Palavras do Mestre dos Mestres

Palavras de despedida do Professor Antonio Lopes de Sá no X Prolatino, realizado em novembro de 2009.

“Eu não sei quanto tempo de vida me resta. Quem me criou também determinará, naturalmente, a hora em que serei convocado para outras missões. Posso ver, nesse poente da vida, muitas coisas. Eu dediquei feriados, dias santos, horas que roubei da família para dedicar a vocês. A minha última palavra é: “Enquanto um sopro de vida me restar, ele será de vocês”. Não sou candidato a nada. Não é discurso político, mas quero estar no coração de vocês”.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A adoção do IFRS

Notícias

 

Brasil Econômico

 Saumíneo da Silva Nascimento

A elaboração e divulgação de demonstrações financeiras consolidadas, com base no padrão contábil internacional emitido pelo International Accounting Standards Board (IASB), será uma prática a ser adotada por todas as instituições financeiras brasileiras a partir dos balanços do exercício de 2010, conforme dispõe a instrução número 457, de 13 de julho de 2007, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Com isso, espera-se que ocorra um aumento da transparência e da confiabilidade das informações financeiras que são prestadas pelos bancos.

A convergência de adoção do International Financial Reporting Standards (IFRS), ou normas internacionais de contabilidade, ocorre em um momento em que há uma maior integração dos mercados de capitais, mais informações com acesso livre e busca constante de redução de custos de comunicação, transação e informação no mercado.

Nesse sentido, espera-se que ocorra um melhor relacionamento das companhias com os seus credores, facilitando também a consolidação de operações internacionais, especialmente entre filiais e subsidiárias.

Mas a adoção do IFRS pelas empresas e em especial pelas instituições financeiras exige a superação de vários desafios, face às necessidades de uma rápida adaptação a uma nova linguagem contábil, que irá exigir treinamentos dos profissionais envolvidos, ensejando custo de implantação no curto prazo, pois a formação das universidades é distinta do que será implementado a partir de então.

Estas alterações sinalizam para mudanças que poderão afetar os resultados que serão apresentados para o exercício de 2010, mas a perspectiva é de impactos positivos, face as possibilidades de melhoria nos processos e a velocidade com que os bancos conseguem realizar referidas adaptações.

A perspectiva é a de que ocorra a convergência em todos os bancos brasileiros.

Hoje temos 179 bancos, sendo 10 públicos (5 federais e 5 estaduais), e esse processo já ocorreu na maioria dos bancos europeus que iniciaram o processo em 2005.

Já os Estados Unidos irão adotar esse padrão depois, mas o ponto importante é que todos os países trabalharão com uma convergência padrão de contabilidade, e nesse sentido os bancos serão inseridos de forma mais exigente.

Ressalte-se que algumas instituições financeiras localizadas no Brasil já apresentaram seus demonstrativos contábeis no padrão IFRS. Portanto, o desafio é factível.

As diferenças e similaridades entre as normas internacionais de contabilidade (IFRS) e as normas e práticas contábeis brasileiras deverão ser objeto de conhecimento de todos os que trabalham em bancos ou participam de seus conselhos.

Com isso, será mais fácil o entendimento dos benefícios da adoção de novo conjunto de normas contábeis, que atualmente é adotado não só pela comunidade europeia, mas também por diversos outros países da Oceania e Ásia.

Saumíneo da Silva Nascimentoé economista e presidente do Banco do Estado de Sergipe (Banese)

Fonte: CFC

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