Palavras do Mestre dos Mestres

Palavras de despedida do Professor Antonio Lopes de Sá no X Prolatino, realizado em novembro de 2009.

“Eu não sei quanto tempo de vida me resta. Quem me criou também determinará, naturalmente, a hora em que serei convocado para outras missões. Posso ver, nesse poente da vida, muitas coisas. Eu dediquei feriados, dias santos, horas que roubei da família para dedicar a vocês. A minha última palavra é: “Enquanto um sopro de vida me restar, ele será de vocês”. Não sou candidato a nada. Não é discurso político, mas quero estar no coração de vocês”.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Órgão regulador britânico critica trabalho das auditorias francesas

Notícias

 

Valor Econômico

As auditorias francesas foram fustigadas pelo principal órgão regulador contábil do Reino Unido por seu desempenho durante a crise da dívida grega. Stephen Haddrill, principal executivo do Financial Reporting Council, criticou a maneira pela qual as seguradoras e os bancos franceses foram autorizados por suas auditorias a declarar prejuízos com os bônus do governo da Grécia inferiores aos de alguns concorrentes europeus.

"Não vejo uma auditagem sólida naquele país", disse Haddrill ao "Financial Times", afirmando que o problema mostrou que as medidas destinadas a introduzir um enfoque mais francês na regulamentação das auditorias em toda a União Europeia (UE) estariam equivocadas. Várias seguradoras e bancos franceses - além de seus concorrentes de outros países - registraram 21% de prejuízos sobre bônus governamentais gregos "disponíveis para venda" nos resultados do primeiro semestre de 2011. 

Eles argumentaram que as transações com os títulos eram escassas demais para serem significativas, o que lhes permitiria esquivar-se à baixa contábil de aproximadamente 50% imposta pelos preços de mercado. Outras instituições financeiras assumiram o impacto integralmente. A atitude dos bancos franceses foi contestada por Hans Hoogervorst, presidente do Conselho Consultivo de Normas de Contabilidade (Iasb, pelas iniciais em inglês), o órgão normativo da área. Ao corroborar as preocupações de Hoogervorst, Haddrill voltava suas baterias, especificamente, para as propostas de reforma radical do mercado de auditoria vazadas da Comissão Europeia no mês passado. 

Formulada a pedido de Michel Barnier, o comissário da UE encarregado do mercado interno francês, a versão preliminar da regulamentação previa obrigar empresas maiores a empregar mais de uma auditoria, bem como proibir as empresas de auditoria de prestar alguns serviços de consultoria a clientes de auditoria. Essas medidas já estão em vigor na França. No entanto, Haddrill argumentou que o tratamento polêmico dado aos papéis gregos sugeriu que a auditagem francesa não era de qualidade superior, como seria de esperar da implementação das normas. 

"Quando vimos o que aconteceu com relação à deterioração da dívida grega, o país que já tem algumas dessas propostas, ou seja, a França, não avançou com relação a essa deterioração na profundidade alcançada por outros países", disse ele. 

Não foi possível contatar nenhuma autoridade da Comissão Europeia para obter seus comentários. As auditorias, de modo geral, evitam falar publicamente sobre as baixas contábeis motivadas pelos títulos gregos na França, alegando normas de confidencialidade para com o cliente. Em particular, personalidades destacadas de algumas redes mundiais de auditoria manifestaram frustração com sua impossibilidade de fiscalizar o cumprimento de um método uniforme de avaliação em todas as suas empresas filiadas nacionais.  

 

Fonte: Valor Econômico

CFC

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog