Palavras do Mestre dos Mestres

Palavras de despedida do Professor Antonio Lopes de Sá no X Prolatino, realizado em novembro de 2009.

“Eu não sei quanto tempo de vida me resta. Quem me criou também determinará, naturalmente, a hora em que serei convocado para outras missões. Posso ver, nesse poente da vida, muitas coisas. Eu dediquei feriados, dias santos, horas que roubei da família para dedicar a vocês. A minha última palavra é: “Enquanto um sopro de vida me restar, ele será de vocês”. Não sou candidato a nada. Não é discurso político, mas quero estar no coração de vocês”.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

PwC quer crescer mais 20% e deve se beneficiar de rodízio

Notícias

 

Valor Econômico

Por Fernando Torres | De São Paulo 

 

Ainda não foi dessa vez, mas a PricewaterhouseCoopers (PwC) garante que no próximo ano fiscal atingirá a marca de R$ 1 bilhão de faturamento no Brasil. 

 

Ao contrário das rivais, a firma de auditoria e consultoria não abre os dados sobre receita no Brasil, mas informa que o crescimento sobre o ano fiscal anterior foi de pouco mais de 20%. "Estamos perto de R$ 1 bilhão e estimamos que passamos essa marca no próximo ano sem dúvida nenhuma", afirma Henrique Luz, sócio da PwC no Brasil. 

 

O ritmo de crescimento no país superou com folga a taxa de 10% registrada na receita global da firma, que se recuperou de uma queda de 1,4% em 2010. A rede internacional da PwC faturou US$ 29,2 bilhões no ano fiscal encerrado em junho. 

 

O resultado a colocou novamente à frente da rival Deloitte, que anunciou na semana passada receita de US$ 28,8 bilhões no ano fiscal terminado em maio. No ano passado, a atual segunda colocada anunciou ter alcançado a liderança global por uma diferença de apenas US$ 9 milhões na receita anual. 

 

A disputa palmo a palmo por participação de mercado não é uma novidade, mas pequenos percentuais passam a fazer diferença cada vez maior num mercado em que apenas as quatro grandes do setor - PwC, Deloitte, Ernst & Young e KPMG - devem acumular pela primeira vez receita total superior a US$ 100 bilhões no ano fiscal de 2011. 

 

Ao projetar resultados da PwC no Brasil, Luz disse que espera no mínimo repetir no próximo ano fiscal o ritmo de crescimento de 20% observado no período de 12 meses até junho. 

 

Segundo o sócio da PwC, ao contrário do que ocorre em termos globais, no Brasil o aumento dos negócios na área de auditoria consegue acompanhar a taxa de expansão das áreas de consultoria e tributária. "O crescimento das áreas é bastante similar", diz. 

 

Ainda no caso brasileiro, Luz acredita que o rodízio obrigatório determinado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pode contribuir para o crescimento da PwC na área de auditoria em 2012. "Tivemos uma grande perda em 2004 (ano da primeira troca). Éramos a maior do setor, com 29% do mercado, e fomos os maiores doadores (de clientes)." 

 

Conforme levantamento feito pelo Valor com as 200 maiores empresas por valor de mercado no fim de maio, a PwC tem 21% de participação em termos de clientes nesse grupo, embora domine 44% dos honorários. 

 

A fatia de 21% a coloca em quarto lugar nesse levantamento, enquanto a KPMG (incluindo ex-clientes da BDO) tem 27%, a Ernst & Young Terco detém 26,5% e a Deloitte fica com 25%. 

 

Os dados disponíveis no site da CVM, embora sejam mais abrangentes, envolvendo 505 companhias abertas, não são atualizados desde junho de 2010. Nesse levantamento, a PwC também aparece na quarta posição, com fatia de 11,3% do total. 

 

A KPMG é a líder, com 28,5% do mercado, e é seguida por EYT, com 18,6%, e Deloitte, com 17,6%. 

 

Apesar de o rodízio no ano que vem ser positivo comercialmente, o sócio da PwC mantém sua posição contrária à obrigatoriedade da rotação. "A satisfação com o crescimento ocorre no mercado livre, sem imposição de rodízio nenhum", afirma Luz. 

 

Em relação ao movimento das rivais Ernst & Young e KPMG, que usaram aquisições para aumentar a base de clientes de pequenas e médias empresas, o sócio da PwC diz que sua firma não precisa seguir o mesmo caminho para crescer neste segmento. 

 

"" PwC sempre foi grande no 'middle market'. De 38% a 40% da nossa base de clientes é de pequenas e médias", afirma Luz.

 

Na semana passada, a Deloitte informou que teve receita de R$ 850 milhões no Brasil no período de 12 meses encerrado em maio, com crescimento de 15% sobre o ano anterior. 

 

A Ernst & Young deve divulgar seus dados globais, referentes ao período de 12 meses encerrado em junho, nos próximos dias. A KPMG encerra o ano fiscal em setembro e só divulga seus números em dezembro.  

 

Europa poderá ficar menos competitiva, diz firma 

Por Simon Mundy | Financial Times, de Londres 

A Europa poderá ficar menos competitiva se uma proposta de reorganização da profissão contábil for imposta por Bruxelas. 

 

O alerta foi feito ontem pelo presidente-executivo da PwC, a maior firma de auditoria e consultoria em receita do mundo. 

 

Há uma "diferença de expectativa em relação ao papel do auditor entre as firmas e suas autoridades reguladoras sobre quanta responsabilidade os auditores devem ter na detecção de fraudes", disse Dennis Nally. 

 

Ele também colocou em dúvida a capacidade das reformas propostas pela Comissão Europeia de melhorar a qualidade das auditorias. "Quando grandes propostas como essas vêm de uma parte do mundo, mas não vêm de outras, você precisa perguntar qual o impacto que isso terá sobre a competitividade da Europa", disse Nally. 

 

Suas declarações vêm na sequência do vazamento de uma proposta de regulamentação produzida por Michael Barnier, o comissário de mercado interno da Comissão Europeia, que prevê forçar as chamadas "Big Four" a se desfazer de seus negócios de consultoria, que estão crescendo em ritmo acelerado, e a compartilhar trabalho com firmas menores. As reformas também propõem que as empresas mudem de auditor pelo menos a cada nove anos. 

 

Dennis Nally citou a experiência de países como Coreia do Sul e Cingapura, que desistiram de obrigar as empresas a mudar de auditores. No Brasil, a regra deixou de existir para os bancos. "Isso na verdade criou mais problemas do que resolveu... Não sei por que teríamos um resultado diferente na Europa." 

 

Há uma "falta de clareza" nas perspectivas econômicas para as principais economias desenvolvidas, disse ele, acrescentando que a parcela da receita da PwC gerada nos mercados emergentes vai dobrar para até 43% nos próximos cinco anos. 

 

A PwC informou um crescimento de 10% na receita do exercício encerrado em junho, para US$ 29,2 bilhões, o que significa que superou a Deloitte, reconquistando a posição de maior das "Big Four". 

 

O crescimento mais acelerado foi verificado na divisão de consultoria da PwC, cuja receita cresceu 20%, para US$ 7,5 bilhões. A companhia disse que vai recrutar 20 mil profissionais neste ano financeiro. 

 

Enquanto isso, a Ernst & Young disse que a receita de suas operações no Reino Unido cresceu 8%, para 1,47 bilhão de libras, no exercício encerrado em junho, com o lucro médio por sócio crescendo 5%, para 663 mil libras. A E&Y também registrou seu maior crescimento nos negócios de consultoria, com a receita avançando 20%, para 370 milhões de libras. 

 

Steve Varley, sócio-gerente das práticas da E&Y no Reino Unido e na Irlanda, também atacou as reformas propostas pela Comissão Europeia. 

"Nosso foco está na qualidade da auditoria. Não acho que qualquer mudança estrutural na firma, forçando a separação de certos negócios, vá melhorar a qualidade da auditoria, de modo que não concordamos com ela", afirmou Varley. 

 

A alegação de que conflitos de interesses podem surgir em uma firma que realiza tanto o trabalho de auditoria como o de consultoria para uma determinada empresa é "completamente injustificada", acrescentou Varley.  

 

Fonte: Valor Econômico

CFC

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