Palavras do Mestre dos Mestres

Palavras de despedida do Professor Antonio Lopes de Sá no X Prolatino, realizado em novembro de 2009.

“Eu não sei quanto tempo de vida me resta. Quem me criou também determinará, naturalmente, a hora em que serei convocado para outras missões. Posso ver, nesse poente da vida, muitas coisas. Eu dediquei feriados, dias santos, horas que roubei da família para dedicar a vocês. A minha última palavra é: “Enquanto um sopro de vida me restar, ele será de vocês”. Não sou candidato a nada. Não é discurso político, mas quero estar no coração de vocês”.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Auditorias defendem fim de rodízio para prestação de serviços

Notícias

 

As empresas de Auditoria saudaram o aumento de tempo limite proposto para prestação de Serviços a companhias abertas no Brasil, mas defendem o fim do "rodízio" exigido pela Comissão de valores mobiliários (CVM).

 

Na quinta-feira, a CVM colocou em consulta pública até 15 de agosto a minuta de instrução que altera de 5 para 10 anos consecutivos o prazo para prestação de Serviços de uma mesma Auditoria externa para uma companhia, desde que ela tenha um comitê de Auditoria em estatuto.

"O rodízio não dá uma contribuição importante para o que foi proposto", afirmou o sócio-líder de Auditoria da Ernst & Young Terco, Sergio Romani, à Reuters.

 

Um dos principais pontos da troca obrigatória de auditores é evitar vícios e favoritismos na hora de revisar a contabilidade das companhias.

 

Para Romani, um forte reforço na governança corporativa das companhias, principalmente nos conselhos de administração, seria mais saudável do que a troca obrigatória de auditores.

 

O sócio da KPMG Gilberto Munhoz acrescenta que a troca dos profissionais responsáveis pela análise dos números, e não das auditorias em si, a cada cinco anos também reforçaria a credibilidade do serviço. "O vício da Auditoria você minimiza pela rotação dos responsáveis técnicos", sugeriu.

 

Passar mais tempo auditando uma companhia pode também ajudar na identificação de fraudes e rombos contábeis, apesar de não constituir nenhuma garantia quanto a isso.

 

"Quanto mais tempo, mais você conhece o cliente, os sistemas de controle, a cultura, e há uma Auditoria mais eficaz. Mas Auditoria não é feita para identificar fraude", afirmou Munhoz.

 

DOBRO DO TEMPO

 

Em um cenário no qual o fim do rodízio ainda não é previsto, a reforma da instrução, contudo, é considerada bem-vinda. "Se a gente olhar pela ótica de que o rodízio não vai acabar, a nova instrução é muito boa", disse o sócio-líder de Auditoria da Ernst & Young Terco.

 

Segundo ele, cinco anos para o rodízio é um prazo muito curto, já que as equipes de auditores têm que se adaptar, por exemplo, a cálculos complexos e controles internos que variam entre empresas.

 

Além disso, as firmas de Auditoria investem em treinamentos específicos que precisarão ser feitos novamente a cada rodízio, disse Munhoz, da KPMG.

 

"A cada cinco anos você treina equipes para determinados nichos de clientes, e todo o Investimento você vai perder depois de cinco anos, e tem que treinar novamente. O custo fica muito grande."

 

Custo que pode ficar maior para auditorias de pequeno e médio porte, já que as grandes dominam o mercado de prestação de serviço para companhias abertas e trocam entre si esses contratos.

 

"Acho que o rodízio é mais prejudicial às pequenas auditorias do que às grandes", disse o diretor superintendente da Auditoria UHY Moreira, Paulo Moreira. A UHY Moreira, com sede em Porto Alegre (RS), possui apenas cinco clientes listados na Bovespa, entre eles a Telebrás.

 

No documento colocado em consulta pública, a CVM argumenta que, mantido o rodízio obrigatório com prazo maior, custos de treinamento de auditores seriam diluídos ao longo do tempo.

 

As auditorias consultadas pela Reuters estão analisando se irão encaminhar sugestões para a modificação da instrução proposta pela CVM.

 

Fonte: Consultor Jurídico

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