Palavras do Mestre dos Mestres

Palavras de despedida do Professor Antonio Lopes de Sá no X Prolatino, realizado em novembro de 2009.

“Eu não sei quanto tempo de vida me resta. Quem me criou também determinará, naturalmente, a hora em que serei convocado para outras missões. Posso ver, nesse poente da vida, muitas coisas. Eu dediquei feriados, dias santos, horas que roubei da família para dedicar a vocês. A minha última palavra é: “Enquanto um sopro de vida me restar, ele será de vocês”. Não sou candidato a nada. Não é discurso político, mas quero estar no coração de vocês”.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Homenagem a Antônio Lopes de Sá

Homenagem

 

Por Rodrigo Antônio Chaves da Silva
Membro da escola do Neopatrimonialismo

 

Esta homenagem fora divulgada em 2007 no site do instituto de contabilidade do Brasil, a ser pesquisada em www.icbrasil.com.br, no mês de Junho. No dia 16 estava o trabalho pronto, e agora por questão do seu falecimento repetimos a mesma, pois, em e-mail o mestre havia falado “que nunca havia recebido em vida uma homenagem como esta” em forma de poesia.

Resolvemos divulgar novamente tal trabalho, devido ao momento delicado que a classe contábil passa. Não somos poeta, mas, Deus nos deu esta poesia; e espero que vocês entendam o espírito que nos fez escrever tal artigo em inspiração divina e ritmo de admiração devido à passagem do seu aniversário em Abril, e agora na ocasião do seu passamento desta vida terrena neste mês, o mesmo que ela fora publicada a 3 anos atrás.

Seria ilógico deixarmos de conceber uma homenagem respeitosa ao nosso “pai doutrinal”: o Doutor Antônio Lopes de Sá, o qual temos veneração - à sombra de nosso pai genuíno, que é Deus nosso criador-, como um exemplo para a ciência contábil.

Em recente comemoração aos seus 80 anos de idade, mesmo com um atraso, queríamos produzir uma singela homenagem, desejada de ser feita por todos os contadores, ao emérito docente, símbolo máximo de nossas letras portuguesas, e contábeis, conhecido e respeitado mundialmente.

Com respeito e cordialidade assumimos, espiritualmente, em nome de todos os amigos contadores, uma versão própria, para uma homenagem pequena, mas realizada com o coração, ao nosso mestre mineiro.

O professor querido, iniciou sua vida neste plano terrestre em 1927, formou-se em contabilidade em 1946, sendo que em 1948 galgou ao posto de Diretor da escola na qual tinha formado.

Em 1949 publicou o seu primeiro livro LINEAMENTOS DE CONTABILIDADE GERAL.
Desde então, nunca mais parou de escrever e produzir idéias, elogiadas por Vincenzo Masi, Francisco D`auria, Rogério Pfaltzgraff, Jaime Lopes Amorim, Carlo Antinori, Jorge Tua Pereda, Manuel Bouzada, Richard Mattesich e diversos outros.

Em 1964 defendeu sua tese de doutorado na antiga Universidade do Brasil, com o nome: “Teoria das proporções dos Componentes na Promoção do Equilíbrio do Capital de Funcionamento e as Tendências Contemporâneas da Pesquisa Científica na Contabilidade”, a qual foi publicada em 1965 sob o nome de “Teoria do Capital das Empresas”.

Foi um docente exímio, chegou a lecionar em Portugal, Itália e Argentina, sendo membro de diversas academias científicas do mundo, e de diversos conselhos editoriais.

Com mais de 175 livros, e cerca de 13.000 artigos, Dr. Sá integra uma corrente a qual fazemos parte: O NEOPATRIMONIALISMO CONTÁBIL.

Fomos admitidos nesta escola faz cerca de quase quatro anos, e até hoje procuramos segui-la e aprimorá-la com os talentos que nos foram dados por Deus.

Além de ser um grande cientista, o professor Lopes de Sá é um amigo, que auxilia os seus alunos e colegas de classe com a maior boa vontade.

Temos com certeza um imenso tributo a ser pago ao nosso “pai doutrinal” - à exemplo de nosso pai espiritual, que é Deus-, que constantemente procura acolher os seus “filhos” independente das suas condições particulares, pois, sempre buscou socializar o conhecimento, e difundir a ética, o amor e respeito ao próximo. Sempre esteve a serviço do seu próximo, como assim nos ensinou fazer o mestre dos mestres.

Sabemos que Vincenzo Masi, para homenagear Besta, Rossi e Cerboni, utilizou versos; uma trindade de poesias, o seu exemplo tentaremos seguir.

Não sou poeta, porém, nestes breves versos, gostaria de expor uma homenagem ao mestre querido Dr. Antônio Lopes de Sá, incansável escritor e filósofo da contabilidade, o qual temos grande admiração e desejo sadio de imitação:

 Versos a Lopes de Sá

Ao mestre de nossa ciência que mais escreveu,
E o seu pensamento nos deu,
Uma homenagem singela iniciamos,
Com o coração em louvor bradamos!

Um mestre genial, um ícone da profissão,
O qual sempre inspirou-nos grande admiração,
Sua dedicação à contabilidade e ao conhecimento,
Nos dá o desejo de sadia imitação.

O professor sempre nos ensinou,
Com amizade e coleguismo,
Implantou uma corrente brasileira que a todos filiou,
Que se chama Neopatrimonialismo.

Como Alfieri podemos dizer: “Sono mosso da riverenza, da gratitudine,
da antico, profondo afetto, Che però non mi há fatto
di acogliere la eccelsa dottrina
dell`illustre scienziato

Dichiarazione questa gradita, per certo,
Che è amore intenso allá verità
All`anima bellissima,
Del grandioso professore Lopes de Sá

Na leitura de suas obras sempre aprendemos:
O que é o fenômeno patrimonial, o sistema, as funções,
A qualidade da ciência contábil sempre entendemos,
Devido à majestade de suas opiniões.

As suas obras com imenso didatismo,
Oferecem um arcabouço teórico que aos problemas práticos atendem,
Analisando os seus conhecimentos, e com realismo,
Vemos que todos os seus discípulos aprendem

Dr. Sá, o seu pensamento é um patrimônio,
Dado a nós pelos livros diário, razão e caixa
Nota-se pela escrita que ele está em prosperidade
Devido ao nível constante de eficácia

Os registros de sua mente estão em seus livros e artigos
Que traduzem a riqueza com a prosperidade de seu pensamento
Cultura superior com imenso didatismo em suas obras
Cada parágrafo que lemos é um lançamento

Se cada parágrafo seu é um lançamento,
Podemos afirmar que eles revelam os fenômenos,
Do conhecimento da mente,
Da ciência do patrimônio.

Se pudesse ter a metade da mentalidade desse mestre,
Seria o maior consultor do mundo,
Que a direção dos patrimônios, a prestação desse trabalho oferece,
Para administrá-los com ideais de modelos profundos.

Em minha faculdade quase sempre eu era humilhado,
Pelos colegas e professores, que seus dogmas gritaram alto,
Não acolheram as idéias, que não eram minhas, mas do professor,
O que rendeu diversos artigos de valor, elogiados por grandes autoridades, e em revistas de renomes publicados.

Muitas vezes de minha faculdade triste eu saia,
Não compreendido, confundido...
Mas, sempre me mantive firme,
Nas idéias do Neopatrimonialismo.

O que adianta querer submeter ao aluno uma idéia?
Que se perdeu no tempo da informação?
Sendo a verdade, aquela que Lopes de Sá defende,
Que a Contabilidade é a ciência da razão!

O professor sempre nos deu força,
Para a nossa atividade cultural,
Em sites e revistas publicamos,
Divulgando o Neopatrimonialismo real.

A verdade é uma só: Que a Contabilidade é a ciência do patrimônio
Que os estuda nas suas manifestações dinâmicas e estáticas,
Aprofundadas num senso lógico de análise e filosofia racional,
Na teoria das funções sistemáticas.

Seria tão difícil assumir uma idéia axiomática,
Que aos maiores cultores de nossa ciência conquistou
E que os cursos e conceitos que se dizem “modernos” não consideram
Pela fraqueza de qualidade que a experiência comprovou

Nós, porém, sempre permanecemos firmes,
Fortalecidos pelos conselhos que o professor nos deu,
Produzimos trabalhos e pequenas monografias
Publicadas com o auxilio de Deus.

Com emoção desenvolvemos esta homenagem,
Ao mestre que nos ensinou, fortaleceu e aconselhou a enfrentar desafios,
Mesmo em cidade de interior, estudamos, e com pequenas condições produzimos trabalhos,
Que do nobre Doutor arrancou elogios

Por isso todos admitem as idéias do professor,
Que merecem todas as benções e as orações,
Dos fiéis da Contabilidade que aceitam as verdades confiadas
Sem autoritarismo e sem tergiversações.

O bom Doutor não submete, ele ensina, e presta serviço,
Assim vemos na figura de nosso querido professor,
Que nunca propôs com autoritarismo,
O dever de expor seu conhecimento com amor.

Mil e trezentas dezenas foi o que rendeu,
Os monumentais artigos do professor,
Quase duzentos livros escreveu,
Com muita honra e labor.

Ciência é isso é compromisso,
É fidelidade à idéia, ou à alguém que a demonstrou
Ao incansável Doutor Lopes de Sá nossa homenagem,
Com coragem, respeito e louvor.

Venho frasear uma homenagem ao homem,
Que Masi, D`auria, e Bouzada deram razão,
Uma história contábil, uma enciclopédia humana,
Que amou a contabilidade de coração.

Durante a sua trajetória juvenil,
Sempre foi promovido pelos grandes gênios,
Suas verdades a todos testemunhou,
Foi ganhador de diversas homenagens e prêmios.

Por todos fora querido, por Masi elogiado,
Bouzada o aconselhou,
Antinori o defendia,
E D`auria o sistematizou.

Dr. Sá embora nossa homenagem comparada às outras seja pequena,
Queremos dar um aplauso ao seu grande senso lógico,
Durante minha juventude, somente em suas bases teóricas produzi,
Aceite de coração o nosso “Neopatrimonialismo Filosófico”!

Ao mestre dos mestres, nosso querido professor e amigo, Doutor Antônio Lopes de Sá, a nossa homenagem de afeto, que gostaria de estender com ousadia, e atrevimento, em meu nome e de todos os colegas contadores que coadunam ou coadunarão com estes versos.

Nossa gratidão em vida, à sua pessoa.

Sempre nos acredite, como seus discípulos, que lhe querem a saúde.

Com os desejos de Paz e Bem!

Fonte: Classe Contábil

 

 

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