Ganhadores do 26º Prêmio ANEFAC Profissional do Ano destacam trajetórias e desafios futuros

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Assessoria de Comunicação ANEFAC

Executivos da Cielo, Petrobras e Academia Brasileira de Ciências Contábeis são os mais admirados em administração, finanças e contabilidade 

"Um país se faz com pessoas, acima de tudo. Evidentemente, que capital e outros recursos são importantes, mas pessoas são o elemento básico". A afirmação é de Andrew Frank Storfer, presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (ANEFAC), durante a cerimônia de entrega do 26º Prêmio ANEFAC Profissional do Ano, realizada em São Paulo no dia 26 de novembro. Ao parabenizar os executivos homenageados em 2010 - Rômulo de Mello Dias (Cielo), Almir Barbassa (Petrobras) e Maria Clara Bugarim (Academia Brasileira de Ciências Contábeis) - o dirigente ressaltou que a escolha dos premiados fica mais difícil a cada ano. "Hoje, o Brasil tem uma inserção na economia mundial bem diferente do que era no passado, e isso também é fruto dos profissionais que ajudaram a fazer esse país, que estão ajudando e que vão ajudar", disse Storfer.

Desafio é posicionar a empresa para continuar liderando, afirma presidente da Cielo
Para Rômulo de Mello Dias, presidente da Cielo e contemplado na categoria administração, receber o troféu da ANEFAC coroa o esforço de uma equipe e não de uma pessoa em particular. "O que diferencia o prêmio da ANEFAC é o fato do voto ser livre e democrático, o que torna o prêmio muito mais crível, com uma credibilidade bastante reconhecida. Por isso, o prêmio é motivo de orgulho para aqueles que o recebem", declarou.
 
Quando os mercados nacional e internacional ainda estavam abalados pela crise financeira, em junho de 2009,  o executivo esteve à frente de um dos maiores IPOs da história brasileira, de R$ 8,4 bilhões. Outro feito de Mello Dias foi mudar o nome da empresa de Visanet para Cielo em menos de dois anos, o que muitos consideravam impossível. O presidente da Cielo afirmou que o IPO era "um desafio possível, factível, que tinha condições, mas que precisava fazer mudanças. E não basta só fazer, mas o como fazer é muito importante", ressaltou. Segundo o executivo, o próximo desafio é manter a empresa na liderança. Hoje, a Cielo está presente em 98% dos municípios do país e, em 2009, R$ 241 bilhões passaram pelas máquinas de pagamento eletrônico da empresa, o equivalente a 7% do PIB daquele ano. "O desafio é se reinventar de quando em quando, dar uma chacoalhada na árvore pra cair alguns frutos que não estão mais recebendo a seiva do tronco e que ainda acabam contaminando negativamente". 

Oferta pública de ações é marco histórico da Petrobras

Ganhador na categoria finanças, Almir Barbassa, diretor financeiro da Petrobras, narra com alegria os dois anos de preparação para a oferta pública de ações promovida recentemente pela companhia - a maior não só da história da empresa, mas a maior realizada no mundo até hoje com quase US$ 70 bilhões captados.  O executivo explica que o processo foi concebido pela diretoria financeira, mas envolveu toda a Petrobras, do presidente às secretárias. "Fazer a maior capitalização do planeta trouxe, não só para a Petrobras, mas para o Brasil, a atenção do mundo todo. Isso é um diferencial significativo", enfatiza.

Entre as tarefas prévias da oferta pública, Barbassa destacou três semanas de viagens com intensas negociações. E se faria tudo de novo? ?"em dúvida! E o impressionante é, nas viagens, tínhamos uma reunião de manhã, uma durante o almoço e três reuniões de uma hora cada no período da tarde. No final disso, íamos direto para o aeroporto mudar de cidade para, no dia seguinte, às 8h00, começar outra reunião. E foi assim durante 21 dias. Eu me senti uma criança e foi muito bom", comemora.  Quanto aos próximos desafios, o executivo comenta que "a vantagem da Petrobras é que o desafio é a energia da empresa. Esse é nosso slogan e estamos sempre olhando para novos e maiores desafios", declarou.

Prêmio se deve ao prestígio da classe contábil, afirma presidente da Academia Brasileira de Ciências Contábeis

Segunda mulher premiada nas 26 edições do Prêmio ANEFAC Profissional do Ano, Maria Clara Bugarim, presidente da Academia Brasileira de Ciências Contábeis, ressaltou o orgulho de receber o troféu e se juntar a outros profissionais da área contemplados anteriormente. "Grandes professores meus, como o Eliseu Martins, Nelson Carvalho e Sérgio de Iudícibus, foram personalidades nas quais sempre me espelhei. E hoje, fazer parte desse seleto grupo, com certeza é um privilégio", afirmou.

Presidente do Conselho de Contabilidade (CFC) nos últimos quatro anos, e há décadas engajada na defesa de sua profissão, ela deve a premiação à visibilidade da entidade e ao prestígio da classe contábil do país. "Tenho consciência de que, com todo o trabalho do CFC vem realizando nos últimos anos, cada vez mais o governo brasileiro e a sociedade nos reconhece como profissionais importantes", afirmou. Maria Clara destacou a presença feminina entre os mais de 460 mil profissionais contábeis do Brasil, mas disse que a participação das mulheres na liderança da classe ainda é tímida. Entre os atrativos da profissão, segundo a dirigente estão empregabilidade e mercado fértil, não saturado como em outras áreas. Ela afirmou ainda que a contabilidade permite que a mulher concilie carreira e a vida pessoal.

Saiba mais sobre o Prêmio ANEFAC Profissional do Ano

O "Prêmio ANEFAC Profissional do Ano" foi criado em 1985 para reconhecer e agraciar profissionais das áreas administrativa, financeira e contábil cujas realizações se destacaram ao longo de cada ano. A entidade já premiou mais de 50 profissionais em suas 25 edições. Por meio do prêmio, a Anefac reconhece as contribuições de executivos, empreendedores, técnicos e membros de academias ao desenvolvimento do país.

Fonte: CFC