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Professor da Universidade Harvard achou preços de computador muito caros no Brasil e sugeriu para a aceleração do acesso ao mundo virtual para brasileiros
Vanessa Brito
Brasília - Cerca de 200 colaboradores do Sebrae participaram da palestra feita na sede da instituição, em Brasília, por Andrew McAfee, professor de TI da Universidade Harvard e especialista em web 2.0. Convidado da Universidade Corporativa do Sebrae, ele afirmou que o Brasil deve acelerar o processo de acesso ao mundo virtual e à internet 2.0 para sua população.
“Se tivesse sido eleito presidente do Brasil, no domingo passado, cortaria os impostos de importação dos computadores e facilitaria o acesso a internet no País”, brincou o especialista. McAfee propôs uma nova abordagem ao governo brasileiro para o assunto: é mais importante as pessoas poderem usar computadores em vez de defender mercado para poucos fabricantes nacionais do equipamento.
“O Brasil precisa de trabalhadores qualificados e, hoje em dia, trabalhadores com conhecimento portam computadores e acessam a internet”, justificou McFee, cuja palestra aconteceu na manhã desta quinta-feira (7/10), no auditório do Sebrae, em Brasília (DF).
Os preços de computadores estão caindo no mundo todo e apenas o cabeamento com fibras óticas não basta para garantir acesso a internet, segundo ele. A solução para países com grande extensão territorial como o Brasil, é aumentar o acesso à internet banda larga por meio das empresas de telecomunicações, que podem se interligar às infovias para disponibilizar conexão sem fio a todas as regiões do País.
Segundo ele, isso já acontece na Índia. “Em Madagascar estão construindo cabeamento debaixo do mar e a infovia atravessa o país”, informou. Nos Estados Unidos, o cabeamento de cobre foi feito e alcança toda a população.
O mundo virtual não é alternativa ao mundo real, nem pretende substituir os relacionamentos presenciais, enfatizou McAfee. “Isso não significa que seja mais importante do que o mundo real”, ressaltou. “Encontros face a face continuarão a existir, até para conversas mais difíceis. Essas tecnologias são muito importantes para antes e depois da interação real, ponderou o especialista.
As tecnologias sociais vão ajudar a encontrar inteligências que podem contribuir para a construção do conhecimento e de soluções, mesmo não estando conectadas à internet, explicou. A construção do conhecimento sempre se dará por meio da soma de contribuições de indivíduos e grupos de pessoas diferentes e de todas as partes do mundo.
Até o momento, a lição aprendida com a web 2.0 é de que não se deve contar apenas com a visão dos especialistas, mas também agregar pessoas motivadas por diferentes razões ao contínuo desafio de construir o conhecimento, ensina o palestrante. McAfee afirma que as ferramentas da internet 2.0 imprimem muita velocidade ao ritmo da evolução do conhecimento, tornando mais fácil o processo de construção colaborativo e aumentando os desafios para a humanidade.
Serviço:
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Central de Relacionamento Sebrae - 0800 570 0800
Fonte: Agência Sebrae
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