Palavras do Mestre dos Mestres

Palavras de despedida do Professor Antonio Lopes de Sá no X Prolatino, realizado em novembro de 2009.

“Eu não sei quanto tempo de vida me resta. Quem me criou também determinará, naturalmente, a hora em que serei convocado para outras missões. Posso ver, nesse poente da vida, muitas coisas. Eu dediquei feriados, dias santos, horas que roubei da família para dedicar a vocês. A minha última palavra é: “Enquanto um sopro de vida me restar, ele será de vocês”. Não sou candidato a nada. Não é discurso político, mas quero estar no coração de vocês”.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Instituto divulga pesquisa global sobre mercado de Auditoria Interna

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O maior estudo sobre a carreira já realizado no mundo revela que a profissão é cada vez mais estratégica para empresas que investem em governança corporativa

 

O Instituto dos Auditores Internos do Brasil – IIA Brasil acaba de traduzir e formatar os resultados da pesquisa internacional CBOK, levantamento global sobre o segmento. O estudo é fruto de entrevistas realizadas com mais de 13.500 profissionais de 107 países filiados ao IIA Global, maior instituição do setor no planeta, com mais de 170 mil auditores associados.

 

O CBOK revela que 50% das organizações pretendem contratar mais profissionais nos próximos cinco anos, buscando auditores internos com conhecimentos profundos em TI e capazes de entender, de forma ampla, o ambiente de negócios da empresa. "Os resultados apontam para um futuro promissor da carreira, demonstrando uma forte Tendência de valorização e uma necessidade premente de que é preciso investir em capacitação profissional para atuar cada vez mais de forma global", comenta Renato Trisciuzzi, presidente do IIA Brasil.

 

Cerca de 80% dos entrevistados acreditam que será necessário aumentar suas atividades na área de gerenciamento de riscos e combates à fraudes, uma comprovação sobre a necessidade de ter esses profissionais mais próximos da gestão das organizações. "Este dado explica a função social que temos tanto em empresas estatais como privadas, no sentido de contribuirmos com a redução de esquemas corruptos e melhorarmos a transparência no ambiente corporativo", alerta Trisciuzzi.

 

Outra prova da importância da atuação do auditor interno é que quase 95% dos entrevistados consideram essencial que estes profissionais sejam "os olhos e ouvidos" do comitê de auditoria, tornando-se a figura mais confiável deste grupo de avaliação que também tem a função de analisar níveis de transparência e as melhores práticas de gestão internas.

 

Habilidades e tendências

Para 85% dos entrevistados, melhorar a capacidade de comunicação verbal, escrita e de apresentação é fundamental para o sucesso na carreira. Além disso, 73% acreditam que é preciso melhorar o nível de entendimento sobre os negócios da empresa em que atuam e aprimorar técnicas de análises de riscos e controles, para alcançarem sucesso profissional.

 

Outro ponto relevante sobre tendências, apontadas pelo estudo é que cerca de 30% afirmam já estar usando conceitos de "auditoria contínua" em seus trabalhos, uma técnica nova, de monitoramento de processos em tempo real, que pode bloquear possíveis conclusões de negócios suspeitos, antes de serem concretizados. Algo ainda pouco usado no Brasil. "As diretrizes sobre as melhores práticas internacionais e de novas ferramentas expressas nesta pesquisa histórica servirão como base para preparar melhor os auditores internos nos próximos anos que antecedem Copa do Mundo e Olimpíada, quando aumentarão possíveis riscos de fraudes nas organizações", prevê Trisciuzzi.

Os resultados do Cbok geraram cinco importantes relatórios que tratam das características da atividade do auditor interno, das competências atuais, de como mensurar o valor da carreira hoje, e no futuro, e ainda, sobre os imperativos para mudanças e consequente realização profissional. 

 

Fonte: Administradores.com

Classe Contábil

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Dilma sanciona lei que cria o programa Brasil Maior

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A presidente Dilma Rousseff sancionou sua primeira política industrial, o programa Brasil Maior. Lançado pelo Palácio do Planalto no início de agosto, mas somente publicado ontem, o Brasil Maior ainda não tem todas as medidas em funcionamento.

 

O Reintegra, principal dispositivo de estímulo às exportações de manufaturados - devolve imediatamente o equivalente a 3% do crédito tributário adquirido pela venda externa -, só entrará em vigor após regulamentação. No entanto, quatro setores da indústria já têm zerada a contribuição de 20% sobre a folha de pagamentos destinada à Previdência Social.

 

Retroativa a 1º de dezembro, a substituição tributária é a principal medida do Brasil Maior e beneficia os produtores de calçados, confecções, móveis de madeira e empresas que prestamServiços de Tecnologia de informação e software. Essas companhias passam a ter zerada a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos, que agora será substituída por uma alíquota de 1,5% (2,5% para software), que incidirá sobre o Faturamento bruto.

 

As importações dessas mercadorias passam a recolher alíquota de Cofins 1,5 ponto percentual maior. A medida, ao mesmo tempo que estimula a Produção nacional, também reduz parte da perda de arrecadação que a Previdência Social terá com a zeragem da contribuição sobre a folha de pagamento. Assim como a substituição tributária, a medida valerá até dezembro de 2014.

 

De acordo com o parágrafo 4º do Artigo 9º da Lei 12.546, sancionada ontem por Dilma, e que converte em lei o programa Brasil Maior, o Tesouro Nacional se compromete a cobrir a diferença de arrecadação previdenciária que vai resultar da substituição da folha de pagamentos para oFaturamento bruto.

 

"Os setores saíram ganhando e os custos para o Tesouro Nacional serão pequenos", afirmou Sandro Serpa, subsecretário de arrecadação e contencioso da Receita Federal. O Fisco, no entanto, não divulgou quanto deverá ser a diferença de arrecadação que o Tesouro irá cobrir entre 1º de dezembro deste ano e 31 de dezembro de 2014.

 

O governo aproveitou a sanção da lei que cria o programa Brasil Maior para inserir artigos de outras áreas, como comércio exterior e agronegócios. No comércio exterior, foram definidas regras para reforçar a defesa comercial por meio da melhor identificação da origem dos produtos importados.

 

O objetivo é identificar e punir as operações de triangulação nas quais os importadores alteram a origem dos itens, cuja compra no exterior deve obedecer a cotas por país, ou de itens que estejam sob investigação de preços predatórios no mercado brasileiro. Entre os itens em que é comum a fraude no certificado de origem constam produtos têxteis, eletroeletrônicos e alguns itens do agronegócio, como alho e côco ralado.

 

Em uma das regras, o importador que adquirir no exterior Bens em quantidade acima da permitida terá que devolver a mercadoria ao fornecedor e pagar o valor de R$ 5 mil por dia durante o tempo que os produtos ficarem retidos no Brasil.

 

Os produtores de biodiesel receberam forte estímulo. Passaram a ter um crédito presumido de 50% do PIS/Cofins que incide sobre o insumo adquirido. Com isso, o produto comprado para ser transformado em biodiesel receberá abatimento de 4,62% (50% da alíquota de 9,25% de PIS/Cofins) no preço, devido ao crédito presumido. A renúncia fiscal será de R$ 377 milhões.

 

Fonte: Valor Econômico

Classe Contábil

Exame de Suficiência é obrigatório para registro em CRC

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Prova obrigatória para obtenção ou restabelecimento de registro em CRC (Conselho Regional de Contabilidade), o Exame de Suficiência foi regulamentado pela Resolução CFC nº 1.373, de 8 de dezembro de 2011.

 

O Exame é aplicado duas vezes por ano em todo o País. A data e a hora são determinadas por deliberação do Plenário do CFC (Conselho Federal de Contabilidade) e divulgadas por meio de edital com, no mínimo, 60 dias de antecedência da realização.

 

Para prestar o Exame é necessário ter concluído o curso de Ciências Contábeis ou de Técnico em Contabilidade ou estar cursando o último ano letivo do curso de nível superior. Esta determinação já foi aplicada na segundo edição do Exame, realizada em setembro de 2011.

 

O Exame de Suficiência visa comprovar conhecimentos técnicos medianos dos conteúdos programáticos dos cursos de Contabilidade. Por isso, para ser aprovado, é necessário obter, pelo menos, 50% dos pontos. As questões são de múltipla escolha, mas fica a critério do CFC incluir algumas dissertativas.

 

Ao candidato aprovado será disponibilizada uma Certidão de Aprovação, que deve ser apresentada no momento de solicitação do registro profissional. O registro deverá ser requerido no prazo de dois anos contados a partir da publicação do resultado oficial do Exame no Diário Oficial da União. Se o candidato perder esse prazo, ele deverá submeter-se a nova prova.

 

A Resolução CFC nº 1.373/2011 foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 14 de dezembro de 2011, e entrou em vigor na mesma data. Ela pode ser consultada no menu Legislação, no Portal do CRC SP – www.crcsp.org.br.

 

Fonte: CRC/SP

 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Terceiro setor traz desafios para os contadores

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Os profissionais da contabilidade têm, cada vez mais, o papel de demonstrar confiabilidade das empresas em diversos segmentos da Economia brasileira, entre eles o das instituições sem fins lucrativos

 

Recentes escândalos envolvendo as Organizações Não Governamentais (ONGs) que desviaram de suas finalidades as doações de pessoas físicas e jurídicas colocaram à prova a credibilidade das instituições que prestam Serviços sem fins lucrativos, as chamadas empresas do Terceiro Setor. Fazem parte deste mercado, além das ONGs, as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips), fundações e associações.

 

Neste momento, cresce a importância da contabilidade, e a figura do contador se torna ainda mais evidente. De acordo com dados de 2005 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), existem em média 338.162 mil organizações no País, entre associações e fundações, todas de iniciativa privada.

 

Essas organizações atuam na área da saúde, educação, assistência social e cultura, em grande parte de forma gratuita, desempenhando um papel complementar às ações dos governos. “Na sociedade, como existem empresas fraudulentas e gestores públicos desonestos, também existem pessoas que criam organizações não governamentais para se beneficiar ou enriquecer”, argumenta Neusa Monser, coordenadora do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Metodista do IPA e da Comissão de Estudos do Terceiro Setor do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC-RS).

 

“Neste segmento, os recursos provêm de doações e, portanto, a confiabilidade é fundamental e cabe à Sociedade conhecer os projetos e o histórico destas organizações”, sugere a professora, que destaca a importância dos contadores nestes segmentos. “Eles exercem um papel fundamental, pois podem orientar as ações voltadas à prestação de contas e transparência”, salienta.

 

Para o sócio da Trevisan Outsourcing e professor da Trevisan Escola de Negócios, Vagner Jaime Rodrigues, o terceiro setor precisa adquirir credibilidade perante a sociedade, de forma a lhe permitir captar recursos para suas necessidades financeiras. Segundo Rodrigues, a transparência nas ações se alcança com demonstrativos contábeis fiéis e de qualidade. 

 

Para ele, as instituições têm papel fundamental, na medida em que o governo não consegue atender todas as demandas da sociedade. No que se refere aos aspectos sociais, os órgãos reguladores são fundamentais nesse processo. “O contador pode e deve ter em mente que um dos seus objetivos é fornecer informações estruturadas e padronizadas, e não de maneira a atender alguns usuários em específico. Com total transparência, todos ganham”, comenta o professor. 

 

Com as modificações trazidas pelas normas internacionais de contabilidade, os contadores se tornaram agentes Ativos dentro das instituições. “Evidenciar as diversas formas de captação de recursos e suas aplicações é responsabilidade do contador que está à frente da instituição. Isso faz parte da sua responsabilidade ética”, entende.

 

Mercado crescente para os profissionais

Que a profissão contábil está ganhando cada vez mais espaço já não é mais novidade. Porém, o mercado das instituições sem fins lucrativos tem se tornado uma excelente oportunidade para os trabalhadores da área. O sócio da Trevisan Outsourcing e professor da Trevisan Escola de Negócios, Vagner Jaime Rodrigues, acredita que esses profissionais estão diante de um bom momento para desempenhar suas atividades. “A contabilidade do terceiro setor tem a mesma importância e complexidade de uma empresa de outro segmento”, explica o professor. Segundo ele, o contador precisa ter conhecimento da legislação e das normas contábeis específicas e a exigência em termos de reciclagem técnica é a mesma exigida para os outros profissionais. 

 

A contadora da Fundação Irmão José Otão (Fijo), Silvane Ribeiro Pinto, explica que, apesar da intensa Demanda da atividade, a instituição possui imunidades fiscais e isso faz com que ela precise se atualizar em relação às questões tributárias, que mudam constantemente. Apesar disso, diz, a contabilidade da Fijo é verificada anualmente por auditores independentes que fiscalizam todas as contas da entidade. A fundação, em razão do seu vínculo com a Pucrs, está voltada às questões acadêmicas. 

 

Na Parceiros Voluntários a situação não é diferente. A entidade sobrevive das doações mensais das 12 empresas mantenedoras e apoiadoras e com mais 15 patrocinadores de projetos, todas as contribuições são devidamente contabilizadas, bem como todos os comprovantes de pagamentos. A explicação é da administradora da instituição, Ana Virgínia Antunez Benavides, que há oito anos cuida das contas da entidade. Para ela, o importante é que todas as receitas sejam aplicadas na própria atividade de destino da organização. São ao todo 2.700 entidades conveniadas que a Parceiros presta assessoramento de recursos voluntários, aprimoramento e capacitação em gestão e elaboração de projetos.

 

Atividade se diferencia do perfil comercial

O trabalho do profissional contábil de uma entidade sem fins lucrativos é bastante diferente da contabilidade comercial. De acordo com a coordenadora da Comissão de Estudos do Terceiro Setor do CRC-RS, Neusa Monser, o que muda basicamente são as denominação das rubricas, ou seja, as nomenclaturas das demonstrações contábeis e as notas explicativas. Nestas instituições, não existe a denominação lucro ou prejuízo, mas, sim, superávit ou déficit. Além disso, os contadores precisam ter um grande cuidado com as prestações de contas para a manutenção do certificado e as titulações próprias da área, pois é o Ministério Público o responsável por estas organizações.

 

Além das nomenclaturas, o contador precisa ter conhecimento das legislações próprias do segmento em que a instituição atua. “A atividade do contador do terceiro setor é bastante complexa”, comenta Neusa. De acordo com a coordenadora, o CRC-RS, de forma a auxiliar esses profissionais, está trabalhando em um manual que deverá ser impresso nos próximos meses.

 

Pesquisa identifica perfil das organizações no Estado

O Observatório do Terceiro Setor (OTS), da Fundação Irmão José Otão (Fijo), realizou um estudo entre os meses de outubro de 2009 e novembro de 2010, mapeando e cadastrando as organizações que atuam no terceiro setor gaúcho. O trabalho se deu por meio de pesquisas e contatos institucionais em que foi possível identificar, quantitativamente, que o Rio Grande do Sul possui hoje 369 fundações; 34 entidades vinculadas à rede de tecnologias sociais; 911 organizações de Utilidade pública federal; 443 entidades do Fórum Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; 447 do Conselho Municipal de Porto Alegre de Direito da Criança e do Adolescente; 176 entidades de educação infantil conveniadas com a Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre. 

 

O documento afirma que as entidades apresentam um perfil diversificado, pois suas características divergem e estão relacionadas com a política social que desenvolvem. Trata-se, na grande maioria, de associações, com títulos de Utilidade pública, com qualificações diferenciadas e com registros no controle social democrático, principalmente nos conselhos municipais, o que pressupõe a inserção dessas entidades nos espaços de participação popular, fiscalização e monitoramento das políticas públicas municipais.

 

Além disso, destaca-se o grande número de crianças, adolescentes e famílias beneficiadas, mas se observa entre os resultados uma Tendência a contemplar diferentes públicos.

 

No que se refere à gestão, os resultados apontam crescimento da profissionalização no setor em função da contratação remunerada de diferentes profissionais, tais como: educadores sociais, pedagogos, assistentes sociais, psicólogos, advogados, nutricionistas, entre outros. De acordo com a pesquisa, a relação dos recursos humanos das entidades evidencia que o número de pessoas contratadas como funcionárias é significativamente maior do que o número de pessoas voluntárias, o que aponta para a profissionalização deste segmento.

 

O estudo conclui que o terceiro setor no Estado demonstra a necessidade de aprimorar osInvestimentos em pesquisas que revelem o desenho atual da gestão social protagonizada pela parceria que vem sendo formada entre as entidades, esfera pública estatal e os setores privados e empresarias.

 

Fonte: Jornal do Comércio - RS

CFC