e o que ficará de prático ao final do evento?
Basso - O diferencial é a temática da convergência contábil, o viés da temática da sustentabilidade socioambiental nas organizações e a responsabilidade do profissional contábil com essas duas temáticas. Outro assunto a ser abordado é  os avanços da Lei de Responsabilidade Fiscal no setor público. De prático, fica a oportunidade que os participantes terão de ouvir, debater e tirar conclusões dentro das temáticas que serão objeto de abordagem nos diferentes momentos do Simpósio, além da certeza de que a Contabilidade continua sendo uma ciência em evolução na busca da satisfação de seus usuários em termos de informações para suas diferentes formas e instâncias de decisões, onde se inclui um segmento chamado sociedade.

Contabilidade - Como é a abordagem do ensino sobre a contabilidade pública dos cursos de graduação?

Basso - Todos os cursos de Ciências Contábeis devem contemplar componentes curriculares que abordem a Contabilidade aplicada ao setor público, como planejamento e orçamento público e a contabilidade pública. Mesmo assim, o formando acaba por ter uma abordagem mínima na área diante da complexidade de aplicação. Fica por conta do interesse do acadêmico dirigir seus estudos de aprofundamento - estágios e trabalhos de conclusão - buscando, então, ampliar sua formação na área para fins de concurso público ou atuação na área se já for servidor público.

Contabilidade - A falta de qualificação reflete nas entidades públicas? Em que esfera ocorre o maior impacto?
Basso - No setor público, a falta de qualificação geralmente leva a um trabalho meramente burocrático, ou seja, responde a questões de relatórios contábeis gerados por sistemas de processamento de dados exigidos pelos órgãos fiscalizadores. Já nos entes públicos em que os profissionais são mais bem qualificados e estão em busca de uma maior qualificação técnica, percebe-se o acréscimo pessoal com informações contábeis-gerenciais que agregam qualidade nas decisões dos gestores públicos e da própria sociedade. A transparência do setor público passa necessariamente pelo grau de comprometimento dos profissionais da contabilidade que atuam no setor público, especialmente nos municípios e também isso depende muito do grau de qualificação desses profissionais.

Fonte: Jornal do Comércio - RS

CFC

 

"Nova" contabilidade do setor público

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DCI

 

Com o advento das Normas Internacionais de Contabilidade, os candidatos eleitos terão de adotar postura semelhante à do meio empresarial com o denominado IFRS (International Financial Reporting Standard - Padrões de Relatórios Financeiros Internacionais). Este novo padrão de Contabilidade Pública, também conhecido por Ipsas (International Public Sector Accounting Standards - Norma Internacional de Contabilidade para o Setor Público), dará maior visibilidade à situação patrimonial da União, Estados e municípios, afinal o que é registrado por um valor reduzido, passará a ser contabilizado por um valor mais próximo da realidade. Além disso, os compromissos públicos terão que ser calculados e registrados no novo modelo de balanço, fato que poderá revelar qualquer indício de desmando do dinheiro público.

 

A Contabilidade Pública registra a previsão de receitas e a fixação de despesas, estabelecidas no Orçamento aprovado para cada exercício, controla as operações de crédito, a dívida ativa, os valores e as obrigações. Além disso, mostra o valor do patrimônio e revela as variações patrimoniais. É por meio da Contabilidade Pública que iremos interpretar informações acerca da evolução e da situação orçamentária, financeira e patrimonial do governo federal, dos estados e dos municípios.

 

A adoção das Normas Internacionais de Contabilidade será obrigatória, em 2012, para a União e Estados, e para os municípios, em 2013, porém é permitido legalmente que os Estados antecipem o processo, a partir deste ano. Acre, Recife, Pernambuco e Santa Catarina já estão avançando rumo à transição e pode ser que eles antecipem o processo já a partir 2011, o que é permitido legalmente a partir de 2010. Para aderir as novas normas, esses Estados aguardam que a STN (Secretaria do Tesouro Nacional) divulgue um plano de contas mais estabilizado para o setor público, o que está previsto para acontecer em outubro.

 

O objeto de qualquer Contabilidade é o patrimônio, seus fenômenos e variações, tanto no aspecto quantitativo, quanto no qualitativo. Mas a Contabilidade Pública não está interessada apenas no patrimônio e suas variações, mas, também, no orçamento e sua execução, que é a previsão e arrecadação da receita, a fixação e a execução da despesa. O demonstrativo financeiro do setor público vai ficar muito parecido com o publicado pelas empresas nos jornais, com balanço patrimonial e demonstrações de resultado e de mutação do patrimônio líquido. As receitas e despesas, obrigatoriamente, serão lançadas pelo regime de competência, e não mais de um caixa.

 

Pelo atual modelo de caixa, o patrimônio governamental fica oculto e com o advento das Normas Internacionais para o setor público, esse cenário vai mudar: os ativos como edifícios, equipamentos, máquinas, terrenos, móveis e imóveis, além dos bens de uso público como praças eparques terão seu valor calculado e registrado no balanço governamental. Para a sociedade, o real valor desses bens representa obter registro confiável do patrimônio e para a tomada de decisões nas políticas públicas. Além disso, obterá uma visão mais real e abrangente dos custos no setor público.

 

Com a adoção dos Ipsas, os cálculos financeiros de uma entidade do setor público ficarão semelhantes aos demonstrativos publicados pelas empresas nos jornais, com evidência de resultado do exercício, balanço patrimonial e mutação do patrimônio líquido. Da mesma forma que na iniciativa privada, as despesas e receitas no setor público serão lançadas, obrigatoriamente, pelo regime de competência e não mais de caixa. No regime de competência, o registro do documento se dá na data do fato gerador, ou seja, na data do documento, não importando quando será feito o pagamento ou o recebimento. Já o regime de caixa considera o registro de documentos quando estes forem pagos, recebidos ou liquidados, como se fosse uma conta bancária. Para medir os resultados é recomendável que as companhias e entidades utilizem o regime de competência, que considera vendas efetuadas, despesas realizadas e depreciação dos bens, que parece não ser importante, mas é, já que no futuro esses bens precisarão ser repostos.

 

Fonte: DCI

CFC

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cobrança ilegal pode excluir contadores do Simples

Notícias

 

ClickPB


A Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias e Informações e Pesquisas (Fenacon) está alertando os contadores paraibanos que optaram pelo Simples Nacional e que permanecem cobrando ilegalmente taxas e honorários pelo registro do Empreendedor Individual.

"As entidades de classe dos contadores tomarão medidas cabíveis para enviar as denúncias à Receita Federal com a finalidade de excluir o nome desses contadores do Simples Nacional. Além de desvio ético profissional, eles estão em desacordo com a legislação em vigor quando optaram pelo Simples", declarou o vice-presidente nacional da Fenacon, Edson Oliveira da Silva, que participou, em João Pessoa, de um debate sobre os três anos de entrada em vigor do Simples Nacional. O evento foi promovido pelo sistema Sescap/Sescon e Sebrae.

De acordo com a legislação, os escritórios de contabilidade que optaram pelo regime unificado do Simples Nacional são obrigados a registrar gratuitamente os empreendedores individuais no Portal do Empreendedor. O serviço de envio da primeira declaração anual dessas empresas também não poderá ser cobrado pelos contadores.

O Empreendedor Individual é aquele que trabalha por conta própria, sem sócios, com faturamento de até R$ 36 mil no ano e faz de sua profissão um micronegócio. A nova categoria é formalizada gratuitamente pela internet.

Para o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado (Sescon), José Roberto Cavalcanti, o registro do Empreendedor Individual na internet é bem simples e os contadores devem ser facilitadores desse serviço e entender essas formalizações como futuros clientes.

"Defendemos que a classe contábil perceba esses empreendedores individuais como clientes futuros e não de forma imediatista. Sabemos que o bom atendimento hoje e de forma gratuita vai garantir um diferencial para uma carteira de clientes mais ampla nos próximos anos, quando essas mesmas empresas começarem a crescer. A lógica é que esses proprietários procurem os escritóros que prestaram um serviço profissional com atenção e qualidade", revela José Roberto.

Para a Fenacon, a classe contábil tem papel fundamental na orientação dos novos empresários e empreendedores. "Além da forte adesão ao Simples Nacional com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresas, vivemos atualmente um momento de forte crescimento econômico e a abertura de empresa tende a crescer no país nesse período, porém, é preciso que essa orientação seja esclarecedora e para os candidatos a empresário", revelou o vice-presidente nacional da entidade.

A gestora de políticas pública do Sebrae Paraíba, Bera Wilson, diz que o Sebrae vem recebendo denúncias de cobrança de registro do Empreendedor Individual, principalmente do interior do Estado, onde a fiscalização ainda é menos intensa. "É preciso que esses profissionais entendam que serviço gratuito e voluntário aos empreendedores individuais é uma contrapartida por optarem pelo Simples Nacional", revelou.

Fonte: www.fenacon.org.br

CFC

 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Escolas internacionalizam programas de pós-graduação

Notícias

 

Valor Econômico

Por Vívian Soares - De São Paulo

Os investimentos na internacionalização da pós-graduação em economia e administração da Universidade de São Paulo (USP) e da Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/RJ) fizeram com que ambas as instituições conquistassem as notas máximas na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O órgão, responsável por conceituar a cada três anos os programas de pós-graduação em todo o país, conferiu a nota 7 aos cursos que atingiram o nível máximo de desempenho em referência e inserção acadêmica internacional.

A Capes avaliou 2.718 programas de pós-graduação em todo o Brasil, sendo 50 de Economia, 65 de Direito e 100 de Administração e Contabilidade. Os cursos que compuseram o ranking atingiram, no mínimo, a nota 3 - abaixo desse nível, os programas são recomendados a fechar. Na avaliação dos coordenadores da Capes, o desempenho dos cursos é resultado de um movimento geral de melhora na qualidade das instituições. "Houve mais avanços que recuos. A média está maior do que nos últimos três anos", afirma o coordenador da área de administração e contabilidade da Capes, João Luiz Becker.

O único programa de pós-graduação em administração que atingiu a nota 7 foi o da USP. A universidade ganhou ainda a nota 6 nos cursos de contabilidade, a mais alta da área. De acordo com o pró-reitor de pós-graduação da USP, Vahan Agopyan, o conceito foi resultado de investimentos da Faculdade de Economia e Administração (FEA) em internacionalização. "Buscamos atingir padrões globais como estratégia para alcançar a excelência", afirma.

Nove programas cresceram na classificação da Capes. Um deles foi o da Universidade Nove de Julho (Uninove), que atingiu a nota 5, considerada ponto de partida para o nível de excelência e internacionalização, representado pelas notas 6 e 7. A estratégia de melhora da instituição passa pela decisão de promover mestrado e doutorado gratuitos desde 2008. "Essa mudança abriu as portas aos melhores alunos, elevando a qualidade do corpo discente e também a avaliação da instituição", afirma Emerson Maccari, diretor do mestrado profissional em administração da Uninove.

Nos cursos de economia, a nota 7 foi obtida somente pela USP e pela FGV/RJ. Oito programas de pós-graduação na área, porém, tiveram aumento de nota. O coordenador da área de economia da Capes, Francisco de Sousa Ramos, explica que a boa qualidade das instituições aumenta o nível da avaliação de uma maneira geral. "Todos os programas têm feito esforços. A média tem subido a cada triênio, tornando a avaliação cada vez mais exigente."

m exemplo é a Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. O diretor da Escola de Pós-Graduação em Economia da FGV/RJ, Rubens Penha Cysne, ressalta que o foco em pesquisa, o elevado número de publicações em revistas científicas estrangeiras e a excelência no ensino formaram um tripé que garantiram a boa colocação da universidade. Além da nota 7 da Capes, a FGV/RJ aparece no ranking internacional da Universidade de Pilburg, na Holanda, como o melhor centro de pós-graduação em economia da América do Sul.

A FGV/RJ pretende ministrar aulas em inglês a partir de 2011, começando pelo doutorado. "As aulas em português dificultam a atração de estudantes de outros países. Internacionalizar esse público aumentará a competitividade da universidade em relação às melhores do mundo", afirma Cysne.

Fonte: CFC

 

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Exame de Suficiência: saiba o que pretende o CFC

Notícias

Por Tiago Vieira

Redator do Portal da Classe Contábil

São muitas as dúvidas com relação ao Exame de Suficiência para o exercício da atividade contábil no Brasil, que será realizado em março de 2011. Pensando nisso, o Portal da Classe Contábil, conversou com exclusividade com Maria Clara Cavalcante Bugarim, vice-presidente de desenvolvido profissional e institucional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Na entrevista, a vice-presidente fala da importância do exame, do método e conteúdo que serão exigidos, além de outras informações importantes para os que se submeterão ao Exame.

Tuiteiros e usuários do Portal puderam colaborar enviando suas perguntas. Confira!

Portal da Classe Contábil (PCC): Qual a importância do Exame de Suficiência para a classe contábil?

Maria Clara Cavalcante Bugarim (MCCB): O Exame é de extrema importância, uma vez que a preocupação maior dos sistemas CFC e CRC's (Conselhos Regionais de Contabilidade) é com a qualidade do serviço profissional, visando acima de tudo proteger a Sociedade e para isso o Exame é um excelente instrumento.

PCC: Quem precisará se submeter ao Exame de Suficiência?

MCCB: Todos aqueles que querem exercer a profissão contábil e que, por algum motivo não se registraram nos CRC's até o dia 29 de outubro de 2010.

PCC: A senhora acredita que os profissionais submetidos ao Exame estão preparados?

MCCB: Os que forem aprovados mostrarão que estão aptos para o exercício profissional. É uma questão de educação continuada e, estar preparado para o exame é estudar diariamente.

PCC: Na sua opinião, alguém pode ser prejudicado pelo Exame?

MCCB: Eu realmente acredito que não. Ninguém pode se sentir prejudicado por demonstrar que não está preparado para exercer sua profissão. De repente, alguém pode se sentir prejudicado pela instituição (de ensino superior) que o aprovou sem que esse alguém tivesse o conhecimento necessário.

PCC: Com a volta do Exame, como ficará a situação dos técnicos de contabilidade?

MCCB: Todos os técnicos que tenham concluído seus cursos até 2015, poderão obter o registro. Após esse prazo, profissionais de nível médio não poderão mais exercer a contabilidade.

PCC: Uma dúvida comum de estudantes e profissionais de contabilidade é quanto ao o modelo de prova que será adotado.

MCCB: Quanto a isso, nós indicamos que os candidatos acessem o site do Conselho Federal de Contabilidade e analisem os dez exames anteriores, pois seguiremos a mesma metodologia, já que ela foi muito bem aceita pela categoria.

PCC: Alguns professores e alunos de contabilidade revelaram ao Portal uma preocupação com o conteúdo da prova: a possível ênfase em assuntos pertinentes ao direito.

MCCB: O conteúdo será atualizado e estará em consonância com a necessidade mínima para se exercer a profissão contábil no mercado de trabalho. Portanto, a ênfase do conteúdo é a contabilidade e não o direito ou qualquer outra área do conhecimento. Como eu falei anteriormente, as provas anteriores são um grande norte para quem pretende estudar.

@tiagogiordano:Técnicos e bacharéis de contabilidade serão submetidos a mesma prova?

MCCB: As provas serão diferentes, com conteúdos programáticos diferentes respeitando as prerrogativas de cada área de atuação. Com relação ao bacharel, ele precisará demonstrar conhecimento mais amplo, uma vez que o técnico de contabilidade, por força legal, não pode exercer perícia contábil, Auditoria e análise de balanço, por exemplo.

PCC: E o Exame será realizado em quantas fases?

MCCB: Será realizado em uma única fase no mesmo dia em todos os estados da Federação.

PCC: Quanto a elaboração, aplicação, fiscalização e aplicação da prova, quem serão os responsáveis?

MCCB: No Conselho Federal foram criadas duas comissões. Uma comissão, que chamamos de comissão estratégica, vai supervisionar todo o exame. Eu coordeno essa comissão como vice-presidente de desenvolvimento profissional e institucional do CFC. A outra comissão, que operacionalizará o exame, vai realmente fazer a prova e, é submetida a nossa comissão. Qual é a ideia? Um grupo faz a prova e nós vamos analisar, referendar e aprovar todo o conteúdo. A partir daí a aplicação vai se dar por parte de todos os Conselhos Regionais de Contabilidade. A exemplo dos exames anteriores, os CRC's ficam responsáveis pela aplicação.

PCC: Então todo o processo do Exame de Suficiência estará sob a responsabilidade do CFC?

MCCB: Sim, a responsabilidade é totalmente do CFC. Porém, quanto a aplicação estamos considerando a possibilidade de contarmos com o apoio da Fundação Brasileira de Contabilidade em conjunto com os Conselhos Regionais. Lembrando que a elaboração da prova é de responsabilidade do CFC.

@kelinesales : Caso a pessoa perca a data do exame, qual será o prazo para refazê-lo e quais os custos?

MCCB: O exame vai acontecer duas vezes no ano, no 1° e no 2° semestre. O primeiro exame será realizado em março de 2011. Então quem perder o primeiro poderá fazer no próximo, ou seja, no 2° semestre. Quanto aos custos, nós ainda não temos essa informação.

Aretha, Ceará: Em sua opinião, o Exame de Suficiência da classe contábil se equipara ao de outras classes, como o da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por exemplo?

MCCB: Com certeza! Só há uma diferença. O nosso exame, desde a primeiro edição, é realizado sempre no mesmo dia e na mesma hora, cobrando sempre o mesmo conteúdo programático para todo o Brasil. Diferente da OAB que só adotou esse mecanismo recentemente. Infelizmente, assim como acontece com o exame da OAB, os resultados demonstraram que o problema não é com o exame, e sim com o ensino.

PCC: Diante dessa realidade de deficiência do ensino superior, o CFC tem algum projeto ou Ação para minimizar tais deficiências?

MCCB: No final do ano de 2009, nós conseguimos uma vitória muito grande que foi a assinatura de um termo de cooperação mútua com o Ministério da Educação. Esse termo será colocado em prática a partir desse segundo semestre de 2010. O CFC terá condições de emitir um parecer subsidiando o MEC a respeito da qualidade de alguns cursos. Esse parecer será emitido quando uma faculdade abrir um curso de Ciências Contábeis ou precisar revalidá-lo. Lembrando que o CFC não tem força nem poder para interditar nenhum curso. Nosso parecer apoiará o MEC para que tome as devidas decisões.

PCC: A senhora tem mais alguma consideração importante a fazer?

MCCB: Só lembrando que o dia 29 de outubro é o prazo limite para quem já conclui seu curso e pretende exercer a profissão sem se submeter ao Exame de Suficiência. Após essa data, será suspensa a emissão do registro até que o profissional seja aprovado no exame.

Sobre a entrevistada:

No ano de 1996, a contadora alagoana Maria Clara Cavalcante Bugarim ingressou no Sistema CFC/CRCs, assumindo a vice-presidência do Conselho Regional de Contabilidade de Alagoas (CRCAL). Aos 27 anos, assumiu a Diretoria de Contabilidade e Finanças do Instituto Alagoano de Previdência e Assistência Social (IPASEAL) e, em 1991, foi empossada no cargo de auditora-geral do Estado.

A contadora foi presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Alagoas de 1998 a 2001 e, após quatro anos de mandato, foi eleita conselheira suplente do Conselho Federal de Contabilidade (2002/2003). Tomou posse, em 2002, como presidente da Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC) e, em 2004, passou a conselheira efetiva do CFC.

Após 10 anos de atuação no Sistema CFC/CRCs, Maria Clara Cavalcante Bugarim chegou a Presidência do Conselho Federal para o biênio 2006/2007. Em janeiro de 2008, foi reeleita presidente do CFC, para o biênio 2008/2009.

Fonte: Classe Contábil

 

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