Palavras do Mestre dos Mestres

Palavras de despedida do Professor Antonio Lopes de Sá no X Prolatino, realizado em novembro de 2009.

“Eu não sei quanto tempo de vida me resta. Quem me criou também determinará, naturalmente, a hora em que serei convocado para outras missões. Posso ver, nesse poente da vida, muitas coisas. Eu dediquei feriados, dias santos, horas que roubei da família para dedicar a vocês. A minha última palavra é: “Enquanto um sopro de vida me restar, ele será de vocês”. Não sou candidato a nada. Não é discurso político, mas quero estar no coração de vocês”.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Empresas brasileiras somam R$ 1,4 trilhão em intangíveis

 

 

 

 

Notícias

 

Silvia Fregoni

 

Os intangíveis já começaram a tomar forma nos balanços das empresas, mas ainda são uma pequena amostra do que vai aparecer depois de 2010, quando está previsto que o Brasil se torne oficialmente harmonizado com as normas internacionais de contabilidade.

 

Um estudo realizado pela Intangible Asset Management Consultoria (IAM), em parceria com a Brand Finance, estima que as empresas brasileiras com ações em bolsa tenham quase R$ 1,4 trilhão em ativos intangíveis - o que incluem marcas, patentes, licenças, capacidade de desenvolvimento tecnológico, entre outros itens.

 

As dez primeiras colocadas dessa lista já lançaram nos balanços, na linha "intangíveis", um montante de R$ 64 bilhões. O valor refere-se aos resultados do primeiro semestre.

 

Desde 2008, o ativo intangível faz parte das regras de contabilidade brasileiras. No entanto, as empresas serão obrigadas a reconhecer a maior parte deles somente a partir do balanço de 2010, explica Fábio Cajazeira , sócio da empresa de auditoria e consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC).

 

"Haverá grande impacto nos balanços, principalmente das empresas que passarem por grandes fusões, aquisições e incorporações", afirma Cajazeira. E grande parte desse impacto virá da possibilidade de se contabilizar as marcas de empresas compradas. As marcas próprias continuam de fora do balanço pelas novas leis.

 

Os dez maiores intangíveis do país somam R$ 312,2 bilhões, segundo a IAM, empresa focada na avaliação e gestão estratégica desses ativos. Nesse volume, estão os informados (R$ 64,0 bilhões) e os estimados pela consultoria (R$ 248,2 bilhões).

 

O Bradesco é o líder em intangíveis totais, com R$ 51,3 bilhoes, segundo a pesquisa. Em seguida, aparecem Petrobras (R$ 50,5 bilhões), Itaú Unibanco (R$ 48,2 bilhões), AmBev (R$ 43,4 bilhões) e Banco do Brasil (R$ 39,7 bilhões).

 

Segundo o presidente da IAM e Brand Finance para a América do Sul, Gilson Nunes, o estudo foi feito com base no fluxo de caixa projetado para as empresas nos próximos cinco anos. Primeiro, chegou-se ao valor total de cada companhia. Do montante encontrado, foram subtraídos os tangíveis líquidos de dívidas e ônus. O que sobrou são os ativos intangíveis.

 

Nunes lembra que os intangíveis totais são compostos de três partes: os informados pelas empresas nos balanços (excluindo o "goodwill" ou ágio referente a aquisições); o ágio também informado (que em todos os casos foi igual a zero); e o valor dos intangíveis ainda não contabilizado.

Além das cifras expressivas, a pesquisa revela outros dados interessantes. Os bancos têm forte presença na lista dos maiores intangíveis do país. Dos cinco maiores, três são de instituições financeiras. "Isso se deve à natureza predominantemente de serviços, aos investimentos em tecnologia e marca e ao grande porte", destaca Nunes.

Mas não é exatamente assim no resto do mundo. Conforme pesquisa da própria Brand Finance, empresa de avaliação e gestão de marca com sede em Londres, os bancos têm, sim, participação importante, mas são as companhias da área de tecnologia da informação que aparecem no topo.

A AT&T, de telecomunicações, é a empresa de maior valor intangível no mundo, seguida pela Procter & Gamble (cuidados pessoais e cosméticos), Vodafone (telecomunicações), General Electric (diversos) e Time Warner (mídia).

 

O primeiro banco a compor a lista mundial - o Bank of America - aparece apenas em sexto lugar, seguido de Comcast (mídia), Deutsche Telekom (telecomunicação) e Microsoft (tecnologia).

 

Outro dado interessante é que, na comparação internacional, o Brasil ainda é um país com pequena presença de intangíveis. O valor representa apenas 0,6% da soma de todos os ativos intangíveis das empresas listadas em bolsa no mundo, uma contribuição pequena considerando o porte do país.

 

"A explicação é que o Brasil ainda é muito focado em 'commodities' e agronegócio, com mineradoras e siderúrgicas, empresas de capital intensivo, entre as principais do país", afirma Nunes.

 

O estudo mostra ainda a variação dos intangíveis em decorrência da crise mundial. Esses ativos, que representavam 59,1% do valor de mercado de todas as empresas listadas na bolsa em dezembro de 2007, caíram para 17,8% em 2008, por causa da crise. No primeiro semestre deste ano, já houve recuperação e a relação alcançou 45,6%.

 

Fonte: Valor Econômico

 

 

 

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