Palavras do Mestre dos Mestres

Palavras de despedida do Professor Antonio Lopes de Sá no X Prolatino, realizado em novembro de 2009.

“Eu não sei quanto tempo de vida me resta. Quem me criou também determinará, naturalmente, a hora em que serei convocado para outras missões. Posso ver, nesse poente da vida, muitas coisas. Eu dediquei feriados, dias santos, horas que roubei da família para dedicar a vocês. A minha última palavra é: “Enquanto um sopro de vida me restar, ele será de vocês”. Não sou candidato a nada. Não é discurso político, mas quero estar no coração de vocês”.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Como se tornar um Contador diferenciado no mercado de trabalho?

Artigo

 

A pergunta acima pelo menos uma vez já se passou pela cabeça de todos os profissionais contábeis. Para responder esta questão, vamos ao nosso dia a dia.

 

Quando você profissional de um escritório de contabilidade ou de uma determinada empresa chega para trabalhar na segunda feira, qual o seu primeiro pensamento? A resposta de muitos é: “Que essa semana termine bem rápido”. Se na terça feira a luz acabar no escritório qual é a sua reação? Muitos iriam dar graças a deus e rezar para a Luz não voltar. Na sexta feira qual o seu maior desejo? “Essa resposta seria unanime. “Que o dia acabe logo! Amanhã é sábado.

 

Após efetuar a análise acima, vou fazer novamente a pergunta: Como se tornar um Contador diferenciado no mercado de trabalho? Um Contador diferenciado no mercado de trabalho, é aquele profissional que veste a camisa da empresa, valoriza o trabalho, procura ser objetivo, porém tenta conhecer todas as variáveis para tomar alguma decisão, é diferenciado, valorizado, ajuda a todos, já que seu trabalho é fruto da união entre departamentos. Esses são alguns pontos essenciais para obter êxito na profissão.

   
Conhecer línguas, ser graduado e fazer uma pós-graduação hoje não são diferenciais, são apenas requisitos para concorrer a uma vaga de trabalho, porém ser determinado, conhecer bem a área que trabalho é diferencial.   

Será que é tão difícil ser um profissional diferenciado? Por que todos nós não somos profissionais diferenciados? Existe alguma receita para ser esse profissional?

 

As respostas para as perguntas acima já foram respondidas por nós mesmos, quem nunca tentou se destacar no trabalho? Quem não gosta de receber elogios? Porém muitas vezes nos desanimamos e acabamos sendo profissionais normais, efetuando apenas as rotinas e querendo que a semana acabe mais rápida.  O não reconhecimento do nosso trabalho nos leva a ser apenas um empregado e não um empreendedor.

Para mudar a situação, você leitor, vai começar a partir de hoje fazer o seu máximo, esquecer os elogios, os mesmos podem não vim, porém alguém vai estar te observando e em algum momento você será reconhecido. A semana vai ser levada como uma oportunidade de se destacar, na segunda feira quando chegar ao trabalho você vai olhar para o lado e pensar: “tenho uma nova semana para me destacar e ser um profissional diferenciado”.

 

Nem sempre conseguimos o êxito na primeira tentativa, porém quando nos esquecemos de olhar para trás e olhamos diretamente para o horizonte, enxergamos grandes oportunidades.

 

Autor: Carlos Alberto R O Junior

Fonte: Classe Contábil

Relatório do BC aponta detalhes da fraude no PanAmericano

Notícias

 

Valor Econômico

 

Rombo: Banco informava R$ 1,6 bi em créditos cedidos e compradores apontavam R$ 5,5 bi


Cristine Prestes | De São Paulo 

 

O relatório preliminar do Banco Central (BC) sobre o rombo no Banco PanAmericano, concluído no ano passado, apontou para um desequilíbrio patrimonial de R$ 2,0786 bilhões no banco e de outros R$ 312,4 milhões na PanAmericano Administradora de Cartões de Crédito Ltda., somando R$ 2,39 bilhões. Até agora, os detalhes do rombo que motivou o aporte de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Crédito em novembro não haviam vindo à tona. A descrição detalhada encontra-se em documento ao qual o Valor teve acesso e que aponta inconsistências relevantes na cessão de créditos da instituição.

 

Segundo o BC, enquanto o banco de Silvio Santos informava um total de R$ 1,60 bilhão em carteiras de crédito cedidas, os bancos compradores dessas carteiras informavam que esse total era de R$ 5,59 bilhões.

Os problemas não se restringiram às informações desencontradas sobre o valor das carteiras cedidas e compradas. O PanAmericano também apresentava informações conflitantes em seus balanços em relação a essas carteiras. Enquanto em um determinado mês algumas delas eram apresentadas como cedidas, em outras voltavam a fazer parte da carteira de créditos do banco - sem, no entanto, haver registro de qualquer recompra dos créditos. Segundo o relatório do BC, os ativos inexistentes no balanço do banco por causa dessas operações somavam R$ 1,4 bilhão.

 

Outra fonte dos problemas contábeis do PanAmericano foi a forma de contabilização de contratos de empréstimo. Em alguns casos em que os tomadores de créditos estavam inadimplentes, esses valores devidos deveriam ter sido baixados da carteira de crédito e colocados na conta "bens não de uso próprio", que incorpora as garantias dadas nos empréstimos e assumidas pelo banco. Da mesma forma, há situações em que os contratos foram quitados antes de seu vencimento pelos clientes, mas que as parcelas futuras continuavam a fazer parte das carteiras de crédito, que eram cedidas. E, em uma terceira situação, saldos devedores refinanciados foram mantidos como cedidos. Somente esses três tipos de problemas nos contratos envolvem a quantia de R$ 673,7 milhões.

 

No caso da administradora de cartões de crédito do PanAmericano, a fiscalização do Banco Central apurou que rombo chega a um total de R$ 312,4 milhões, decorrente de perdas em carteiras que não foram contabilizadas.

O relatório produzido pelo Banco Central foi encaminhado à Polícia Federal, que abriu um inquérito para investigar supostos crimes financeiros cometidos pelos executivos que estavam no comando do PanAmericano até o fim do ano passado.

 
Suposto desvio pode envolver contratos com companhias de diretores do banco 

 

Uma das teses que surgiram durante as investigações que apuram as causas do rombo na contabilidade do Banco PanAmericano é a de que alguns de seus ex-diretores tenham desviado recursos da instituição - e que o modus operandi desses desvios teria sido a celebração de contratos entre empresas do grupo de Silvio Santos e companhias cujos sócios são esses executivos.

 

O Valor apurou que no decorrer das investigações realizadas pelo Banco Central (BC) e pela Polícia Federal (PF) foram identificados contratos fechados entre o PanAmericano e empresas ligadas aos ex-diretores. Um dos alvos principais dessas investigações, segundo fontes ouvidas pela reportagem, é o ex-presidente do banco, Rafael Palladino.

 

Palladino trabalhava no banco de Silvio Santos desde 1991 e foi afastado em meados de novembro, após a descoberta de irregularidades no balanço da instituição. Embora ocupasse o posto de diretor superintendente do PanAmericano, Palladino é sócio de diversas empresas registradas na Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) e no Departamento de Estado da Flórida.

 

Na junta paulista o executivo tem dez empresas registradas, algumas em seu nome, outras em conjunto com sua esposa, Ruth Ramalho Palladino, e as demais têm como sócias outras companhias de sua propriedade. Dessas, três são postos de combustíveis, uma de transporte de cargas, duas de eventos e promoções, uma de negócios imobiliários e as demais de participações de investimentos.

 

Já as três companhias registradas por Palladino na Flórida - a Artech 526 LLC, a Ivy PH5 LLC e a Max America of Florida LLC - foram registradas entre o segundo semestre de 2009 e o fim de 2010. Em nome delas estão dois imóveis localizados em condomínios de luxo em Miami Beach, que foram adquiridos por pouco menos de US$ 2 milhões.

 

Não se sabe, até o momento, se há alguma medida tomada pelas autoridades brasileiras para pedir à Justiça americana o bloqueio das propriedades de Palladino em nome de suas empresas no exterior. No Brasil, no entanto, o Valor apurou que quatro de suas empresas - a Max Control Evento e Promoção, a Max América Participações, a Max América Negócios Imobiliários e a RCF - Administração e Participações - tiveram suas contas bancárias bloqueadas por decisão da Justiça Federal. A suspeita é a de que tenha havido desvio de recursos do PanAmericano por meio dessas companhias mediante a prestação de serviços. As contas de Palladino e de outros quatro diretores e três funcionários do PanAmericano investigados também foram bloqueadas.

 

Procurado pela reportagem, Rafael Palladino informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que dará entrevistas somente após prestar depoimento à Polícia Federal e à Justiça. (CP)

 

Fonte: CFC

 

Balanços vêm com lucros até 40% maiores

Notícias

Valor Econômico


Fernando Torres | De São Paulo 

 

A temporada de divulgação de balanços de 2010, que começa na segunda-feira com Bradesco e Totvs, vai espalhar otimismo. As companhias abertas devem apresentar crescimento médio próximo de 40% no lucro líquido anual. O BTG Pactual, que fez a estimativa com base em um universo de 112 empresas, aposta nesse índice. O Credit Suisse, que acompanha um grupo de cem empresas, prevê um número um pouco menor.

 

Em matéria de lucro e faturamento, o quarto trimestre foi tão bom quanto os três anteriores de 2010. Sugerem isso as prévias operacionais de diversos grupos, entre eles Pão de Açúcar, PDG, Cyrela, MRV, Multiplan, BR Malls, ALL e Log-In.

 

Carlos Sequeira, estrategista do BTG, diz que o resultado registrado foi "impressionante" e superou a estimativa de 30% do início de 2010. Ele antecipa que puxaram a fila de crescimento nos lucros companhias de varejo, consumo e construção, além da mineradora Vale. Entre os segmentos que ficarão abaixo da média em termos de melhora de lucro, ele menciona as empresas de serviços públicos, como saneamento, energia e telefonia, além de Petrobras e das siderúrgicas, essas últimas afetadas pelo aumento do preço do minério de ferro e pela concorrência com produtos importados.   

 

Lucro 40% maior

 

Fernando Torres | De São Paulo 

 

Na temporada dos balanços fechados de 2010, que começa na segunda-feira com a divulgação dos números do banco Bradesco e da fabricante de softwares Totvs, as companhias abertas brasileiras devem apresentar crescimento médio próximo de 40% no lucro líquido anual na comparação com 2009, segundo estimativas dos bancos de investimento Credit Suisse e BTG Pactual.

 

O primeiro, que acompanha um grupo de 100 empresas, aposta em alta um pouco abaixo desse índice, enquanto o segundo, que cobre um universo de 112 companhias, acredita que esse patamar de 40% será superado.

Se a expectativa média for confirmada, significará que o quarto trimestre teve o mesmo ritmo de crescimento de lucro visto até setembro, que também registrava expansão de 40%. E o crescimento do quarto trimestre se deu sobre uma base maior de comparação, pois, nos últimos três meses de 2009, as companhias já tinham se recuperado dos efeitos da crise mundial.

 

Prévias operacionais divulgadas pelo grupo Pão de Açúcar, por incorporadoras imobiliárias como PDG, Cyrela e MRV, pelas administradoras de shopping centers Multiplan e BRMalls e pelas empresas de logística ALL e Log-In sugerem que o quarto trimestre foi mesmo forte, com alta relevante no faturamento.

 

No Pão de Açúcar, o quarto trimestre registrou alta de 11,3% nas vendas líquidas no conceito mesmas lojas ante os últimos três meses de 2009, sendo que, no ramo de alimentos, o avanço foi de 7,3%, e na Globex (Ponto Frio), de 26,1%.

 

Embora o mercado estivesse descrente sobre o ritmo de lançamentos e vendas de imóveis no quarto trimestre, as incorporadoras atingiram as projeções divulgadas no início de 2010 e reportaram 43% de alta nos lançamentos ante o mesmo período de 2009, com avanço de 33% nas vendas contratadas. No ano passado inteiro, os lançamentos subiram 55%, enquanto as vendas cresceram 47% .

 

Nos shoppings administrados pela BRMalls, a alta nas vendas foi de 11,8% no conceito mesmas lojas no quarto trimestre, com o índice de ocupação seguindo acima de 98%. Nos empreendimentos da Multiplan, o crescimento nas vendas foi de 13,8%.

 

No caso da ALL, houve salto de 97% no Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no quarto trimestre, enquanto, no ano, o crescimento foi de 21%.

 

Segundo a Log-In, o volume de contêineres transportados nos navios próprios e afretados avançou 34% no quarto trimestre e 44% no ano. Segundo o presidente da companhia, Vital Lopes, o desempenho espelha bem o que se viu em termos macroeconômicos no Brasil, que foi o forte crescimento da economia, puxado pela expansão nas regiões Norte e Nordeste. O foco principal de atuação da empresa é o transporte de mercadorias produzidas no Sul e no Sudeste para essas regiões. "Mesmo diante das dificuldades de infraestrutura, com algumas restrições de portos, tivemos crescimento bem maior que o do PIB", diz Lopes.

 

Para este ano, acompanhando as projeções dos economistas para o Produto Interno Bruto (PIB), os analistas preveem desaceleração no ritmo de alta do lucro das companhias, mas que ainda assim será significativo. O BTG espera aumento de 18% na última linha do balanço das empresas brasileiras, enquanto o Credit Suisse estima avanço de 27%. Para a receita, o banco suíço projeta alta de 14%, ante 18% em 2010.

No caso das incorporadoras, Cyrela e CCDI, que já divulgaram a projeção oficial de lançamentos para este ano, a aposta é de crescimento de 10% a 20% sobre o volume de 2010, o que representa uma desaceleração frente ao observado na comparação do ano passado com 2009.

 

Já Vital Lopes, da Log-In, diz não esperar que o crescimento médio anual de 27% registrado desde 2007 seja reduzido.

 

De acordo com Carlos Sequeira, estrategista de Brasil do BTG Pactual, o resultado registrado no ano passado foi "impressionante" e superou a estimativa de crescimento de 30% projetada pelo banco no início de 2010.

 

Sequeira diz que devem puxar a fila de crescimento dos lucros as companhias que atuam nos setores de varejo, consumo, construção, além da mineradora Vale. Entre os segmentos que ficarão abaixo da média em termos de melhora de lucro em 2010, ele menciona as empresas que atuam com serviços públicos, como saneamento, energia e telefonia, que nunca crescem muito, além de Petrobras e das siderúrgicas, essas últimas afetadas pelo aumento do preço do minério de ferro e pela concorrência com importados.

 

Olhando para os resultados de 2011, o desempenho dos setores não deve mudar muito. As atividades ligadas mais ao consumo, especialmente de bens não essenciais e os setores de educação, saúde e infraestrutura, seguirão como destaque, enquanto as empresas de serviços públicos e também aquelas de alimentos e bebidas devem apresentar crescimento mais moderado.

 

Com cenário de preços favorável e oferta ainda apertada neste ano, a Vale também deve ter resultados financeiros positivos.

 

Do lado dos riscos, a inflação e a alta na taxa de juros são apontados como os principais desafios para as empresas em 2011. Setores mais competitivos, que têm dificuldades para repassar reajustes, ou mais dependentes do crédito, como a área de veículos e eletroeletrônicos, podem ser mais afetados.

 

Na área de construção de imóveis residenciais, as empresas dizem que o impacto da alta da Selic será limitado, uma vez que os financiamentos são atrelados à Taxa Referencial, que sobe menos. Segundo o diretor financeiro da Cyrela, Luis Largman, embora haja algum efeito sobre o mercado imobiliário, ele é limitado, já que, para uma alta de 1 ponto percentual ao ano no custo do crédito imobiliário, a Selic precisa subir 4 pontos. "Alguma influência sempre tem, mas é um número pequeno. Nesse exemplo de 4 pontos na Selic, em um financiamento de 30 anos, há um aumento de 10% na prestação mensal, o que pode pesar para quem está no limite", diz.


Quem se beneficiará com esse cenário de aperto monetário, segundo BTG Pactual e Credit Suisse, devem ser os bancos. "Eles podem não ganhar muito porque os juros mais altos podem elevar a inadimplência, por exemplo, mas também não perdem", diz Sequeira.  

 

Contexto
A divulgação dos balanços do exercício completo de 2010 terá uma novidade, que é a adoção obrigatória das novas práticas contábeis, que têm como base as regras do IFRS, usadas em mais de cem países com destaque para aqueles da União Europeia. Esse padrão também é aceito pela Securities and Exchange Commission (SEC), dos Estados Unidos, para apresentação de balanços por companhias estrangeiras.

 

Algumas empresas se anteciparam e publicaram, já nos balanços trimestrais do ano passado, os demonstrativos em IFRS. No caso daquelas que não o fizeram, será necessário reapresentar os três informes trimestrais, incluindo a comparação com 2009, conforme o novo padrão, sendo que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prorrogou para até metade de maio o prazo máximo para que isso seja feito.

 

Por conta dessa mudança de prazo, o leitor dos balanços deve ficar atento na hora de fazer comparações. Isso porque o informe de 2010 fechado deve ser publicado até o fim de março. Se a empresa usar a faculdade dada pela CVM e não reapresentar os informes trimestrais ao mesmo tempo em que divulgar os dados do exercício completo, a soma do lucro dos trimestres poderá não coincidir com o resultado do ano. Nesse caso, o lucro trimestral conforme o novo padrão estará nas notas explicativas.

 

O processo de convergência contábil começou no apagar das luzes de 2007, com a publicação da Lei 11.638 no dia 28 de dezembro daquele ano. Nos três anos que passaram, foram emitidos 44 pronunciamentos contábeis, 16 interpretações e 5 orientações para que o Brasil ficasse no mesmo nível que o Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês), em termos de regulamentação.

 

Fonte: CFC

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Shell abre inscrições do programa Iniciativa Jovem

Notícias

 

Capacitação é dirigida a pessoas com idade entre 20 e 34 anos que abriram ou pretendem iniciar seu próprio negócio

 

Regina Mamede

Rio de Janeiro - O programa Iniciativa Jovem, da Shell, oferece oportunidades para pessoas com perfil empreendedor e que pretendam abrir seu próprio negócio. Para se candidatar às 120 vagas oferecidas, os interessados devem ter entre 20 e 34 anos e possuírem ensino fundamental. As inscrições podem ser feitas até 6 de fevereiro pelo site www.iniciativajovem.org.br.

 

O Iniciativa Jovem acontece no Rio de Janeiro em dois polos, no Centro e na Zona Oeste. Primeiro, os candidatos são submetidos a um teste de perfil empreendedor e passam por avaliação pessoal. Depois, ingressam no Laboratório de Ideias, quando se promovem encontros dinâmicos e interativos, para avaliação prática e objetiva, em que ocorre seleção de 60 jovens para a Oficina de Projetos. Nesta etapa, recebem aulas sobre empreendedorismo, estratégia, inovação e conhecimento, estudos de mercado, marketing, responsabilidade social e finanças, além de outros temas.

 

Concluída esta fase, uma banca examinadora avalia os planos de negócios e 30 projetos se classificam para a Fábrica de Negócios. Durante seis meses, os jovens, já capacitados, contam com apoio técnico de consultorias para colocar suas ideias em prática. No período, também está prevista a legalização dos empreendimentos.

Sobre o programa

 

O Iniciativa Jovem é uma adaptação do projeto internacional Shell LiveWire, iniciativa de investimento social do grupo Shell presente em mais de 20 países. Em 2011, completa dez anos de implementação no Brasil. Desde o início, participaram mais de 37 mil jovens e 57 negócios foram incubados.

 

O programa é operado pela ONG Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (Cieds-Brasil), conta com parceria do Sebrae no Rio de Janeiroe apoio do Instituto Euvaldo Lodi, entidade da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

 

Serviço:
Agência Sebrae de Notícias: (61) 3243-7851/ 3243-7852/ 8118-9821/ 9977-9529
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
www.agenciasebrae.com.br

Sebrae no Rio de Janeiro - (21) 2212-7971

Assessoria de Imprensa Shell Brasil
Ricardo David
(21) 3984-7691
ricardo.david@shell.com

 

Fonte: Agência Sebrae

 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Receita ainda procura causas para queda na arrecadação do IRPJ e da CSLL

Notícias

 

Valor Econômico

Luciana Otoni | De Brasília

A arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do segmento de combustíveis, do qual faz parte a Petrobras, teve queda de 61% no ano passado, retrocedendo de R$ 7,6 bilhões em 2009 para R$ 2,9 bilhões. O mesmo ocorreu com as receitas do IRPJ e CSLL advindas das companhias do setor elétrico, que tiveram redução de 46%, saindo de R$ 6,3 bilhões para R$ 3,4 bilhões no mesmo período. Nas instituições financeiras, a queda foi de 11,30%, com o recolhimento dos dois tributos passando de R$ 26,5 bilhões em 2009 para R$ 23,5 bilhões em 2010.

Esse três casos integram o grupo dos dez segmentos produtivos que afetaram negativamente a arrecadação do IRPJ e da CSLL, em um ano em que a economia teve crescimento vigoroso de quase 8%.

No balanço de 2010, a arrecadação conjunta dos dois tributos que incidem sobre o lucro das empresas somou R$ 138,7 bilhões, queda de 0,14%, destoando completamente da performance do nível de atividade econômica do ano passado.

A primeira impressão dos técnicos é de que a queda seja consequência dos balanços negativos de 2009, resultados da retração provocada pela crise global. O fisco detectou esses sinais no início do ano passado, mas avaliou que no segundo semestre as receitas desses dois tributos reagiriam. Isso, porém, não se confirmou.

A Receita Federal resolveu investigar, mas ainda não tem as explicações definitivas. Suspeita que um dos principais fatores possa ser a compensação de prejuízos de 2009 nas declarações de 2010. Os técnicos lembram, contudo, que a queda foi muito grande para ser justificada exclusivamente por compensações que ainda vão ocorrer também em 2011, já que o limite anual dos descontos é de 30% sobre o imposto devido e há diferimentos relevantes a serem feitos este ano. As compensações tributárias totalizam, em média, R$ 20 bilhões por ano.

Outra possibilidade é que tenha havido uma maior dedução de despesas, reduzindo o lucro tributável. E a razão para isso pode ser o aumento dos investimentos. Ou seja, o fato de as empresas estarem investindo mais estaria reduzindo o resultado e, portanto, a base de cobrança. Mas também nesse quesito há incertezas porque a Receita lembra que alguns investimentos só começam a ser deduzidos do lucro após sua efetiva materialização.

Outro elemento que afeta o desempenho dos dois tributos é a reorganização societária das empresas. Os anos de 2007 e de 2008 foram intensos em fusões, aquisições, incorporações e IPO's. Segundo a Receita, essas operações geraram arrecadação extraordinária em 2009 que não se repetiram em 2010.

A possibilidade de sonegação não está totalmente descartada, mas o fisco não vê isso como fator relevante porque são grandes contribuintes, empresas em geral de capital aberto, que fazem planejamento tributário e não costumam sonegar. Para os técnicos oficiais, essas peculiaridades impedem o cálculo de estimativas precisas de arrecadação. A indicação mais consistente é que em 2011 haverá o efeito dos lucros apurados em 2010, mas com efeitos desconhecidos devido ao impacto das compensações.

A tributarista Mary Elbe Queiroz, do Escritório Queiroz Advogados, cita mais um fator que poderá agir sobre a apuração do lucro das empresas em 2010 e afetar o IRPJ e a CSLL. Algumas das grandes empresas brasileiras do setor siderúrgico, de petróleo, da construção civil e pesada, entre outros segmentos, mantêm filiais e coligadas no exterior e poderão compensar no lucro eventuais transferência às subsidiárias. "Essas deduções reduzirão o lucro e afetarão o recolhimento dos tributos incidentes sobre o resultado", diz.

Mesmo com a frustração de receitas vindas de dois importantes impostos que incidem sobre o lucro, a arrecadação federal em 2010 teve crescimento recorde de 9,85% reais. Isso porque uma boa parte da carga tributária federal migrou do lucro para o faturamento das empresas.

Fonte: CFC

 

 

62 anos de defesa da classe contábil

Notícias

 

Portal Nacional de Seguros

SESCON-SP completa 62 anos de fundação e atividades em prol das classes contábil e empreendedora, e celebra a data homenageando dois grandes nomes da contabilidade

 

As batalhas encampadas e as vitórias obtidas para melhoria do setor produtivo ao longo dos anos serão lembradas no próximo dia 28 de janeiro, quando o SESCON-SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo) celebrará, no Clube Atlético Monte Líbano (Av. República do Líbano, 2.267), seus 62 anos de trajetória em defesa dos interesses da contabilidade e do País.

 

Para o presidente da entidade, José Maria Chapina Alcazar, é importante aproveitar a data para reafirmar o papel cada vez mais imprescindível da atividade no desenvolvimento do empreendedorismo brasileiro. Segundo ele, a globalização, as competitividades nacional e internacional e a crescente demanda pela qualidade são algumas das características da nova dinâmica econômica mundial que têm destacado a contabilidade como um instrumento vital para o processo de gestão empresarial.

 

"Na chamada 'era do conhecimento' a informação é um bem valioso e a atividade se propõe a gerá-la para auxiliar os administradores nas tomadas de decisão e formulações estratégicas", diz ele.

 

Diante desta importante posição da contabilidade no ambiente de negócios, o SESCON-SP, além de prestar serviços voltados ao desenvolvimento da classe que representa, foca suas ações também na luta por um melhor cenário tributário para as empresas do País, como por exemplo, na recente campanha pelo aperfeiçoamento do Simples Nacional.

 

"O aprimoramento da Lei Complementar 123/2006, também chamada de Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, é cada vez mais necessário para que os pequenos negócios continuem evoluindo", explica o líder setorial, lembrando que mais de 600 mil empresas deverão perder os benefícios do sistema simplificado de tributos este ano, em virtude do não aumento do limite de faturamento.

 

Homenagem
A entrega da Medalha Annibal de Freitas, destinada às personalidades que têm prestado relevantes serviços à comunidade, bem como às categorias representadas pela entidade, será destinada este ano à dois grandes profissionais da contabilidade: Maria Clara Cavalcante Bugarim e Antoninho Marmo Trevisan.

 

A instituição da Medalha também cumpre o papel de prestigiar um dos mais memoráveis dirigentes do segmento, falecido em abril de 2007. Annibal de Freitas presidiu o SESCON-SP cinco vezes: nas gestões 1958/1960, 1963/1964, 1965/1967, 1969/1972 e 1984/1987. Além disso, atuou em diversas outras entidades, sempre lutando em defesa das categorias e da sociedade.

 

O dia 12 de janeiro

O SESCON-SP faz aniversário em 12 de janeiro, quando também é comemorado o Dia do Empresário Contábil. A data, antes comemorada apenas pelo segmento paulista, foi instituída em 1984, quando o então deputado estadual Hatiro Shimomoto, que presidiu o Sindicato na gestão 1975-1978, fez essa proposição na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e teve seu projeto aprovado.

 

Em dezembro último o Congresso Nacional aprovou projeto de lei, de autoria do deputado federal Arnaldo faria de Sá, que estende essa homenagem para todo o território nacional, e que agora aguarda apenas sanção da presidente da República para passar a vigorar oficialmente.

 

Serviço:
62º Aniversário do SESCON-SP
Data: 28 de janeiro de 2011
Local: Clube Atlético Monte Líbano - Av. República do Líbano, 2.267 – Ibirapuera

 

Fonte: CFC

 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Empresas evitam atualizar ativos

Notícias

 

Valor Econômico

Apesar de apelo da CVM, primeiros balanços no padrão IFRS indicam que uma minoria deve adotar novo valor para bens como terrenos, prédios, máquinas e equipamentos.

Fernando Torres | De São Paulo 

Apesar de a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ter recomendado fortemente que as companhias abertas brasileiras atualizassem o valor do seu ativo imobilizado em caso de distorção relevante, a maioria das empresas que já publicou o balanço conforme o padrão internacional IFRS optou por manter os números registrados até então. Entre aquelas que decidiram fazer as mudanças, tampouco houve um padrão, o que pode causar dúvidas para os investidores.

A mudança no valor de terrenos, prédios, máquinas e equipamentos tem basicamente duas consequências, sendo uma positiva e outra negativa. A parte boa é que o patrimônio líquido da companhia se eleva, o que melhora índices de endividamento, como dívida sobre o patrimônio. Do lado ruim, está o impacto que a atribuição de um novo custo para o ativo pode ter em termos de dividendos. Ao se elevar o valor dos bens do balanço, aumenta-se a despesa de depreciação registrada anualmente. Apesar de não ter efeito no fluxo de caixa, essa mudança reduz o lucro líquido societário, que é a base para distribuição de dividendos aos acionistas.

Segundo uma fonte do setor que pediu para não ser identificada, houve forte pressão dos investidores para que não houvesse a atribuição de novo custo por conta desse possível impacto nos dividendos. Reginaldo Alexandre, presidente da unidade paulista da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec-SP), admite que essa é uma preocupação dos acionistas, mas destaca que as companhias continuam com o mesmo potencial de distribuição de dividendos de antes, já que o caixa é o mesmo, e podem fazer ajustes para manter a remuneração.

"Mas pode haver empresa que paga o mínimo e que tenha intenção de diminuir o pagamento e que não fará esse ajuste. Talvez seja esse o problema que alguns acionistas eventualmente vejam", reconhece Alexandre, destacando ainda que, no caso de mudança no valor de terrenos, que não são depreciados, só há o efeito de elevação do patrimônio.

Embora a adoção da regra não seja obrigatória, assim como no IFRS, o órgão regulador brasileiro fez uma grande defesa da prática e exigiu uma explicação das companhias que decidirem não atribuir um novo custo para terrenos, imóveis e máquinas. "A empresa terá que dizer que considera que o valor registrado no balanço está próximo do valor justo. A explicação só pode ser essa", diz José Carlos Bezerra, gerente de normas contábeis da CVM, ressaltando que a autarquia sempre terá o poder de questionar essa avaliação. "Afirmar isso tem consequências."

Tendo em conta a amostra de cerca de 30 empresas entre as 100 maiores por receita que já adotaram o IFRS até o terceiro trimestre, a Ernst & Young Terco identificou apenas duas que fizeram algum tipo de atualização - Suzano Papel e Celulose e Klabin, com efeitos bilionários no patrimônio. "Esse é um sinal grande de que a tendência será não fazer", disse Paul Sutcliffe, sócio de auditoria da Ernst & Young. Fora desse grupo, a Cremer já informou em fato relevante que fará essa atualização. Na maior parte dos casos, somente olhando as notas explicativas é possível saber se houve ou não adoção.

A ocorrência de poucos casos até agora vai contra o senso comum que se tinha, antes do processo de convergência contábil, de que os valores dos bens do ativo imobilizado das companhias abertas brasileiras estariam desatualizados, uma vez que a prática mais recorrente no país era usar a tabela da Receita Federal, considerada levemente acelerada, para fazer a depreciação desses bens. Nessa tabela, um prédio passa a valer zero depois de 25 anos, máquinas e equipamentos duram de cinco a dez anos e um veículo perde todo seu valor em cinco anos.

É importante destacar que, ao contrário da possibilidade de reavaliação espontânea que existe para empresas de outros países que usam IFRS, essa é uma oportunidade única paras as companhias brasileiras aumentarem o valor do ativo e, consequentemente, do patrimônio líquido. Isso porque a Lei 11.638, de 2007, que introduziu o processo de convergência contábil, proibiu a reavaliação periódica de ativos.

"Ou faz no primeiro balanço ou não faz mais", destaca Adeildo Oliveira, sócio da Audicont e consultor da Consul Patrimonial, que destaca ainda que o efeito tributário da mudança é zero, por estar enquadrada dentro do Regime Tributário de Transição.

O fato de a medida ser facultativa já causa arrependimentos em alguns membros do CPC. Teme-se que isso dificulte a comparação dos demonstrativos entre empresas do mesmo setor - que era o objetivo inicial do processo de convergência contábil - ou que leve à prática comum quando a reavaliação era permitida: o uso da regra somente quando for conveniente.

O sócio-líder da área de IFRS da Deloitte, Bruce Mescher, discorda dessa avaliação. "A resposta de se fazer ou não (a atribuição de um novo custo) será dada caso a caso. Para aquelas que não estão fazendo, é porque as taxas usadas nos anos anteriores eram adequadas. As empresas estavam satisfeitas com a avaliação de que os valores de custo histórico refletem mesmo a realidade econômica desses bens", afirma o especialista.

Segundo Luciano Cunha, também sócio da Deloitte, o IFRS não tem como pretensão deixar todas as práticas contábeis iguais na data de partida, mas sim daquele momento em diante, no maior número de países possível. "No momento de transição sempre haverá legados de práticas contábeis antigas", explica.

Setor de celulose e papel teve ajuste distinto no imobilizado 

Stella Fontes | De São Paulo 

À primeira vista, o fato de as principais companhias de celulose e papel listadas na BM&FBovespa terem adotado de maneiras distintas alguns dos pronunciamentos técnicos convergentes com padrão internacional de contabilidade, obrigatórios a partir do balanço de 2010, poderia gerar distorções quando da comparação entre seus balanços.

Esse risco, contudo, foi mensurado pelas próprias empresas, que optaram por "trocar figurinhas" sobre os critérios utilizados em alguns dos ajustes contábeis exigidos, em especial o que se refere ao valor justo de ativos biológicos. Dessa forma, com posição alinhada, evitaram a aplicação de premissas muito diferentes.

"Não chegamos a formar um grupo de trabalho", conta o diretor financeiro e de relações com investidores da Klabin, Antonio Sergio Alfano. "Mas houve troca de ideias, para que as empresas não utilizassem critérios que não fossem coerentes."

De partida, as diferentes mudanças introduzidas pelas companhias a partir do ICPC-10, que interpreta o CPC-27 e versa sobre a atualização do ativo imobilizado, já poderiam levantar questionamentos. Enquanto a Suzano Papel e Celulose trouxe a valor presente toda essa classe de ativos, a Klabin atribuiu novo custo somente para terras com plantio de florestas (e não para as máquinas) e a Fibria optou por não fazer nenhum ajuste. Mas cada uma das companhias tem a sua justificativa.

Na Klabin, afirma Alfano, o fato de o principal ativo industrial, o projeto MA-1100, ter sido implementado entre 2008 e 2009 garantiu que boa parte dos valores lançados nessa linha estivesse atualizada. O projeto envolveu investimentos de R$ 2,2 bilhões, com a duplicação da capacidade de produção de papel-cartão na unidade Monte Alegre, no Paraná.

"Nos demais equipamentos, a variação não era tão relevante. Além disso, normalmente, investimos a depreciação, o que faz com que os valores também estejam de certa forma atualizados", explica Alfano. Já os terrenos da empresa foram reavaliados e o valor das terras passou de R$ 262 milhões para R$ 1,954 bilhão em setembro de 2010, com impacto no patrimônio líquido, mas sem efeito na depreciação.

Na Suzano Papel e Celulose, o total do ativo imobilizado subiu de R$ 5,698 bilhões em janeiro de 2009 para R$ 10,942 bilhões na mesma data. Dessa diferença, R$ 2,279 bilhões referem-se a máquinas e equipamentos (que terão impacto na depreciação), enquanto R$ 2,661 bilhões refletem preços maiores atribuídos a terras e fazendas.

Na Fibria, não foi atribuído novo custo. O ajuste foi feito, segundo o gerente geral de relações com investidores, André Luiz Gonçalves, à época da incorporação da Aracruz pela Votorantim Celulose e Papel (VCP), em operação que deu origem à companhia, em 2009. "Desde o primeiro trimestre de 2010, a Fibria adotou todos os CPCs, com impacto de cerca de R$ 5 bilhões no patrimônio líquido", afirma Gonçalves. Em dezembro de 2009, o patrimônio líquido da companhia subiu de R$ 9,989 bilhões para R$ 15,056 bilhões por conta dos ajustes contábeis.

Uma das mudanças mais relevantes para as companhias foi aquela decorrente da adoção do CPC-29, que trata do valor justo dos ativos biológicos. Na Klabin, o valor das florestas passou de R$ 860 milhões para R$ 2,5 bilhões. A variação reflete o crescimento das áreas plantadas mais a alteração no preço de mercado da madeira. Essa alteração, somada ao novo valor atribuído às terras e à nova estimativa de vida útil de máquinas e equipamentos, elevou o valor do ativo da companhia em R$ 3,3 bilhões e fez com que o patrimônio líquido saltasse de R$ 2,5 bilhões, antes da adoção do IFRS, para R$ 4,8 bilhões após as novas regras, em 30 de setembro do ano passado.

De acordo com Alfano, o incremento no patrimônio líquido melhora alguns indicadores da companhia, porém reduz o chamado "return on equity" (ROE). "Nesse sentido, a administração terá que trabalhar para melhorar o retorno", comenta. A mudança na vida útil dos equipamentos, com redução do prazo de depreciação de 10 anos para 5 anos, por sua vez, tem impacto positivo no lucro líquido da companhia, o que deve elevar os dividendos.
 
Contexto 
A adoção das novas práticas contábeis, que tem como base as regras do IFRS, usadas em mais de cem países, com destaque para aqueles da União Europeia, se torna obrigatória para as companhias abertas brasileiras a partir da publicação do balanço fechado de 2010.

Algumas empresas se anteciparam e publicaram, já nos balanços trimestrais do ano passado, os demonstrativos de acordo com o novo padrão, o que permite a análise dos primeiros impactos da nova norma. No caso daquelas que não o fizeram, assim que for publicado o balanço do exercício fechado, os informes trimestrais terão que ser reapresentados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O processo de convergência contábil começou no apagar das luzes de 2007, com a publicação da Lei 11.638 no dia 28 de dezembro daquele ano. Nos três anos que passaram, foram emitidos 44 pronunciamentos contábeis, 16 interpretações e 5 orientações para que o Brasil ficasse no mesmo nível que o Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês), em termos de regulamentação.

A partir de agora, conforme as regras forem alteradas pelo Iasb, órgão com sede em Londres, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) brasileiro fará a tradução e a CVM decidirá pela sua adoção.

Fonte: CFC

 

Universitários dão sugestões para Desafio Sebrae 2012

Notícias

 

Em arena dedicada ao jogo empresarial, os chamados campuseiros opinaram sobre formato da competição

Beth Matias

 

São Paulo - Mais de 50 campuseiros participaram na terça-feira (18) da Arena Desafio Sebraena Campus Party 2011. Motivados pela dupla Alexandre Ottoni e Deive Pazos, do site Jovem Nerd, os participantes, na maioria universitários, conheceram a plataforma e sugeriram inovações que deverão ser incorporadas a partir de 2012.

 

Os apresentadores do evento elogiaram o trabalho desenvolvido pelo Sebrae. “Montamos um negócio sem saber como gerir, como funcionava o comércio eletrônico e como trabalhar com fornecedores. Tivemos muita dificuldade. Levamos um ano para entender como as coisas funcionavam. Não conhecíamos o Sebrae. Se tivéssemos conhecido antes, não teríamos apanhado tanto”, garante Ottoni.“Ficamos maravilhados com a oportunidade de aprender sobre gestão no mundo virtual”, elogiou Devie Pazos, ao se referir ao Desafio Sebrae. O site Jovem Nerd recebe 1 milhão de acessos por mês. A empresa existe há oito anos e a principal ferramenta do site são os podcasts (arquivos de áudio digital).

 

O tema do Desafio Sebrae este ano, segundo Marcus Vinícius Bezerra, coordenador nacional da competição, será bicicletas e veículos sustentáveis (ecologicamente corretos). As inscrições devem começar no dia 6 de abril e acabar em 11 de maio. A novidade este ano é que o tempo de espera para o começo do jogo será mínimo. Provavelmente terá início ainda em maio.

 

Entre as principais sugestões apresentadas pelos estudantes está a divisão dos grupos entre empresas, fornecedores, funcionários e clientes. Além disso, eles recomendaram interação real com as redes sociais, o que irá influenciar a pontuação da publicidade durante o jogo.

 

Marcus Vinícius anunciou também que este ano o Sebrae terá vários aplicativos de jogos empresariais em seu Portal com o objetivo de atender a uma demanda cada vez mais crescente de empresários pedindo simuladores. A instituição, segundo ele, estuda também aplicativos para celulares e mensagens de texto. Em 2010, o Desafio Sebrae teve a participação de 158 mil estudantes.

Clique e veja como participar do Desafio Sebrae - http://blog.desafiosebrae.com.br/como-participar/

 

Serviço
Agência Sebrae de Notícias - (61) 3243-7851, 3243-7852, 8118-9821 e 9977-9529
Central de Relacionamento Sebrae - 0800 570 0800
www.agenciasebrae.com.br

 

Assista a vídeo produzido para divulgar o Desafio Sebrae em 2010

Fonte: Agência Sebrae

 

 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Exame de Suficiência medirá conhecimento dos profissionais

Notícias

O retorno da avaliação aponta o aumento da valorização e da competitividade de contadores e técnicos em Contabilidade

Lara Ely

GABRIELA DI BELLA/JC

Noções técnicas e teóricas serão avaliadas

Noções técnicas e teóricas serão avaliadas

Depois de sete anos suspenso, está de volta o Exame de Suficiência para os contadores e técnicos contábeis. Instituída pela Lei nº 12.249/2010, a avaliação será realizada no dia 27 de março e será direcionada a quem tenha concluído o curso de bacharelado em Ciências Contábeis ou Técnico em Contabilidade. Profissionais formados nos respectivos cursos que não encaminharam o registro no CRC de sua região até o dia 29 de outubro do ano passado também terão que realizar o exame.

O retorno da prova, que foi aplicada em dez edições, de 2000 a 2004, representa a necessidade de valorização da profissão e irá testar conhecimentos dos alunos em relação à teoria e prática da contabilidade. As mudanças legislativas e tecnológicas também terão reflexos no conteúdo do exame.

Com as mudanças adotadas por lei nos últimos anos, vive-se uma outra realidade da contabilidade brasileira. “Certamente as provas irão contemplar esses novos padrões”, afirma o vice-presidente de Desenvolvimento Operacional do Conselho Federal de Contabilidade, Enory Spinelli. De acordo com ele, o retorno do exame representa uma valorização da classe e do bom momento vivido pela profissão no País. 

Essa primeira edição da prova irá balizar a categoria em termos de avaliação. Segundo ele, será uma espécie de termômetro para saber como está o preparo dos contadores recém-egressos da universidade, e também para saber como será o índice de aprovação. Em sua última edição, em 2004, dos 7.448 inscritos para a habilitação de contador, 5.053 foram aprovados. Já na categoria técnico em Contabilidade a aprovação foi de 1.677, diante de 4.542 inscritos.

O exame realizado em 2011 deve desencadear uma série de aperfeiçoamentos nos cursos de graduação. “As próprias faculdades poderão reavaliar algum ponto e vir a buscar complemento de disciplina”, afirma Spinelli.

Uma das razões que justifica o retorno da avaliação é a falta de profissionais qualificados no mercado. “Temos que entender que o contador não pode ser somente um tecnicista, ele tem que ser também um comunicador da informação contábil”, argumenta Spinelli. 

Antiga aspiração do Sistema CFC/CRCs, a reformulação da Lei de Regência e a obrigatoriedade do Exame de Suficiência são frutos de um processo de discussões que envolveram o CFC, os 27 conselhos regionais e a participação direta dos profissionais da classe, por meio de audiências públicas. O Conselho Federal entende que a consequência imediata dessas mudanças será a formação de profissionais com uma base mais sólida. O esforço para o aprimoramento não termina, no entanto, com a aprovação no Exame de Suficiência. O Sistema Contábil Brasileiro está voltado para a necessidade da qualificação e tem desenvolvido um projeto de educação continuada dos mais avançados do País. O CFC determinou que quem não tivesse registro poderia efetuá-lo até outubro. Quem não efetuou seu registro, mesmo sendo formado há mais tempo, terá que fazer a prova para obter o registro.

Expectativa de formandos é alta

ANA PAULA APRATO/JC

Para Murlik, teste fará distinção de quem está preparado para iniciar na profissão

Para Murlik, teste fará distinção de quem está preparado para iniciar na profissão

Boa parte dos formandos do segundo semestre de 2010 em Ciências Contábeis recebeu sem grande surpresa a notícia sobre o retorno do exame. Isso porque os professores da graduação alertaram seus alunos sobre a possibilidade de que o exame voltaria a qualquer momento. Como a notícia chegou em cima da hora, não houve tempo hábil para que os cursinhos preparatórios chegassem a aquecer o mercado do ensino. Com o conhecimento acadêmico recente na memória, os recém-formados devem encarar a prova com tranquilidade. Mesmo assim, há quem queira caprichar em doses extras de estudo. É o caso de Anderson Murlik, formando de 2010/2 pela Faculdade Porto-Alegrense (Fapa).

Responsável pela coordenação de vendas da Murlik Pintura Eletrostática, ele se divide atualmente entre o trabalho na empresa, uma seleção para mestrado e o planejamento dos estudos. Murlik está confiante; mesmo assim, pretende se cercar de informações para garantir o sucesso. “Vou buscar os testes anteriores na internet e fazer uma boa revisão da bibliografia”, afirma.

No caminho da formação acadêmica - assim como no meio profissional - existem os que se esforçam mais e os que se esforçam menos. “Vejo que o teste faz essa distinção, de selecionar quem está preparado para começar a exercer a profissão”, afirma Murlik.

Adriana Barros dos Santos também é formanda em Ciências Contábeis. Ela receberá o diploma do Centro Universitário IPA  Metodista em março. Mesmo sentindo que a formação acadêmica será suficiente para garantir um bom desempenho no exame, Adriana está revisando materiais dados em aula, polígrafos e provas antigas. “Alguns temas, como noções de Direito, Teoria da Contabilidade, Matemática Financeira e Estatística foram vistos no início e meio do curso, e por isso precisam de revisão”, afirma. Ela destaca a importância de disciplinas como Contabilidade Pública, Auditoria e Perícia, como temas importantes e áreas especificas da Contabilidade.

Aspectos em alta no momento, as novas normas contábeis (IFRS) e tecnologias (Sped), são temas prováveis na prova. As mudanças na profissão, no entanto, não chegam a assustar Adriana por sua complexidade, mas geram ansiedade por se tratar de um conteúdo novo.

Candidatos precisam acertar no mínimo 50% das questões

A realização do Exame de Suficiência é responsabilidade da Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC). A inscrição para a prova vai até o dia 11 de fevereiro nos conselhos regionais de cada estado, mediante o pagamento de uma taxa de R$ 100,00. Para se inscrever, é necessário que o candidato tenha efetivamente concluído ou venha a concluir antes da data de realização do exame o curso de Ciências Contábeis ou de Técnico em Contabilidade. Os locais de realização das provas, que terão 50 questões objetivas, serão divulgados até o dia 25 de fevereiro.

Segundo a vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Maria Clara Cavalcante Bugarim, as provas serão elaboradas com questões objetivas, de múltipla escolha, mas poderão também ser incluídas questões para respostas dissertativas, a critério do CFC. Será considerado aprovado o candidato que acertar, no mínimo, 50% do total das questões, valendo um ponto cada questão.

A relação dos aprovados será divulgada nos endereços eletrônicos da FBC, do CFC e dos CRCs até 60 dias da data de realização das provas. Os aprovados no Exame de Suficiência terão o prazo de dois anos, a contar da data da publicação da relação dos aprovados no Diário Oficial da União, para requerer o registro profissional, no CRC, na categoria para a qual tenham sido aprovados.

Sindicatos aprovam medida

A visão dos sindicatos da classe contábil é favorável ao exame. Para o presidente do Sindicato dos Contadores (Sindiconta-RS), Tito Viero, a volta do exame é bem-vinda, mas está equivocada em relação ao momento de ser aplicada. Para ele, a prova deveria ser realizada antes da obtenção do diploma, como uma condição para a formatura. “O exame, tal como será realizado, julga apenas o aluno. Deveria ocorrer antes da titulação, para avaliar o nível do ensino das faculdades”, afirma.

Ao lançar mão do exemplo da advocacia, ele informa que há muitos profissionais que atuam em grandes escritórios e não conseguem passar no exame de ordem. Viero teme que o mesmo ocorra na área contábil. “É uma temeridade formar bacharéis e depois impor essa barreira para a sua atuação. Se o exame fosse antes do diploma, teríamos ganhos de qualidade no ensino também”, acrescenta. 

O representante dos técnicos em Contabilidade é favorável à medida, mas também apresenta ressalvas. Marcone Hahan de Souza, vice-presidente do Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre, entende que o Exame de Suficiência eleva o nível dos profissionais, mas defende que não deve ser usado como uma barreira ao ingresso no mercado. Um alto grau de reprovação, segundo ele, criaria pavor geral nos novos contadores. 

Mesmo assim, Souza acredita que o reflexo sobre os estudantes será imediato, já que a formatura não será mais garantia de exercício da profissão. Posteriormente, esse nivelamento poderá levar à criação de um ranking das instituições de ensino, baseado no índice de aprovação no exame. “Isso fará com que se invista para subir ou ficar no topo da lista”, afirma, em relação às instituições de ensino. 

Outra questão que surge em decorrência do retorno do Exame de Suficiência é a educação continuada. Os auditores contábeis, para obter e manter seus registros, deverão comprovar um determinado número de pontos (horas de cursos etc) realizados durante o ano. Agora, com a Resolução CFC 1.244/09, os peritos contábeis também deverão comprovar a qualificação para realizarem as perícias. Ou seja, quem tiver apenas um diploma de bacharel em Ciências Contábeis, emitido, por exemplo, no século passado, estará de fora. Neste sentido, o Sindicato dos Contabilistas é favorável à adoção da educação continuada obrigatória a todos os profissionais da classe, sejam eles contadores ou técnicos em Contabilidade.

Fonte: JC - RS

 

 

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