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Sondagem especial divulgada pela CNI nesta quarta (6) revela as dificuldades enfrentadas pelos empresários para contratar mão de obra qualificada
Agência CNI
São Paulo - Praticamente sete em cada dez empresas industriais brasileiras enfrentam problemas de falta de trabalhador qualificado. A constatação é da sondagem "Falta de Trabalhador Qualificado na Indústria", divulgada nesta quarta-feira (6), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em seu escritório
Segundo a pesquisa, 78% das empresas que informam enfrentar o problema procuram capacitar o trabalhador dentro da própria empresa. O levantamento também mostra que 52% dos consultados disseram que a má qualidade da educação básica é uma das principais dificuldades que têm para capacitar seus trabalhadores.
“O que chama a atenção é que as empresas estão sentindo as mesmas dificuldades que os cursos de capacitação já tinham detectado, que é a pouca qualidade da educação básica”, disse o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, que divulgou a pesquisa. “As empresas hoje necessitam de trabalhadores versáteis, flexíveis, que precisam de educação e treinamento”, completou.
As empresas que menos sofrem são as indústrias de grande porte: 63%. Tanto entre as pequenas quanto entre as médias, 70% informaram ter essa dificuldade. As empresas que menos sofrem são as indústrias de grande porte: 63%. Tanto entre as pequenas quanto entre as médias, 70% informaram ter essa dificuldade.
O impacto maior da falta da mão-de-obra capacitada dentro da empresa é na produção. Quase a totalidade das empresas (94%) registra dificuldades para encontrar operadores. E 82% encontram problemas para contratar técnicos. As indústrias também informaram ter dificuldades para contratar funcionários qualificados em vendas/marketing (71%), para a área administrativa (66%), gerentes e profissionais de pesquisa e desenvolvimento (62%) e engenheiros (61%).
A busca de eficiência ou redução de desperdício, com consequente aumento da produtividade, é a atividade mais prejudicada nas empresas, de acordo com 70% dos pesquisados. A garantia e melhoria da qualidade dos produtos foram a segunda atividade prejudicada mais apontada, com 63% de respostas. A expansão da produção foi citada por 40% dos empresários e o gerenciamento da produção teve 28% de assinalações.
Setores
A falta de trabalhador qualificado é disseminada por toda a indústria, mas é crítica em alguns setores. Os que se dizem mais afetados pelo problema são os segmentos de vestuário (84% das empresas), outros equipamentos de transporte (83%), limpeza e perfumaria (82%) e móveis (80%).
Nos segmentos farmacêutico, alimentos e bebidas, de indústrias diversas e calçados, no entanto, as dificuldades são maiores, conforme as empresas. Elas informaram não ter mecanismos para lidar com o problema. No farmacêutico e em indústrias diversas, 17% das empresas disseram não possuir qualquer forma de lidar internamente com a falta de trabalhador qualificado, enquanto que em alimentos e bebidas o percentual foi de 20% e em calçados, 21%.
A sondagem foi realizada entre os dias 3 e 26 de janeiro, com 1.616 empresas. Foram consultadas 931 empresas de pequeno porte, 464 de médio porte e 221 grandes.
Serviço
www.cni.org.br
Fonte: Agência Sebrae
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