Palavras do Mestre dos Mestres

Palavras de despedida do Professor Antonio Lopes de Sá no X Prolatino, realizado em novembro de 2009.

“Eu não sei quanto tempo de vida me resta. Quem me criou também determinará, naturalmente, a hora em que serei convocado para outras missões. Posso ver, nesse poente da vida, muitas coisas. Eu dediquei feriados, dias santos, horas que roubei da família para dedicar a vocês. A minha última palavra é: “Enquanto um sopro de vida me restar, ele será de vocês”. Não sou candidato a nada. Não é discurso político, mas quero estar no coração de vocês”.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Momento é de consolidar educação a distância

Notícias

Coordenador do Programa Univesp diz que sistema atinge maturidade no País e precisa ser aperfeiçoado

Dilma Tavares

Divulgação

Waldomiro Loyolla: ensino a distância oferece alternativas não disponíveis no modelo presencial

Brasília - Do rádio à internet, são muitas as possibilidades de estudo a distância que permitem ao aprendiz flexibilidade de horário e local para aprendizagem, metodologias mais interessantes e perspectivas de ser visto de maneira diferenciada pelo mercado de trabalho. É o que observa o especialista em educação a distância (EAD) e coordenador técnico do Programa Univesp - Universidade Virtual do Estado de São Paulo, Waldomiro Loyolla. Para ele, vivemos um momento de consolidação e melhor aproveitamento dos avanços tecnológicos e metodológicos.

Agência Sebrae – Quais as perspectivas do aprendiz para estudar a distância diante do cenário oferecido pela tecnologia da informação e comunicação?

Waldomiro Loyolla - A educação a distância é mediada por tecnologia. Ela oferece uma série de alternativas que não existem  no ensino presencial. Para o aluno, há grande flexibilidade geográfica e temporal. Ele pode receber as informações no lugar e na hora de sua conveniência. Essas duas flexibilidades são de muita importância para permitir o acesso ao ensino para quem não tem condições de frequentar regulamente o ensino presencial.

ASN - Como se pode estudar a distância hoje em dia?

WL - A internet oferece amplas possibilidades, mas ainda há muita educação a distância feita mundo afora via correio, rádio e televisão. Tudo depende do público-alvo. Em regiões mais remotas, o rádio é muito usado.

ASN- As possibilidades pedagógicas aumentam com a internet?

WL - Com a tecnologia, em especial da internet, quer seja na educação a distância ou no próprio ensino presencial, você pode fazer uma visita virtual a um museu, a uma localidade geográfica interessante. Consegue-se interagir com personalidades que estão em outros países e que não poderiam conversar pessoalmente com os alunos. Há uma série de alternativas pedagógicas que anteriormente não se dispunha.

ASN - No ensino a distância o aprendiz tem acesso a metodologias mais interessantes do que no presencial?

WL - No geral, sim. Sabemos que o ensino presencial continua sendo um professor na frente da sala, falando para a turma, normalmente utilizando uma lousa ou retroprojetor. Na educação a distância, tem-se usado muito mais intensamente a tecnologia por causa das necessidades da área. Nossa esperança é que todas essas tecnologias e suas metodologias associadas também sejam aplicadas no ensino presencial.

ASN- A educação a distância ampliou o ensino no País ?

WL - Muito. Nos últimos anos, o número de matrículas, em especial no ensino superior, que era uma grande deficiência no Brasil, tem aumentado enormemente. A gente tem uma experiência de êxito que é a Universidade Aberta do Brasil, desenvolvida pelo Ministério da Educação. Há exemplos estaduais, como a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), que é uma forma de atender pessoas que nunca poderiam fazer o curso presencial.

ASN - Qual o papel da educação a distância na área empresarial?

WL - No mundo corporativo, particularmente no Brasil, a educação a distância avançou muito mais do que no mundo acadêmico em termos de adesão e em números de participantes. O Censo Brasileiro de Educação a Distância, editado anualmente pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), mostra isso. Lógico que o curso regular demora mais do que os do mundo corporativo.

ASN - Isso se reflete em crescimento para os profissionais e para as empresas?

WL - Não tenho conhecimento de pesquisas científicas ou paracientíficas para identificar isso nas corporações. Porém, alguns fatos chamam a atenção. Há agências de emprego que dão preferência a alunos que tenham feito algum curso com metodologia a distância, por entenderem que são pessoas mais autônomas, que tomam decisões mais rápido.

ASN- Quais os cuidados que o aluno do ensino a distância e a instituição que oferece o curso devem ter diante das flexibilidades de local e horário para estudo?

WL - O aluno precisa ter significativo cuidado com a disciplina própria para atender regularmente às necessidades de ensino. O fato de ter flexibilidade temporal e geográfica não o exime de todas as atividades demandadas pelo curso. E a instituição que oferece este curso precisa adotar uma metodologia que não replique o ensino presencial e que permita o acompanhamento próximo do aluno, de forma a descobrir e sanar suas dificuldades antecipadamente.

ASN - Como o aprendiz pode saber se o curso a distância oferecido é de qualidade?

WL - Temos duas grandes trilhas para essa avaliação, que são as mesmas adotadas para o ensino presencial. A primeira, um tanto intuitiva, supõe que se a instituição é seria e prima pela qualidade no ensino presencial, isso também ocorre no ensino a distância. A segunda é a do formalismo, que leva em conta as avaliações regulares feitas pelo Ministério da Educação junto às instituições de ensino.

ASN - O que há de novidades em termos de educação a distância que o interessado pode aproveitar ou já ir se preparando para utilizar?

WL - Estamos num momento de maturidade da educação a distância no Brasil. Agora é hora de consolidar o que já se tem. O aparato tecnológico está instalado e, até onde tenho conhecimento, não há grandes novidades nas abordagens metodológicas. Acredito que passamos do momento de ter novidade para o momento da consolidação, de aperfeiçoamento e de melhor aproveitamento das grandes vitórias.

ASN - Mas não há nada de inusitado vindo por aí?

WL - Nos Estados Unidos, já existe doutorado em cirurgia cardíaca que usa a metodologia de ensino a distância, mais comumente naquilo que eles chamam de tele-medicina. No Brasil, temos sido muito mais conservadores. Entendo que, com o passar do tempo, iremos evoluindo. E se as tecnologias de pós-graduação em cirurgia cardíaca já estão acontecendo lá fora, acredito que em breve teremos aqui.

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Fonte: Agência Sebrae

 

 

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